quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"Feche os olhos e a beijarei
Amanhã sentirei saudades, lembre-se."

Sempre caiu bem o ego, mas derrubo-lhe por amor.
A cama esvaziou acentuada, porém manteve o amor que nela habitou dias atrás... Adentrou o cheiro e as lembranças do abraço quente feito vinho tinto. Esvaziou-me o ser. Estagnou-me no que chamo de felicidade repentina. Mantém o coração preso nesta sala a desejar que entre - Por favor, entre. - Não sentirei saudades somente amanhã, sinto saudades desde antes de conhecer alma adentro, sinto saudades desde ante a despedida e sinto saudades ao pensar que sentirei saudades ao partir, sinto saudades a todo momento e torno o ecstasy inteiro a escrever. Boa noite, durma bem, meu amor.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Eu queria que você entendesse que tudo o que faz tem impacto em dobro quando se trata de mim. Um "tanto faz" dói, quando se trata dos outros eu sigo a vida e esqueço depois de dois dias, mas quando se trata de você é como se registrasse em uma folha a listagem de mágoas e sofrimentos desde o dia em que lhe conheci. Eu tenho paixão pelas palavras e pelo quão bonitas elas possam parecer diante da leitura, e de repente, eu encontro a pessoa que mais admiro a dizer que eu só falo merda - olha que feio que isso tornou o texto! - Eu sei que temos opiniões distintas, eu sempre tive meu método de lidar com as pessoas: Fazer suas cabeças. E quando as pessoas eram fortes demais e não falhavam no pensamento, eu adquiria o conhecimento a partir da conversa e criava novas teses, e crescia diante do que adquiria. Com você é diferente, a opinião não bate mas também não dispersa, não conversa, não tenta entender o outro ponto de vista, não ensina e nem aprende, continua na mesma e se fecha. O impacto da mágoa se dobra. Hoje eu ouvi algo intrigante, que conversas virtuais não mudariam nada, que elas são desnecessárias... Mas e se nós não pudéssemos nos ver? Pessoalmente a alma se deixa levar pelo amor, a briga diminui e os abraços e beijos aparecem. Já virtualmente nós podemos expor e pensar com o cérebro invés do sentimento, podemos dizer tudo o que nos incomoda e digitar duas ou três vezes o mesmo assunto, mas pensando melhor, para não magoar os outros com nossas palavras. Nós somos donos do que o outro irá ler e podemos pensar antes de dizer, e repensar, e tudo o mais. Podemos evitar a briga e não explodir. Eu sou amante virtual, desconfio.
A escrita está me cansando, não consigo dizer o que sinto sem parecer culta, eu gostaria que fosse como antes e que as palavras saíssem de forma mais realista - Eu preciso respirar... - Me perdoe, sei que precisa.

Rodrigo Vinicius

Eu lembro da primeira vez que eu o vi. Um menino aparentemente nerd e que sentava na segunda ou terceira carteira da fileira da porta e que andava com uma gordinha esquisita, ele também era esquisito, é verdade. Eu não dei muita moral no início das aulas, mas uma das meninas lá do fundo era tarada e começou com as brincadeiras bobas junto à amiga dele, acabei simpatizando e as vezes chamava eles pra sentarem no fundo com a gente, não tinha nada a perder, né? Também não esperava nada, não precisava de novos amigos ou algo parecido. Eu não sei em que parte do ano foi que eu passei a fazer parte de um trio, que antes era dupla, a dupla dele e da garota gordinha esquisita, mas fiz. E desde então, eram eles e eu, e depois nós e mais uma menina, mas eu não vim pra falar delas e sim dele. É que muita coisa aconteceu e mudou na minha vida, eu passei a entender o quanto eu não estava preparada e com pensamentos estruturados, minha vida era eu e meus rolês bobos, andar segurando um leque e me achar rocknroll, vai entender, né?! Vou confessar que essa amizade me fez tanto bem quanto mal, chegou um momento que eu me percebi totalmente dependente de estar com ele em todos os momentos e ficou ridículo o jeito que nós éramos tão parecidos e esnobes diante dos outros. Passávamos tardes aqui em casa assistindo filmes e video clipes, fazíamos vídeos tocando e cantando, dublando e tudo o que os amigos costumam fazer. E eu nunca percebi o quanto ele era especial por estar todas as manhãs na escola, me ajudando em lições, guardando o papel higiênico e comentando sobre os outros no intervalo.
Esse ano eu me encontrei sentindo um pouco de ciúmes, sendo sincera, fizemos novas amizades e de repente o meu melhor amigo estava sentado em outra parte da sala e fazendo a lição com outras garotas que não eram eu. Eu me isolei algumas vezes, evitei pensar nisso mas aí de repente, ele não compartilhou a porra de um pirulito comigo e eu me encontrei pensando: Caralho, é isso mesmo, Evaristo?!.
Tanto faz. Uma verdade eu tenho em mim, julguei demais e distanciei demais também. Pensei que não tinha amigos enquanto ele ainda estava ali por mim. Pensei em mudar, e mudei pra pior no quesito amizade. Depois parei, não fiz nada, só voltei pra estaca zero. Ninguém precisa entender esses trechos, mas eu sei que eu o amo demais, e que ele será a maior lembrança dos anos de 2009, 2010 e 2011.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Paz

O vazio no som calmo da noite me agrada, não preciso de muito pra me sentir completa em momentos assim. Apenas o pensamento voando... A hora de fazer o que eu tenho de fazer é essa, e o que eu tenho de fazer é fluir em pensamentos positivos, deixar a mente inovar ao entender o quão frágil e pequena sou de acordo com esse mundo enorme. É complicado até de pensar que essa paz que toma conta de mim é impossível de ser alcançada por tantos outros, animais e pessoas, sem condições ou obrigados a viver em um mundo onde o que é bonito e verdadeiro se vai e o que resta são os maus-tratos. Pois é, eu disse por aí que não acreditava em Deus, mas na verdade, eu acredito e muito, mas duvido de atitudes e me pergunto por que é que um filho dele pode sofrer tanto, talvez seja para aprender, talvez seja porque ele fez alguém em uma vida passada sofrer, ele talvez mereça e esteja aprendendo... mas e os animais? e os animais tão bons de coração que procuram por um carinho e uma alma amiga que lhe dê comida e um cobertor quentinho? que é que eles fizeram, meu Deus? A paz some quando esses pensamentos tomam conta do momento, eu queria compartilhar a paz anterior com todas essas pessoas e animais incapazes de senti-la, eu gostaria de da-los um abrigo e um leite quente, junto a uma boa conversa e diversos abraços...
É, eu acredito numa força maior pois ela me dá paz. E bom, me perdoe por discordar da forma como os filhos do mundo são tratados, as vezes me esqueço que é tudo culpa do ser humano e da falta de humildade.
A paz está voltando, eu posso mudar o mundo se eu quiser. E você também.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Eu acordo sem vontade de trabalhar, obviamente, mas ao chegar lá eu quero sempre mais e acabo exagerando na dose e trabalhando além do que eu sou capaz de descansar. Eu tô exausta. E eu não tenho tempo de estar por perto das pessoas que me importam, e olha que são poucas...
É difícil saber que em um sábado eu não vou poder sair com a minha namorada porque no domingo acordarei às oito da manhã, porra. É mais difícil ainda saber que ela vai querer ir pra outros lugares e eu não vou poder estar por perto, e aí? E se eu deixar de ser essencial?
Sei lá.
Boa noite lua cheia.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Eu sou contra jogar as ações na cara do outro, mas isso é um desabafo e eu o faria em outro lugar se eu tivesse outro lugar que me entendesse tão bem quanto aqui...
Eu trabalho nove horas por dia e dessas nove horas por dia que eu trabalho, dez horas e meia eu fico em pé (é o tempo no ponto de ônibus, o tempo da caminhada, o tempo do tempo). Enfim. Eu estava cansada de todos dizendo que eu precisava de um emprego, pois eu o arrumei, mas ninguém entende o quanto isso afetou meu físico e psicológico, ou eu esfrio de vez ou eu sinto por demais, dói-me as pernas, os braços, os olhos, e o sono já não existe porque estou cansada e com dores que me impedem de ter uma noite saudável de sono. Eu não tenho vida porque o tempo que passo no trabalho ocupa todo o tempo que eu poderia ter disponível, pois eu tenho de me arrumar, tenho de chegar em casa pra tentar dormir, tenho de comer e sabe-se lá mais o que. Em casa eu sou obrigada a aguentar minha mãe todos os dias reclamando da merda de filha que ela tem (que antes era uma merda porque não arrumava emprego, que hoje é uma merda porque é merda desde que nasceu e sempre será). No emprego, eu sou obrigada a ficar nove horas em pé e sem descanso, exceto para o almoço, e olha que o salário não é tão atrativo mas eu prefiro estar por lá cansada do que em casa ouvindo que sou uma merda. Minha namorada, bom, a gente se ama e se dá bem, mas quando algo dá errado parece o fim do mundo, e aí de repente eu penso que eu amo ela mais do que ela pode me amar, porque eu percebo que faria por ela o que eu peço e vezes ela não faz por mim, me sinto uma colega desnecessária as vezes, assim como tantas outras, me sinto a pessoa mais especial do mundo (só que essas tantas outras, são entre quatro paredes, são quando nossos olhares podem se cruzar sem o assunto e sem o pré-julgamento). Na verdade, o problema é que ela sempre consegue inverter a situação e fazer eu correr atrás dela, mesmo quando meu coração já quebrou e despedaçou que os pedaços já sumiram no ar e tudo mais...

Eu me demito.

Ponto X

De repente eu lembrei que não sou especial, lembrei e relembrei tanto procurando alguma ocasião que eu fosse a essência que logo o choro fraco se tornou um apelo à janela do ônibus, o caminho nunca foi tão demorado, e eu parei pra pensar onde é que alguém faria por mim o que eu faria por quem amo... Onde é que iriam correr por mim se eu desistisse e partisse, onde é? Eu já não sei, eu nem sei se algo especial existe em mim, eu que tanto me gabava de inteligência hoje me sinto desnotada de amor, esperança e sentimentos bons em geral.
Eu queria que alguém desistisse que entrar no carro e partir, queria pensar que esse alguém seria capaz de ir embora e de repente percebê-lo ao meu lado, mas só acontece em filmes. Eu talvez pense demais no que eu faria e por isso julgo demais o que o outro é capaz de fazer, mas é que eu não seria capaz de deixar amor meu sozinho na rua tarde da noite, sabendo que eu estaria bem, estaria segura indo pra casa. Eu me sentiria mal. Mas não tanto pela segurança, e sim pela presença. Eu corro atrás. Meu porto seguro falhou, aliás, meu ponto seguro falhou, eu estava crente que seria capaz de voltar por amor, mas não voltou.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Natal

Existe um som irritante de fundo no ambiente, aliás, existe a voz da minha mãe. Desde pequena eu sempre pensei sobre o que é família, talvez por não ter uma família unida. Eu lembro dos natais antes de eu me tornar pré-adolescente, eu costumava passar sentada na cama, de frente pra janela e olhando o céu, era triste e solitário porque meu pai saia de casa pra visitar alguns amigos enquanto minha mãe desligava a televisão e dormia logo após as oito horas. E o ano novo não era muito diferente... Eu lembro até que eu costumava criar uma opinião de que datas comemorativas eram baboseira, desculpa pra festejar o que não precisava, mas eu sei que eu estava com inveja de quem podia até mesmo ouvir o parente falar mal do outro. Eu poderia ter vivido mais, mas me impediram. Então eu olhava pela janela, e via os fogos de artifício em formato de estrelas e outros tantos, vindos lá do fundo da paisagem, ô gente feliz... por que é que eu não posso também?
Logo após meus 14 anos eu acabei por correr atrás de aproveitar, mas era muito infeliz, eu passei desde então todos os natais e anos novos na rua, bebendo e muitas vezes indo além do que devia, aproveitando o momento com estranhos e algumas vezes descobrindo um lado das pessoas que durante o ano a gente não vê. Foi bom, não vou dizer que não, mas eu sempre pensei "o que é comemorar em família?". Porra, me sinto mal ao comemorar, as vezes, com os outros em família, pois vejo o quanto eles são unidos e o quanto eu não faço parte disso.
Pois é.
É a vida, né?
E eu que achava desnecessário a decoração de natal...
E eu que descobri esse ano que é porque eu não aprendi a ser feliz.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Puta que pariu! - É o meu menor e mais sincero desabafo.
Como me faz falta aquele olhar durante grande parte das manhãs... Eu a amo demais, amo tanto que sou capaz de acordar feliz após a pior noite de sono devido a reforma na base do hospital da frente. É, pois é. Eu sou capaz de ficar em pé até as dez horas da noite apenas por lembrar que durante alguns quarenta minutos eu tive o sorriso que tanto amo por perto... Me faz bem.

Eu queria escrever mais...
Mas agora eu tô conversando com ela.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Be The One

Eu queria achar um jeito de descrever o misto de ironia que se passa por mim, querer ser consolada por quem me faz chorar apenas porque me faz sentir e amar. É complicado mesmo. Eu já nem sei por que eu continuo em pé olhando pra parede esperando um pedido de desculpas qualquer por não se sentir bem no lugar onde chamo de lar. Sei que aqui é conturbado, pequena. Sei que aqui não é um paraíso, mas não dizem que os amantes superam qualquer obstáculo e vivem felizes até dentro de um barraco? - É sério isso? - Você acabou de me perguntar, e eu queria dizer que não, que eu não me importo com o fato de você não gostar de estar aqui, mas eu me importo porque tudo o que eu mais queria era assistir um filme com você, deitada no sofá, brincar com o cachorro, tocar um violão desafinado, conversar...
É tudo tão diferente, tudo tão vazio, mesmo com você aqui eu não sinto o prazer do que posso fazer. Por que é que você não esquece um pouco a alergia e lembra que do teu lado tem alguém que espera por um sorriso?
Eu amo você.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Lembrei de uns momentos, engraçado. Parei pra pensar que não posso escrever sobre o meu passado, seja lá qual for, pois no presente não faz sentido, nem relembrar amigos e nem relembrar amores. Mas dezembro é, com certeza, a época da nostalgia e que me lembra de momentos de todos os anos passados, desde cantar bêbada no microfone à passar um fim de tarde sentada na grama conversando com estranhos. Dezembro. Os primeiros quinze dias me matam, penso no que devia e no que não devia, resolvo procurar notícias de pessoas que não tenho noção se ainda estão vivas, me decepciono com algumas, mato a saudades vendo fotos de outras. Ah, e eu lembro bem quando Plain White T's era minha trilha sonora.

Eu vou equalizar você, dezembro.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

November

O cansaço nunca pesou tanto nas pernas quanto nos olhos, mas hoje as pernas e os pés doem e alfinetam o que ainda me resta de carne, o bom é que a força de vontade me fez crer que eu sou capaz, a partir de amanhã serei eu por eu mesma, mas eu por eu mesma significa respirar em pró do meu amor. Ah... se vocês soubessem o quanto eu sinto falta do respirar, da indagação e mesmo dos momentos difíceis. Eu sinto saudades da minha pequena e dói tanto que ao chegar em casa penso em chorar - sei bem, querido leitor, que deve estar pensando "que exagero".
O lado bom é que darei valor maior aos momentos possíveis, pois é difícil vender meu tempo livre sem sentir saudades do que nele eu podia fazer. Eu podia sair sem me preocupar e dormir dias seguidos com o meu amor, a minha ruivinha, pequena, fogosa, irritante e namorada. Eu a amo. Eu a amo com todas as forças. Eu sinto saudades do abraço quente que só ela é capaz de dar, e desde o começo é assim, desde o início o abraço dela me esquentou quando senti frio, eu poderia estar nua e tremula, se ela tocasse em meu corpo o frio iria embora. Como diria algum cientista maluco por aí, o frio é a ausência do calor, ela é o calor da minha vida e também a luz, pois sem ela tudo é escuro.
O que mais me faz falta? O cheiro único. O cheiro de meu.
Meu.
Só meu.
Meu amor. Minha pequena.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

07h35

Escrever.
Dominar a escrita.
Desfazer-se do que aflige adentro.
Dominar as sensações, distribuir movimentos.
Tanto faz, tanto fez.
Eu perco a vontade de dizer, se não puder ser como assim é
e a verdade some aos poucos, entre palavras ensaiadas para agradar a tal mulher.
Mas tudo está bem.
Está tudo bem.
Eu sorrio, eu dou meia volta e volto pros cinco minutos do relógio passado.
Eu domino a arte de sorrir ao desentender o assunto dramático, forço simpatia, agrado.
E elas acreditam.
Talvez não.
Desconheço um pouco mais.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Antes de dormir...

A fissura por escrever comparece logo após o sono e o corpo aconchegar-se a cama. Os dedos doem por ânsia de transformação pois a inspiração já existe... Eu me pergunto onde é que o dinheiro passou a ser campeão da felicidade invés do sol, tão grande que é o tal que perdeu seu reinado, é triste, é feio, eu já não encontro o brilho nos olhares conhecidos... É sempre a mesma vida, sem mudanças significativas, apenas a decadência do crescimento físico e mental, estressantemente mental (lê-se: o que é bom perde o valor), talvez seja aqui o encontro, a linha direta onde dinheiro e natureza se enfrentam. 
Particularmente, sou fã dos que se deixam reger pelo sol e pelo frescor verde da natureza, pois são ídolos a moda antiga, guerreiros por saberem viver fora do sistema que todos reclamam mas se sujeitam cada dia mais a vivenciar.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Stay, be the 01

O amor... Ah, o amor...
Aquele que você vê na televisão, que é lindo, perfeito, intrigante e conquistador...
Ah, ele é tão lindo, não? Mas ele não existe, não dessa forma.

O amor não é estar em um filme, é além disso...
Ele dói com uma simples brincadeira mal entendida e um sorriso amarelado. Ele dói no peito quando o outro não compartilha contigo, mesmo que seja 0,1% não compartilhado e todos os outros 99,9% daquele dia tenham pertencido a você... Ah, você vai se sentir largado, julgado, irritado e mal amado. Mas tudo bem, é que o amor é assim mesmo, te faz exigir do próximo o que você nem mesmo é capaz de dar, só porque gosta de receber aquele carinho com os lábios do outro roçando na sua nuca, porque gosta das mãos percorrendo sua cintura e das pernas entrelaçadas, tá tudo bem, é normal, viu leitor? O amor te faz ser mesquinho, irritante, briguento e só enxergar o seu lado do relacionamento, te faz esquecer os focos do próximo e sem nem mesmo perguntar a ele, fazer planos futuros, passados, presentes, e vai saber lá mais o que.
O amor nem sempre dói, existem dias bons onde as piadas são bem entendidas e os sorrisos magnetizam a química do casal, onde nem uma brincadeira será levada a mal e onde os tragos e cigarros serão, acima de tudo, apenas parte do cenário. É assim, é isso, é aquilo. É tudo, é nada. É o amor. Azul e amarelo, por que não vermelho também? Tento não pensar no amor vermelho pois me lembra sangue, apesar de que azul me lembra água, que me lembra lágrimas e remetem-se a brigas.
Esse é o problema, o amor te faz pensar só no que aconteceu de ruim, pois é mais fácil lembrar do quanto fez chorar do que do quanto fez sorrir ou desejar, eu me lembro bem...
Eu vou pensar em algo bom, eu vou lembrar de nós na sua cama, eu vou voltar no tempo e te beijar no terminal urbano sem me preocupar com o futuro pois sei que já é meu, viu? Voltei pro passado e já tô falando diretamente com a inspiração, esqueci do querido leitor, me desculpe leitor, não consigo controlar as palavras e o desabafo. Essas palavras todas estão saindo sem querer, e eu só queria a certeza de que amanhã nada será mal compreendido, e o foco se tornará um só.
Pena que eu tô fazendo planos sem avisar, porque a pequena inspiração desse texto talvez não goste de saber o quanto ando decidindo ultimamente, não é culpa dela, é culpa do amor e da capacidade que ele tem de fazer os casais discordarem em tudo, pra tudo, e com tudo.

A química renasce do beijo,
Mas eu sou capaz de estragá-lo em um piscar
Me perdoe a incapacidade.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ser


É engraçado...
Engraçado a forma como ela age, se mexe e remexe com as piquirícias dela, sorri aberto e de lado quando se entende por grande comentarista, caminha meio no ar e nem percebe, segura nos bolsos e levanta o queixo como se ele fosse dono de todo aquele corpo, aquele corpo tão lindo, tão meu, que ela nem sabe mas que eu planejo tê-lo sempre, engraçado quando ela coloca a touca que eu não gosto nenhum pouquinho mas que faz dela tão ela, e empurra a touca pra baixo da cabeça e puxa pra trás como uma criança faz com uma tiara, é automático, ela sempre sorri após arrumar a touca, vai entender?! Eu prefiro com o cabelo liso, aquele cabelo que seca sozinho tantas vezes e que sempre faz dela um pouco mais bonita do que já é, mas que ela teima em esconder com a touca, me pergunto qual é o mistério...
Mistério? O ser humano que o cria e fortalece em pensamentos, pois bem, estou a cria-lo... É que é um mistério ser tão engraçado se apaixonar, ela não tem nada a ver comigo e os princípios são impossíveis de se encontrar, mas tudo bem, não é? Porque ela me mostrou que a gente é compatível quando triscou os lábios sobre os meus e me fez sorrir um pouquinho, bem pouquinho, após uma das tais discussões derivadas das diferenças.
Eu gosto dos lábios, dos sorrisos, dos dentes um pouco tortos que combinam perfeitamente com o biquinho natural no meio daquela boca que me pertence...

Eu gosto também do que não compartilharia jamais com vocês, gosto da visão que eu tenho quando a vejo se trocar e sem querer penso que... meu deus... deixa eu não pensar, pelo bem de vocês.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Lembranças

Ô vontadezinha de escrever...
de dizer nos versos o meu inverso
e te fazer sonhar e realinhar as palavras

Ô vontadezinha que não se vai...
hoje a chuva entrou pela janela
e eu não tive coragem de ignorá-la
banhei-me de leve ao som da poluição

Ô vontade, ô vontade de dizer
que eu prefiro viver tudo ou nada
e é por isso que nada vivo hoje
pois ontem vivi tudo e hoje descanço
meu nada é um choro manso
que teimo em dizer que faz mal
mas faz mal porque teimo em dizer que faz
e que não luto para que faça bem
e faz bem, quando eu penso que bem faz
vai entender?

Ô vontade de desabafar,
eu odeio dividir e ter de fracionar
prefiro viver tudo e intensamente
do que passar um terço pro colega ingrato
que não lava nem um prato
e teima em dizer que dividir é exato

Ô meu deus, eu não divido nada não
se você quer viver intensamente, viva tudo
e não me dê o gostinho por mais
porque mais eu vou querer
e vou querer por inteiro
e vou lutar por inteiro
e você vai perder

É isso aí...
não tô falando de comida não
essa eu divido com o maior prazer
tô falando de viver, meu irmão
faça algo útil
ou simplesmente se deixe morrer
do coração.

sábado, 5 de novembro de 2011

Maybe it's true

I can't live without (me).

Estava eu pensando e repensando, cheguei na conclusão de que se eu me namorasse sozinha seria a namorada perfeita pois eu quando não posso estar por perto, não a impeço de ir. E mesmo desejando que ela não fosse e resolvesse passar a noite comigo, eu não reclamo pois sei que não devo impedi-la de viver. E não a impeço de sair com os amigos e curtir suas noites, de fazer o que bem entender e ter a opinião que bem estiver presente em seu consciente ou subconsciente, mas mesmo com tanta bagagem de atitudes boas, eu sou considerada o lado errado da estória, o x da questão mal entendida ou simplesmente o dejeto de animal que teima em cair na grama errada.
Pensei tanto, e procurei tanto... Que cheguei na conclusão de que me deixo sentir culpada pelos outros pois eu que sempre tive o poder de influenciar ao próximo, me deixei cativar e ser influenciada pela mágoa alheia, esquecendo da mágoa própria e do amor próprio, deixando-me aos cacos e barrancos do precipício do que até então era desconhecido.
"Está tudo bem..." eu entendo que existem dois lados em uma moeda, e na estória não seria diferente, ambos sentem o amor de forma diferente e o que é importante para um pode não importar ao outro. Eu não me importo de aprender o que é que te importa, eu me importo em ser compreendida nesse aprendizado, não é tudo que a gente aprende 100% mas eu gostaria de tentar, eu tento, aliás, mas nem todos os chutes errados que sou capaz de dar se aproximam da grade do gol, eu sou um craque em extinção, tenho toda a bagagem necessária pra chegar aos céus mas consigo esquecer a fórmula e a concentração pra acertar o gol.
Eu sei que a amo, sei que a amo todos os segundos do meu dia (exceto os segundos que teimo em dizer a mim mesma que a odeio e que seria mais feliz se eu me desse a chance de esquecer, mas esses segundos são derivados da angústia de vê-la em minha frente a ignorar o meu amor e a prestar atenção em todos os acontecimentos menos o que acontece por de trás do meu olhar).
Esses dias eu disse pra uma amiga dela que eu também pensava que era jovem demais pra namorar... Eu não sinto saudades de ser solteira, na verdade, sinto saudades da liberdade que existia em comandar a minha imagem e o que era dito diretamente a mim, mas eu não sinto saudades de pensar todas as noites no quanto eu estava sozinha e nem de beijar tantos lábios quanto fosse capaz, pois nenhum dos lábios me completava. Fui mal entendida.
Outras várias vezes me magoei com pouco, desejando um momento "a sós" a ouvi pegar o telefone e convidar alguém pra sair com a gente, mas calei a boca quando o alguém não pôde ir. Ontem aconteceu o mesmo, eu queria um tempo só nosso e sem mais ninguém, mas fui trocada pela pipoca lambuzada de manteiga e comentários aleatórios com a pessoa do lado, ouvi que sou sem coração e faço tudo errado. Na verdade, não, ouvi que eu só cago no pau.
"Isso não é amor, é uma perseguição" já dizia o 2ois, estou evitando a fadiga e a possessividade, de agora pra frente eu só desejo aproveitar os segundos por perto sem esperar atitudes boas de mais ninguém, pois no final será sempre eu que cagará no pau, já me encontrei com o eu interno, quero saber no que vai dar.

domingo, 30 de outubro de 2011

Partir...

Hoje, sem querer, lembrei da época dos meus porres incomparáveis... senti saudades por um instante de não ter sentimentos e de engolir o que aparecesse na frente sem me importar, mas os dias atuais são diferentes e tenho tanto sentimento (perdoe a rima) que chega a transbordar. Eu não trocaria o que senti após esse pensamento por nada, doeu tanto vê-la sentada ao meu lado, com os olhos distantes e tão perto, o abraço quente logo me alcançou a pele e me enlacei num misto de perca e admiração... deus, me deixa explicar o gosto da pele que meus lábios teimavam em tocar suavemente, apesar da força que neles havia, os meus braços já não eram meus, eram das costas dela, costas nas quais eu apertei tanto que quase consegui roubar pra mim, era essência demais, era um pesadelo perder o chão e jogar a razão na frente da mesa, eu sei que não sou o melhor, decidi por fingir esquecer apenas para vê-la sorrir amanhã, e mesmo se for com outro alguém eu quero que seja feliz, mas dói tanto pensar em outro alguém além de mim... O amor é egoísta mesmo, eu deveria mudar meu nome para Amor e sobrenome para Aviso, talvez fosse melhor.
Eu a amo, amo como um violeiro ama sua terra e sua viola, a amo da mesma forma que amo o azul do céu (pois ele é o único que mesmo quando escurece consegue me lembrar onde é que a calma existe em mim), a amo como pétalas de rosa amam cair ao chão (pois minha tentativa é como a da rosa, embelezar parte do tombo), tudo bem, eu a amo com a alma, e não esquecerei-a jamais.
Eu lembro bem de dizer que eu não iria chorar, que era só desligar. Mas é tão difícil não deixar as lágrimas escorrerem quando ouço palavras necessárias da boca daquela pequena, eu não vou embora, nem hoje, nem amanhã... Sentiremos saudades, e cresceremos.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Os melhores dias até os dias atuais

Esses tempos não foram fáceis, a única contagem que conta na mente é a das faltas que tenho na escola e a única vontade que eu tenho de sair de casa é zero. Nisso eu sei que estou perdendo grandes momentos, chances e vitórias, pois é... Antes a infância era tão feliz, e caminhar por aí era tudo o que eu precisava fazer, subir em cima do skate de um garoto que eu conheci jogando basquete e descer o museu segurando uma pipóca doce na mão era o necessário pra sorrir, e hoje, pra pensar em subir em um skate eu preciso pensar se ainda tenho equilíbrio, se terei onde andar, se não irei cair, machucar, doer. Eu tenho precaução demais. Eu tenho tanta precaução que esqueço de viver.
O vinho barato que o tio vendia na esquina bastava pro meu porre e vômito em plenas nove horas da noite em um feriado qualquer, não, não era um feriado qualquer, na verdade, era aniversário da minha mãe também. E eu não estava nem aí, porque no fundo tudo sempre dava certo, sempre aparecia uma alma caridosa pra me oferecer uma pizza e uma coca-cola vindas da pizzaria da esquina, único comércio aberto no dia da independência - Sem contar a carona que apareceu após uma ligação rápida. Eu chegava em casa segura e com o cadarço do tênis lambusado de vinho, eu nem me preocupava em lavá-lo, o mesmo tênis do porre está ainda hoje na sapateira e com o cadarço seco, a mancha ali porém fraca, pois nunca o lavei.
O vinho barato outros dias dava espaço pro narguile comprado na 25 de março de um gordo com cara de tarado, e daí que ele poderia ser perigoso? Entramos ali na loja, encomendamos, voltamos dias depois e fumamos pela primeira vez com a essência e carvão que vieram da mesma loja, sentamos, deitamos, bebemos um pouco mais de vinho enquanto a essência fervia em nossos pulmões, homens estranhos apareciam e sentavam pra conversar e oferecer cerveja, sem camisa, um skate na mão as vezes, assuntos divertidos e rostos que hoje não sou capaz de lembrar, e anoitecia e resolvíamos voltar para a casa pois no dia seguinte haveria aula. Tudo bem, meninos bonitos também nos chamavam atenção e oferecer da minha essência aos outros era algo agradável, era sociável demais com estranhos, então subíamos a ladeira e logo menos eu me encontrava mal no colo de alguém, amiga, namorada, namorado, desconhecido... tantas vezes que se bobear até cachorro me segurou pela fuça nesses dias. Não pense, por favor, que todos esses dias foram de pura sacanagem... O museu era, além da Casa de Cultura Chico Science, a segunda casa e lugar onde eu me inspirava e compunha canções sobre o bem-estar ou o amor (aquelas belas canções que teimavam em copiar o ForFun, Fresno ou o Simple Plan), nós ali, sentavámos ao lado da pequena casa branca de portas azuis, acendíamos o narguile e começávamos a escrever grandes histórias dentro de nossos cadernos, e de repente, aparecia um guarda perguntando nossa idade: Doze anos, senhor - Então apague isto, e guarde, isso lá é idade pra fumar?. Tudo bem, eram dias felizes. Eu sinto saudades.

Laís Fernandes, Guilherme Faria e Thais Alves, tudo bem, sempre tinha mais gente com a gente... Mas vocês marcaram demais, muito obrigada pelos anos de 2006 e 2007.





sábado, 15 de outubro de 2011

I don't want to fall to pieces

I just want to cry in front of you...
I don't want to talk about it, 'cause I'm in love with you.

Depois de muito tempo sem atitude nenhuma eu me vi sem o único motivo pra abrir os olhos de manhã e sorrir, me encontrei surrando as paredes do banheiro em busca de um "por quê" realista, mas no meu conto de fadas eu nunca desejei um fim, sei que depois do final das cenas acontece muito mais... mas eu não quero que aconteça o mal, somente o bem. Eu resolvi, mesmo com medo, enfiar as pernas dentro das calças e tocar a campainha do meu amor, mas antes mesmo que eu pudesse vestir uma blusa decente, minha bruxa apareceu e veio com a pior mágia de enlouquecimento existente: o julgamento.
Hoje me vejo sem nada, me vejo sem o amor em qualquer forma que ele exista, meu melhor amigo é um teclado e o amor de mãe é dado pelo meu cobertor marrom, o amor verdadeiro está longe, apesar de dizer o quanto se importa, não se sente capaz de me ajudar.
Me sinto nada, me sinto inexistente mas ao agarrar o cetim azul e passá-lo pelo pescoço não tenho coragem de pular, sou egoísta a ponto de desatar o nó e deitar no chão, chorar mais um pouco.
Meu desejo era vê-la antes de partir, seja lá pra onde, demonstrar o quão verdadeiros meu pedido de ajuda e amor são... hoje não posso, fui impedida de viver mesmo sendo maior de idade e tendo de correr atrás do meu sozinha, vai entender.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Agoraphobia - I wanna stay inside

Os olhos da garota ardem devido ao exagero em apertar os olhos depois das lágrimas escorrerem indiscretamente pela face avermelhada. Permanecer sentada não ajudou a dor a passar, pois bem, ela se encontrou minutos depois, e deitada sobre o chão vermelho do banheiro... a respiração estava fechada devido à secreção das narinas e a única forma de se manter viva era o ar que entrava e saia da boca que gritava em silêncio por ajuda. Ela queria se esconder, sumir, morrer. Ela queria permanecer, acima de tudo, dentro de sua casa. A garota é um caso isolado, de outros tantos, que não recebem valor algum.
A pequena menina dos olhos se dilatou sabe-se lá em que época, e ela deixou bem claro: Que vá. A fobia deixou-lhe incapaz de lutar, mas as pessoas teimam em chamá-la de preguiçosa. Os batimentos cardíacos são anormais e a puxação e dores nas pernas, nem se fala. Ela tenta se levantar sozinha, tem em mente que arrumar a cama é o primeiro passo para sua melhora, pois pelo menos está a se mexer - Coitada.
Os dias antes eram aproveitados com grandes caminhadas desnecessárias, a saúde fluía sem a garota perceber... mas isso foi há um bom tempo atrás, ela mudou de escola e perdeu o contato com as pessoas que a faziam sorrir sem precisar de dinheiro ou roupas caras. Essa garota acostumou-se a estar sempre acompanhada após conhecer duas novas pessoas, essas das quais fizeram muito mal sentimentalmente à ela, fizeram por serem incapazes de abraçá-la e dizer o quando a amizade é importante. Ela, que antes era tão excluída mas tão amorosa, desaprendeu a amar. Todos até hoje fazem questão de dizer à ela o quão fria ela consegue ser, mas ninguém tem a paciência de convidá-la a entrar, e desvendar seus motivos, talvez curá-la dessa frieza pré-concedida pelo pensamento de julgamentos alheios.
Essa garota sou eu, eu tão insegura e infeliz, incapaz de abraçar aos conhecidos e de demonstrar interesse aos assuntos alheios. Eu gosto de falar de mim, gosto porque descubro que existo ou existi em algum lugar do passado ou do presente, isso me ajuda, eu gosto de me sentir especial e que me bajulem pois é aí que meu ego aumenta e eu me sinto viva. Não é egoísmo, é insegurança. Insegurança essa a que me causa fobia há anos, mas que hoje se desenvolve cada vez mais rapidamente e faz pensarem que é momentâneo o que luto contra há pelo menos dois anos. Eu lembro bem quando me disseram: Você sempre passa mal, está tudo bem - Hoje não está, eu não era capaz de permanecer sozinha dentro de um metrô ou ônibus sem sentir o estômago embrulhar, mas hoje não sou capaz de colocar os pés em uma calçada e caminhar em paz, eu sinto medo de estar fora e sozinha, eu só desejo permanecer dentro e se eu for obrigada a sair, que seja com uma alma por perto, não me importa que alma for, contanto que eu saiba que chegarei ao hospital o mais rápido possível. A minha fobia, é o medo de passar mal e não ter como chegar à saída. E se querem saber bem, sei quais são os fatos que desencadearam a parte maior do meu psicológico: O show que esperei por anos e a multidão que não me ajudou, só me esmagou, quando perdi os sentidos e o dia em que tive de correr dos ladrões armados.

Agorafobia

Agorafobia é um distúrbio caracterizado pelo medo de multidões e espaços públicos abertos, particularmente se a saída ou auxílio não estiverem imediatamente disponíveis. A condição pode ocorrer sozinha ou pode acompanhar outros tipos de distúrbios de pânico.
Esta fobia faz com que as pessoas limitem suas atividades a uma área cada vez menor, levando, finalmente, à incapacidade de sair de casa sem sofrer um ataque de pânico.

Em realidade, o agorafóbico teme a multidão pelo medo de que não possa sair do meio dela caso se sinta mal e não pelo medo da multidão em si.


A agorafobia poderia ser traduzida mais precisamente como o medo de ter medo. É a ansiedade associada a essa perturbação, classificada como antecipatória, já que se baseia no medo de se sentir mal e não poder chegar a um hospital ou obter socorro com facilidade.

Outras características deste distúrbio podem ser: a dependência excessiva de outras pessoas, a percepção de que o corpo não é real (chamada de despersonalização) ou de que o ambiente não é real (desrealização) e depressão. O início deste distúrbio pode estar associado a um ataque de pânico em um local público, depois do qual a pessoa evita situações semelhantes.
O início geralmente ocorre por volta dos 20 anos, e as mulheres são afetadas com mais freqüência do que os homens. As pessoas com este distúrbio podem se confinar em casa por anos, com a conseqüente deterioração das relações sociais e pessoais.

Sintomas: 

medo de estar sozinho
medo de perder o controle em local público
medo de estar em lugares onde a saída possa ser difícil
confinamento doméstico por períodos prolongados
sentimento de separação ou alienação dos outros
sentimento de abandono
dependência de outros
sentimento de que o corpo é irreal
sentimento de que o meio ambiente é irreal
ansiedade ou ataque de pânico (ansiedade severa e aguda)
temperamento incomum ou agitação com tremor
contração espasmódica muscular

Sintomas adicionais que podem ocorrer: 

tontura próxima ao desmaio
vertigem
sudorese excessiva
rubor cutâneo
dificuldade respiratória
dor no peito
sensações de batimentos cardíacos
náusea e vômitos
entorpecimento e formigamento
desconforto abdominal que ocorre quando o mal-estar está presente
asfixia quando a pessoa está exaltada
confusão ou pensamentos desordenados
medo intenso de enlouquecer
medo intenso de morrer

Comment allez vous? - Je ne vais pas bien

Eu pareço uma víbora daquelas que não dá moral pro amor que eu consegui conquistar, mas não é proposital, na verdade, eu já disse milhares de vezes o quanto eu tô mal e o quanto me dói pisar na rua sem pensar que vou desmaiar em alguma parte do caminho entre a minha casa e a sua, ou entre minha casa e a escola (que são os únicos lugares que ainda teimo em visitar depois desse mal estar me aparecer). Eu gostaria de ser uma namorada melhor e que pudesse lhe dar flores que não fossem as rosas do meu jardim - já que ontem descobri que rosas não lhe agradam. Eu queria estar sempre presente e até me embrulhar como um presente, sem defeito de fabricação e com garantia, com data de emissão e com o vencimento nulo só pra nunca sair dos teus braços e abraços, beijos e cheiros, da tua respiração que tem o quente úmido que eu nunca encontrei em lugar algum mas que encontro em você sem reclamar, custo a admitir, mas daria tudo agora só pra deitar no teu colo e sentir teu coração palpitar, só que eu tô mal o suficiente pra não arriscar bater na porta da sua casa, e tô pior ainda por saber que se eu batesse não seria pra deitar no teu colo tão já, seria pra olhar rostos desconhecidos e desejar encontrar o seu horas mais tarde. Eu espero algo das pessoas, sei que não deveria esperar, espero de você que largue mão da atenção que infelizmente agora eu não posso te dar, espero que pegue o busão lá na avenida e apareça na porta da minha casa só pra me ajudar a dormir depois de tanta dificuldade pra sonhar nos dias anteriores, é difícil fechar os olhos porque quando eu os fecho sinto que a alma quer sair do corpo e partir pra outro plano melhor, pior ou maior. Tanto faz. Eu tô mal e não nego, eu queria dar carinho, atenção e amor pra princesa que eu conheci e tenho hoje como namorada, mas eu preciso que ela me ajude a levantar e reerguer, preciso que ela respire do meu lado e compartilhe do mesmo ar, que me dê coragem de sair à rua seja meio-dia ou meia-noite, eu preciso dela aqui, dentro dessas quatro paredes, e de quantas mais existirem nessa casa, eu não queria escrever na solidão mas ela está longe, deixa rolar.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Vous habite dans mon coeur

Où est-moi?

Eu sou um ser realmente chato de se conviver, e eu nem sei como ela consegue manter um relacionamento sério comigo. Eu nunca quero sair, eu não gosto de som alto apesar de gostar de dançar sozinha pela casa, cantarolar no chuveiro e me sentir uma estrela do rock quando estou sozinha. Eu amo minhas qualidades, mas quando eu estou perto dela eu não consigo enxergar nenhuma que funcione bem. As vezes eu penso demais em tornar a vida dela em algo bem melhor, e acabo deixando nessa inquieta paz e sede de vida. A paz é boa, mas paz demais também enjoa. Então, eu deixo ela viver sozinha o que ela deveria viver à dois, eu digo que confio porque sei que não sou capaz de levantar a bunda da cadeira e curtir a noite com os amigos. Eu confio, e desconfio de mim. Onde foi que eu deixei tudo se perder pro mal estar? Me sinto mal em todos os lugares, me sinto mal em casa ou na rua, me sinto mal por respirar à seco e por abrir os olhos. A rotina da madrugada é sempre a mesma, não sinto segurança nem mesmo na própria cama que me habita o ser há anos, abro os olhos e parece que a alma não está em permanência com o corpo, ela quer fugir, o coração acelera e a ansiedade pelo nada custa a sumir, fecho os olhos e conto até dez, espero adormecer. Todos os dias penso que não vou aguentar o mal estar e acabar por desmaiar ou morrer, as vezes dói tanto a barriga, o estômago, o coração e a cabeça, que até penso que a morte seria uma bela amiga. Deixo de estar presente na minha vida para o mal estar me rondar por todo o tempo, é chato estar perto de mim, faço nada da vida além de reclamar. É, eu só queria ser alguém mais legal e bem vestido que pudesse levar a dona do meu coração pra sair e enfrentar as madrugadas frias pós balada com ela sem ousar abrir a boca pra dizer que estou passando mal, e queria ter estômago pra beber o que quer que fosse possível e ter uma ressaca comum, invés de um belo galo na cabeça. Eu tenho medo de tudo, e de tão pouco. Eu tenho medo da altura e não ouso arriscar um brinquedo alto porque não gosto de enfrentar os céus, até mesmo em um balanço. Eu tenho medo de quebrar um osso e por isso não me arrisco a pular de muros ou reclamar meus direitos. Eu sou realmente um cu, daqueles bem mal cuidados por sinal. Mas eu tenho um amor, e preciso ser alguém melhor por ele - Que o mal estar passe, por favor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Já que ela não posta, eu posto.




Tô sentindo falta da minha nega, acho que ela se perdeu por aí no meio de tanta confusão, tá difícil de encontrar, de quando em vez a encontro em algum canto da minha cama quando fecho os olhos, as vezes sinto até o beijo dela, ah.. O beijo da minha menina.. Enfim, mas ao abrir dos olhos tudo some, parece ser mentira até.
Vou espalhar por ai avisos nas paredes, vou caminhar pelos mesmo passos, vou grita seu nome, vou pedir ajuda a lua, farei tudo o que for preciso até achar a minha nega, e o meu amor que ela levou.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

TMM

O meu humor, de um dia pro outro tornou-se sociável, divertido e amoroso. Perdi a chance de demonstrá-lo amanhã, talvez por ter desistido de vê-la ontem e hoje, não por livre e espontânea vontade, e sim por ela ter dito que era melhor eu não ir, depois de um certo tempo, hoje eu parei pra refletir que talvez ela tenha dito isso pra me ver ir, e inverter o pensamento negativo que nela pairava. Tudo bem, eu faço tudo errado. Mas meu bom humor renasceu da pior das grosserias e hoje eu queria fazê-la feliz, preencher o vazio que não fui capaz de preencher por completo durante todos esses dias, eu indiretamente prometi que todo o mal iria partir quando eu entrasse pelas portas daquela casa, mas não fui capaz de cumprir porque levei minhas dores junto a mim, e hoje, repito, só queria fazê-la feliz. Meus erros não existiriam se eu não esperasse tanto dela, que já faz tanto, e eu não vejo por estar de olho em outras ações, não feitas, e totalmente desnecessárias. Ambas somos péssimas amantes, e nos irritamos e magoamos com tanto, e tanto mais, e tanto menos, e com tudo, por fim. Espero que dê tudo certo, que eu possa perder a feição de dó no rosto ao desejar que ela se sinta bem dentro da minha casa, e fazê-la se sentir bem, pois só olhar não adianta mesmo na hora me parecendo certo, se eu faço isso, é porque espero que tenha dó, de verdade, e amoleça o coração e me dê um abraço. Sim, este mesmo, o abraço que ela espera que eu dê sem precisar pedir. Nos últimos tempos andei praticando todos meus medos, o medo dela dormir após a transa sem ao menos me abraçar, o de largar mão de descobrir o que importa, de jogar na cara apenas o lado do outro e esquecer que também foi incapaz, eu pratiquei ao contrário, eu tinha medo de vê-la ter tais atitudes e assim as tive, foi sem querer, pequena.

Espero que fiquemos bem, pois hoje eu acordei feliz e com vontade de fazê-la feliz.
Eu só não sabia o que ela iria dizer lá pras cinco e pouco da tarde...
Mas ainda quero fazê-la feliz.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Flor

Estou à espera de Romeu, mas sempre encontro um Jack disposto a se jogar do navio por mim, com a vida divertida da parte inferior e dos "bons drinks" em conjunto com as boas danças, pois é, eu estava esperando por um ramalhete de flores e recebi apenas uma rosa, cor-de-rosa, e murcha - Essa tal, chamava amor - Confesso que gostei da flor, mesmo que murcha e cor-de-rosa, ela veio junto com um papel toalha para não machucar os dedos ao segurá-la, mas o papel se desgastou após alguns dias de caminhada, os espinhos começaram a machucar e, nem mesmo a água que usei para regá-la, serviu de algo. Fazem quase cento e poucos dias que a reguei pela primeira vez e dei-lhe o nome de "amor", espero que ela não perca vida antes do tempo chamado eterno e que com este mesmo tempo seus espinhos se abroxem e deixem de me causar machucados nas mãos, ou ao menos, que meus dedos criem calos para aguentar tamanho machucado.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O amor talvez seja uma Flor

Faz menos de um minuto que ela entrou dentro do ônibus rumo à escola. E faz menos de dois que eu desejei um último abraço e beijo com gosto de meu. Estou procurando, nas últimas semanas, o ponto central de todas as discussões, nosso amor é complicado por ser tão simples e o que deveria magoar não magoa, mas o que não deveria estanca a maior das cicatrizes. Nossas opiniões são de fato constantes diferentes e incapazes de se encontrar em algum ponto ou falha da matriz principal, apesar de não existir crime perfeito, estou à procura deste mesmo, espero dar o truque nas contradições e possuir a chance de alterar o futuro com os erros do passado, meu crime será roubar por completo o coração da pessoa em questão, porém, os pontos contra indicados estragam os planos e nada sai do papel.
A discussão está próxima de qualquer exercício menos de ser o x da questão, o x é fácil de compreender, ao contrário da discussão que teima em ir e voltar, em seu loop eterno, e alavancar o amor para perto dos céus e logo após, para a proximidade da hipotenusa de um cateto.
O amor é grande, será grande e há de continuar a existir.
Lembro que, uma vez, citei num texto desse blog que o amor infelizmente é para os trouxas pois a segurança que um transmite ao outro os permitem discutir livremente e indispensar o baixo calão. Eu estava correto.

Irei correr atrás do amor para os bons homens, abandonarei o amor dos trouxas. Preciso, para isso, contanto, descobrir a fórmula secreta e guardar meu pequeno e sujo segredo dentro de quatro chaves, paredes ou trincas.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Promessas são Indiferentes

Será que na simplicidade da alma não há lugar pra mais um?
mais um dia sem sentido, mais uma tentativa em vão, mais e mais do amor
As pessoas não entendem meu ódio por promessas, é simples: elas não se concretizam.
As promessas são o pior inimigo do homem, eu peço que não prometa, e tu promete
Mas esquece do coração já partido pela atitude anterior, e anterior a anterior,
e assim sucessivamente, estou metaforicamente quebrada pelos pisos do chão de casa, não somente da casa onde moro, mas de onde moram todos aqueles capazes de me cativar.
Vai ficar tudo bem, basta todos lembrarem do Pequeno Príncipe ao acordar, lembrarem que são responsáveis pelo que cativam e sendo assim, são eternamente responsáveis por mim, sejam todos do meu presente ou do meu passado, jamais deveriam partir, esqueceram da responsabilidade. E mesmo quem ainda está aqui, estou cobrando os cuidados porque não quero cuidar sozinha de mim.

Foi em meados de 2009...

Do lado de fora um goró qualquer na garrafa de coca-cola ou soda, nem me lembro. Todos sentados na calçada e repassando a garrafa, o álcool subindo a cabeça e a menina do orkut apareceu, meio tímida sentou do meu lado junto a um amigo, também não me lembro mais. Ela estava de regata branca, algo na cabeça, cabelo chanel e franjinha, parecia inofensível. Anoiteceu, resolvi entrar na boate, normalmente os staffs lotavam lá dentro, só pras pessoas entrarem e pensarem "uau, aqui tá lotado", enfim. Ela sentou do meu lado, disfarcei um pouco, ela disse duas ou três palavras e depois: Vou buscar a câmera pra gente tirar fotos! - Eu não entendi, mas assim foi, logo ela apareceu com uma câmera e tirou algumas fotos nossas que eu até hoje não vi, e que nem devem mais existir. O dia não parou por ali, me dei conta alguns segundos depois: Você não trai mesmo sua namorada? - Não - Que pena... - E acabou o assunto, não sei se me levantei, se corei ou se mudei de assunto, só sei que não rolou. Eu não lembro a ordem dos dias, nem dos fatos pra ser sincera. Mas lembro dela me perguntar se minha namorada estava brava, e se eu estava brava com ela por ela ter dito no orkut que queria ficar comigo e tudo mais sem nem mesmo me conhecer, ela só adicionou e disse que estava afim, nunca achei ela bonita, mas algo me prendeu desde então. Foi a cachorragem mesmo, eu sempre adorei menina independente e eu estava precisando disso, talvez. Eu sei que eu bebi demais, que minha namorada desconfiou tanto que eu havia a traído, que eu fui lá e fiz, e beijei tanto... Mas não a garota do orkut, e sim, o resto dos staffs, estávamos brincando com uma plaquinha escrito "Pega eu", e ela mostrou pra mim, eu estava acompanhada de um garoto e ela de outro, lembro bem quem era ele, perguntei se ele ficaria bravo e ele disse que não, pois bem, eu não conseguia soltar dela, era o beijo que mais prendia dentro daquela boate, e assim foi por bons meses. Eu nunca gostei dela, só do beijo e da amizade que cresceu depois disso.
Muito aconteceu, muito otária eu fui em dar certos corres com alguém que só se importava em ter todos aos seus pés, sei que fui mais uma, ela também foi. Descobri isso quando me encontrei apaixonada pela ex dela, antes nos odiávamos. E quem ler esse post vai lembrar e saber de quem eu tô falando, acabou sem querer, um dia a gente simplesmente não se viu, não se despediu, não marcou rolê. E eu deixei de sentir, aposto que ela também. No fundo, eu fico feliz por saber que hoje ela namora quem tanto deveria desde antes de me conhecer tentando roubar a namorada dela, e de tentar me namorar também... Eu sei que eu nunca aceitei, eu sei o quanto eu quis aceitar na época. E me desculpem todos que disseram nossos nomes e "vocês são eternas", bem fomos, mas de repente o amor e o carinho sumiu, sem a necessidade de brigas ou discussões, aconteceu.
Eu tô lembrando desses momentos por medo de entrar naquela boate denovo e encontrar rostos conhecidos, só "deus" sabe o quanto aquela pessoa que eu conheci no dia primeiro de agosto me ajudou quando o meu medo apareceu, e o quanto um soco inglês me fez sentir mais confiante, mesmo sem usa-lo. É, eu sei que tudo passou mas não dá pra ignorar que eu já fui parar em outras cidades com pessoas totalmente aleatórias, e dormi em calçadas, me alimentei de pipóca murcha pós rolê as nove horas da manhã e ainda tive de empurrar dois caras famintos por um beijo e pedir ajuda pra outra garota, que hoje, nem deve lembrar que eu existo. Foi o melhor passado que eu poderia ter, tenho dito. Mas eu não quero relembrar além de palavras, eu não quero rever certos rostos, não por medo de sentir algo além do comum, mas por preservação, eu não quero lembrar de quem já foi especial de outra forma, quero que o passado continue intacto e que tudo permaneça onde está, que sejam lembranças eternas e sem pós-caracterização.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Você sabe que sozinho...

Me sinto tola ao pensar que a esperança me fez crer que poderia ser uma brincadeira e que ela iria aparecer naqueles portões tão odiados, então, eu aumentei os passos após o sinal e desci, cheguei próxima ao portão procurando qualquer imagem ou semelhança daqueles olhos tão meus, mas não os achei. Atravessei a rua e olhei pro ponto de ônibus - Nada. Continuei a caminhar, vai saber se ela não está parada na porta de casa? E olhei pros dois lados da rua, e entrei no lar, desolada.
Eu não peço muito, apenas o que sou capaz de dar aos outros também. Assim o fiz.
Ô meu amor, não pense que não olho o teu lado, mas eu gostaria que olhasse o meu também, são milhares de folhas para copiar e mesmo assim eu teimo em gastar o dinheiro que não tenho pra carregar o cartão e meia hora depois, chegar no meu destino, chegar na porta da sua casa, mesm com expectativas frustradas de te encontrar no ponto de ônibus pra caminharmos juntas por alguns minutos. Mas tá tudo bem, que que eu posso dizer? São só alguns detalhes que me incomodam, não é o bolo por completo, é só minha tristeza incontida e a vontade de ver que alguém faria algo por mim, algo como caminhar, bobo, não? Eu não tô pedindo nada caro, eu tô pedindo pra me visitar as vezes, pra esquecer do tempo, me deixar ajudar no que precisar, aproveitar os sessenta minutos existentes em uma hora. O dia é grande, dá tempo de fazer tanto, mas eu perco três horas do dia chorando, como agora, por pensar que você não vai "chegar mais cedo, mais uma vez". E nem deixar o resto de lado pra ver um filme comigo no cinema, mas tá tudo bem, eu já perdi a vontade.

Bruno de Brito

A liberdade acaba no ponto que o outro não gosta. Então, por que não respeitar? É de mal gosto, é feio, é deselegante. Eu disse: Estou irritada. Mas ele nem sequer fez o favor de parar com as piadas, talvez por se conformar com o futuro próximo que terá. Sei que educação vem de casa, mas não encontro a educação de um garoto cuja mãe é bipolar e o afasta de todos. Não é por nada, mas a brincadeira já se tornou de mal gosto, e a amiga que eu poderia ser está se afastando cada dia mais, cada dia é uma carteira mais distante das piadas, e uma sombra atrás me seguindo - Vestibular - É, você sabe que não vai passar, mas me deixe tentar aprender e passar de ano, não regresse os outros junto com você, deixe-os ter a chance de tentar.

E eu vou continuar guardando o tal do teu segredo, mas vê se me erra.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Se alguém me dissesse...

O conto de fadas termina três linhas antes da moça da estória desistir do amor. Mas quem lê conto de fadas depois do fim? É mesmo, nem eu. Mas hoje faço parte da estória mal contada, do amor envergado de tantas vírgulas e acentos que teimo em colocar pra não ter um fim, só pra não perder o amor que eu tanto teimo em desejar, só por egoísmo meu e do meu amor. É que um dia a moça desse conto me pediu pra não deixá-la jamais, mesmo que ela fosse errada e partisse meu coração, ah, quanta burrice a minha acreditar que o amor duraria pra sempre, e que o pra sempre, que sempre acaba, existiria em pleno século XXI. Eu não vou desistir, apesar de estar perdida em alguma parte entre o sumário e os agradecimentos desse livro que escrevo sobre minha vida e a do meu amor. Não sei se sou o vilão ou o companheiro, nem se sou capaz, mas sei que sou o único que a amaria com todo meu ser, pois os dias sem ela são tristes e o choro profundo, tal como o amor que habita minha alma.
Hoje escrevo essa carta de dor, que também pode ser entendida como de amor: Ô meu amor, são três anos passados e muitos altos e baixos, mas estarei contigo seja onde for. Já dizia algum poeta mal amado, que o amor é uma flor roxa, só não me pergunte o por quê.

(Autora da ideia do texto: Stephany Mascarenhas)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um mês;




Minha loirinha, motivo do meu sorriso de todas as manhãs ao acordar assustada com um bom dia teu no celular, razão de toda ausência que me ocupa quando se despede com um beijo estalado nos meus lábios que tanto pedem pelos teus, lugar onde eu apenas fechos os olhos e me encontro em cada espaço dos teus braços, que sem saberem me dão a paz que nenhum outro lugar foi capaz de me dar, olhos onde por horas converso em silêncio sem que você possa entender, lábios dos quais perco a noção do tempo, dos quais jamais deixaria de os sentir se possível, mãos que me dão a melhor sensação existente quando entrelaça os dedos nos meus, dona do corpo onde me perco, me entrego por inteiro, sinto, toco, beijo e faço amor até o Sol nascer e iluminar a fresta da janela, alma mais linda que já me aproximei, criança boba, limpa, gigante de tanta informação, e claro, o sentido de todo o amor que me preenche quando deito a cabeça no travesseiro e te sinto em cada canto da cama, como se estivesse a todo lugar que me rodeia, como se estivesse a cada nota de uma melodia que toco, como se o tempo fosse tua pressa de me ver, como se tudo que me rouba a atenção fosse teu, como se tudo, e até mesmo o nada houve você, fosse você, e eu.

Amo você minha neguinha, minha menina..


Tua pequena; s2

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cativar-se

Prometi à mim e não fui capaz de cumprir. Eu disse que cativaria ao próximo e apenas ao próximo, não me deixaria cativar. Eu disse que viveria de aparências, abandonaria o amor e viveria com o que de bom é capaz de sustentar a mente e manter a calma, mas não, eu fui além. Eu me deixei cativar. Sentir não é o remédio da felicidade, pois sinto muito, e sinto muito por essa ambiguidade também. Eu estava bem, mas procurei encontrar atrás dos olhos a alma do próximo, eu poderia parar no tempo e beber um copo a mais de cerveja, me permitir conhecer ao corpo sem conhecer através da alma, mas não, eu não fui capaz, e em mente eu coloquei a meta de ter aquele coração para mim. Em partes, minha burrice me convence de que o amor cega, e faz sofrer. Mas há lá o lado bom de ser cativado e sentir, pois existe um brilho especial no que se faz e no que se vive, e acordar ao lado de alguém que te conforta e irá lhe abraçar logo que perceber seus olhos abertos, ou quem sabe fechados, é confortante ao extremo. Ainda assim, não se cativem, o amor é engraçado e te prende. Você está ali, a relação está de mal a pior e ninguém cede pois vocês sabem que se amam e que o outro não irá terminar, que é só uma briga, mas esquecem que pode se tornar algo pior. Enfim, que é que eu fiz comigo mesmo? Me cativei pelo diferente, bem dizia o astrologia que tenho tendência a me apaixonar por pessoas presas ou soltas demais, o meio termo nunca é aceito, pois bem. Deixa eu chorar um pouquinho, se cativar dá nisso.

O Ato de Cativar

Não se cative, é errado. Aliás, cative-se pelo ambiente e não pelos corações presentes. Esqueça as histórias de vida e as chances de conhecer alguém melhor, pois é muito mais gostoso dançar com um estranho gentil do que com o ser que partiu seu coração milhares de vezes nas últimas vinte e quatro horas. É errado se deixar cativar, o correto é cativar ao próximo, evitar o sofrimento dentro de si e toda a sensação possível de ser recebida vinda diretamente da alma do próximo. Aproveite. Sente-se na mesa e ofereça um drink a garota que está sentada na mesa ao lado, sorria, converse sobre Jimmy Hendrix, fale discretamente sobre literatura e a deixe curiosa, faça-a pensar que é inteligente, talvez seja, apenas por não se cativar. Se não se cativar, será feliz, terá a chance de conhecer corpos impensáveis durante o tempo em que não se cativou. Talvez um desses corpos o cative, e todo o trabalho seja em vão.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

É lá

O chuveiro me acompanha demais... É lá que eu descarrego todas as decepções. ­ ­ Preciso me afastar e respirar, olhar o meu mundo do lado de fora, só pra entender do jeito que as pessoas ao meu redor entendem. Eu me desanimo com pouco, tenho em mente que transformo a normalidade em depressão. Eu sei que espero algo além do que deveria esperar, eu sei. Mas eu preciso de ajuda e eu peço tal ajuda, mas ninguém vê, ninguém considera a necessidade de ajuda. Me encontro no meio da tinta preta e sem chances de clarear. Eu encontrei a pouco tempo uma gota de tinta branca, ela se espalhou e transformou uma parte do preto em cinza claro, uma parte considerável. Mas com o passar dos dias, a tinta branca parece desistir de lutar contra a escura e toda a claridade que eu enxerguei está a se tornar utópica. Sinto-me rejeitado pela luz. Encontro no espelho a imagem do meu eu desconhecido, ele se encara e abre os lábios lentamente, as mãos escorregam através do rosto com certa força e as lágrimas caem, os lábios sussuram por ajuda de forma baixa e nada calma, pedem pras forças maiores ajudarem, já que os remédios regredem a saúde física e mental. ­ Todos sofrem e possuem problemas, uns tal quais piores do que os outros. Alguns possuem a capacidade de argumentação, outros adquirem a experiência e por final, a audição e tornam-se inalienáveis. São raros os seres inalienáveis, pois aos que peço o dom da audição percebo o tom da voz e a degradação de si próprios, a falta de compaixão; nós não ajudamos ao próximo, consideramos o problema alheio curto demais perante aos nossos, esquecemos que o que transparece é apenas um terço da situação real e que a verdadeira história começa desde a infância, desde os traumas adquiridos. Muitos aguentam e superam. Eu peço ajuda.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sonic Hedgehog

O amor é complicado mesmo, a gente é egoísta. E eu só peço cinco minutos a mais ao lado dela. Tenho minhas razões, irei esclarecê-las. O céu azul, se torna apenas branco. E a gente se encontra no vazio da casa, que há pouco era tão cheia. Mas só havia ela. Me encontrei pulando sobre as peças, apenas porque ela pularia, me senti próxima por ao menos alguns segundos, novamente. O colchão tão quente, é tão desconfortável agora que jaz aqui meu amor, jaz para outro lugar que não seja parte dessa casa, mas sim, do mundo afora. A alegria é saber que ela ficará bem, mesmo tão longe de mim, espero ansioso o próximo final de semana apenas para ganhar mais dos meus beijos e abraços. É injusto, são tão meus, mas não os posso ter a qualquer hora e nem a qualquer momento. Ah, triste saudade que me acompanha, felicidade contida por lembranças. O meu grande amor, tão pequeno e frágil, acabou de voltar pra casa.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ninguém Pergunta, mas eu Respondo

Eu sempre disse que exposição sem foco é burrice, mas esse foco não é preciso quando uma digitação correta argumenta para algo interessante. Eu gosto de me expor, de dizer o que penso ainda que discordem. Faz parte de mim, sempre fez.
As redes sociais não são apenas para ter os amigos adicionados e em comunicação todo o tempo sobre o que vai rolar no final de semana, é um mundo muito amplo, e eu gosto de espiar. Eu não faço questão de adicionar no facebook ou seguir no twitter alguém no qual eu posso ver todos os dias... Fortalecer a amizade virtual pra quê se eu posso fazer isso pessoalmente? Eu gosto mesmo é de dividir opinião com desconhecidos, conversar sobre assuntos polêmicos, as vezes rir da realidade, e escrever errado só pra imitar a galera que escreve errado e acha bonito.
Existem, com certeza, as pessoas que utilizam o twitter pro verdadeiro propósito dele: Dizer o que está acontecendo. Mas aí, qual é a graça? "Estou indo cagar.", "Irei lavar a louça", "Estou digitando e irei apertar enter", é muito robótico isso. Eu prefiro falar de religião, homossexualidade e violência. E te aceito se você pensar diferente de mim, só não vale me xingar, porque eu vou ignorar. Como eu disse, a internet é ampla demais, por que eu me sentiria ofendida com um xingamento? As pessoas pensam que chamar de "puta" ou "vadia" é ofender, mas como eu poderia me ofender com algo que não irá mudar minha vida? Eu dou risada, e as vezes entro na brincadeira de mal gosto sem precisar xingar. Eu descubro nesse mundo que muita gente é capaz de pensar igual à mim, que não sou o único ponto amarelo largado no meio da multidão vermelha, que existem pessoas interligadas por diversos assuntos e formas de enxergar o mundo, e que pessoalmente, eu jamais seria capaz de ver.
Não é que na internet sou uma, e na vida real sou outra. É que pessoalmente eu prefiro enxergar a palhaçada, o copo de cerveja, o violão, os carros que passam na rua... Quem é que vai parar a conversa sobre o assunto do jornal pra argumentar contra a religião? As pessoas dizem que nós, blogueiros, somos nós mesmos apenas nesse mundo, mas eu discordo: Ninguém nunca teve a capacidade de me perguntar o que é que eu penso do ouro que o papa usa pra louvar a deus.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Querido diário,



Querido blog,
tenho um desabafo de dias atrás pra te contar.

Eu faltei na escola quinta-feira passada, eu estava nervosa e não conseguia nem ao menos dormir, levantei, estava com muita cólica então decidi por faltar na escola, sentei-me no sofá e abri o caderno, comecei a escrever.
"Mãe, eu preciso te contar quem eu sou... é a única forma de você conhecer tua filha de verdade" e assim, vinte minutos depois, minha mãe acordou, eu estava na metade da carta. Eu disse: Não me xinga, eu tenho uma explicação. Mas não bastou o pedido, e nem explicação alguma, ela só pensava em gritar e reclamar de tudo que eu havia feito durante o ano inteiro. Pois bem, voltei pro sofá e resolvi terminar a carta, mas ela perguntou que é que eu estava fazendo, e eu disse que era uma carta e que era pra ela, na irônia, ainda chamei ela de "bonita", e ela mostrou um lado pior ainda, disse que não iria ler carta alguma e que eu não era mulher o suficiente pra dizer algo na cara dela. Mas tudo bem, fechei o caderno e fui pro quarto, deitei na cama onde estou agora, e cobri o rosto enquanto ela acaba comigo mentalmente. Depois de muito tempo ela se acalmou, pediu um abraço, eu pedi pra me deixar em paz pois queria chorar sozinha, ela tentou arrancar o cobertor de mim, eu me enrolei nele com mais força ainda e ela desistiu. A hora que eu menos desejava, aconteceu. Ela perguntou se minha "amiga" não queria mais ficar comigo. Isso significava que ela já sabia de tudo, mas eu discordei, ela disse que eu sabia do que ela estava falando e eu apenas concordei. A carta não era de assunto pleno, porém, dizia também sobre meu envolvimento com drogas aos doze e treze anos, ela disse que iria ler a carta dessa vez mas ao ir trabalhar não pegou a carta. Durante a tarde ela me ligou, pediu pra eu contar sobre o que era a carta e eu liberei apenas o lance das drogas. Tudo bem, ela se sentiu uma mãe ausente e incapaz, mas a culpa não foi dela, eu nunca usei drogas por falta de afeto familiar. Ao chegar em casa ela veio conversar sobre homossexualidade, e eu contei que estava namorando com uma garota, e que não sei se sou lésbica, mas que tenho certeza de que amo a Thais. Ela riu, me chamou de boba e disse que sabia disso há muito tempo, e que meu pai também. Minha mãe disse que queria conhecer logo quem era a menina que tomou conta do meu coração, pois bem, chamei ela pra dormir em casa no dia seguinte. O dia seguinte parecia não chegar. Sexta-feira a noite, os pais dela a trouxeram aqui em casa depois da escola, minha mãe abraçou minha cintura e disse a eles que a filha deles era bem-vinda, mesmo sem eles saberem, aliás, eles sabem mas fingem que não sabem. Eu entrei em casa desesperada na frente, de tão nervosa que estava, elas entraram atrás de mim. Eu encostei na pia e olhei pro teto, contei até dez e elas estavam na minha frente. Mostrei minhas cachorras... E minha mãe mostrou suas plantas. E deu tudo certo. E meus pais amaram a minha namorada, e ela passou o final de semana inteiro comigo... E no domingo de manhã meu pai cobriu a gente e comentou com a minha mãe: Será que elas estão com frio? - Ainda acho que ele gostou dela por ela ter tido paciência pra tocar violão com ele!

13.08.11




Será que só sei escrever quando tudo está de mal a pior ou meu tempo está sendo gasto de outra forma? Não sei, sinceramente, nem quero saber. Só quero desabafar agora sobre o amor que estou sentindo, e que aumenta a cada dia, um pouco mais.
É que no dia 13 a pequena quis ir lá pra praça...
É que eu fiquei magoada por ela não querer usar uma touca...
É que ela perguntou "Você me aceita, neguinha?"
É que eu aceitei, e desde então, eu tô muito feliz e completa.
Vai entender o amor, né? Aparece sem querer e normalmente, na pior das hipóteses, mas ele vai até o fim e mostra que há sempre um lado bom a cada dor que sentimos.
É que doeu demais desde o início...
É que eu disse que não podia, mas bebi uns goles a mais e deixei na cara...
É que sentei na mesa amarela, e na vermelha também, e beijei aqueles lábios...
É que não me exaltei ou ignorei durante as tentativas...
É que chorei muitas noites e decidi que era ela.
E agora é ela, e amanhã será ela, espero que seja ela por todo o tempo possível, espero que todo o tempo possível seja um tempo sem fim.
É que eu quero comprar uma casa de madeira e pintar de branco...
É que eu quero ter cavalos, gatos e cachorros... E um carneirinho.
É que eu quero acordar todos os dias e olhar pro rosto da pequena.
É que eu quero ser feliz todas as 24 horas de um dia, todos os dias.

Ô minha pequena, eu amo você.
Eu amo como você sorri e como seu olhar é calmo quando estamos a sós, parece tão fácil quando o mundo some da nossa visão e tudo o que eu posso ver é você...
E mesmo que parecesse difícil, um dia já foi difícil, mas eu continuo aqui. Eu sempre estarei aqui.

domingo, 7 de agosto de 2011



Ô meu Deus, cê sabe que eu tenho lá minhas dúvidas sobre a existência do mundo, né? Mas vou falar agora de uma certeza, a certeza do olhar da pequena. É que apareceu sem querer, e conquistou. Eu nem deveria ter ido atrás, mas aconteceu depois. E agora?! Bom, agora eu só sei que é difícil olhar pro lado sem procurar aquele corpo a caminhar, com as pernas compridas e a tatuagem à mostra, na calçada de paralelepipedo com o sol tomando conta só da metade do caminho, aí ela levanta os braços e dá as costas, se espreguiça, vira e sorri. Ah, ô meu Deus, por que cê foi me dar um amor tão bom desses? Não sei se mereço tanto, vou dizer. Mas eu prometo cuidar bem desse presente que você me deu...
Prometo, sim. Eu que detesto promessas, prometo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Pra quem não sabe Amar

O amor, ah, o amor...
Aquele lindo que todo mundo pensa que sente, mas que na verdade é paixão. Mas não me importa, intitulo paixão como amor até o fim, só pra depois, ter a certeza de que foi amor. E se não foi? E se foi mesmo só a paixão? E daí? No final, se você encontrar o amor, vai dizer que chamou de amor até o último instante e desde o primeiro.
Eu não sei o que é amor, honestamente, não desejo descobrir tão cedo, afinal, quero viver e aprender com ele, e no final da vida, dizer que fui feliz, sem saber. Mas ela teima em me dizer que eu preciso descobrir o que é o amor e que eu não sei amar...
Desculpe-me, é deselegante dizer o que fiz ou não por alguém, ninguém precisa saber das nossas feridas, lutas ou apenas da mudança da rotina prejudicada. Mas vamos aos fatos.
É errado dizer que já tem outro rolê marcado pra algum amigo, quando na verdade, a gente só quer mesmo é passar a noite na casa do nosso "amor". Aí a gente desmarca tudo, deixa de ir pra outra cidade curtir um rolê daqueles antigos com uma galera que a gente nem conhece, mas quem se importa? Não é mesmo? Deixa isso de lado. A noite valeu a pena, e passar fome o dia inteiro, valeu mais ainda, só por ter aquele olhar que nos esquenta e acolhe durante sua presença. E a pele quente, aquela que é quente mesmo com a temperatura quase a zero grau, aquela pele que nos faz jogar o cobertor do outro lado do quarto e pede por um abraço, porque sabe que irá esquentar o suficiente.
Eu sou aquelas estilo "não falto, não cabulo", mas esses dias eu cabulei o francês pra ir cuidar do meu amor, cuidar... não é bem a palavra, mas eu queria estar por perto, mesmo sendo incapaz de fazer algo que melhorasse sua saúde. Fiz duas viagens, parei na metade, caminhei um bucado e cheguei no museu do vinil, ali perto da Avenida Silva Bueno. Lá fui eu, procurar um disco do Bob Dylan, só por ser o cantor preferido da minha pequena, e entre dez ou quinze discos, cheguei na conclusão de qual levar. Voltei pro ponto de ônibus, ao chegar na rua dela, desci um ponto antes, na frente do hospital Cruz Azul, e pela rua de trás, andei. A mãe dela estava me esperando no portão pra eu subir e ela ir trabalhar, subi, entreguei o disco e recebi um abraço. O meu neném estava com o rosto mais lindo do mundo inteiro, e tão meu... E aquela boca, ah. Eu não gastaria o meu dinheiro do final de semana por alguém, mas eu gastei minhas economias pra ganhar um sorriso, era o meu final de semana, e agora é o meu final de semana: sem a pequena.
Outro dia, ela disse que estava com vontade de comer Dan Top (aquele chamado "teta de nega"), lá fui eu, me oferecer pra busca-la no trabalho e, sem muito mistério, passar na cacau show pra comprar duas caixas do chocolate pra ela. E ela não quis dividir! Meu problema não era esse, mas é que de onde eu venho, as pessoas negam tudo, menos alimento. Mas passou, tentei pensar que eu era mimada e me magoava com pouco, então, passou.
Outra vez, saí de casa quase dez horas da noite e cheguei lá umas quase onze, sozinha. Mas eu passaria a noite com ela, e bom, vocês não sabem o quanto vale a pena abrir os olhos de manhã e ver no colchão de baixo aquela pequena dormindo, com cara de emburradinha e a boca meio-aberta...
Eu não saio sozinha de casa a noite, eu não gasto meu dinheiro nem comigo, eu não compro roupa nem pra mim. Mas por ela, eu faria isso, e fiz o que o pude. Agora ela me diz que eu não sei amar...
Eu me ofereci pra passar a sexta-feira na casa dela caso ela precisasse de alguém pra acompanha-la no hospital, no fundo, era desculpa pra passar o dia por perto. Mas eu iria até na casa do caralho, se fosse pra vê-la bem. Eu perguntei se ela queria que eu fosse, ela disse que não precisava. Agora, quase nove horas da noite, eu já ouvi de tudo, até que não sou espontânea o suficiente pra aparecer na porta da casa dela sem avisar. Se ela quer romance, eu não sei. Mas eu apareceria na porta da casa dela sem avisar, um dia, depois de mais um pouco de café.

Tá tudo bem. Eu não sei amar. Nem sei porque tento escrever "amor" ainda...

sábado, 30 de julho de 2011

30.07.2011

"Me levantei com a desculpa de ir no banheiro, teria de passar por cima dela, e ali acabei parando. Trocamos alguns beijos, suas mãos subiram na minha cintura e eu me apoiei sobre o colchão, deixei as pernas ao redor de seu corpo e segurei meu peso o quanto pude. Meu sexo, aos poucos, e forçado por suas mãos se esfregava em seu corpo com força. Me despi, com dificuldade. E levantei o corpo alguns centímetros, ela se privou de um beijo e abaixou o corpo, eu segurei no travesseiro e fiquei de quatro, sua boca se encontrou em meu sexo alguns segundos depois, eu rebolava ao sentir sua língua e gemia alto de tanto tesão, abaixei a cabeça conforme apoiei meus ombros abaixo do travesseiro, e enquanto sentia o quente de sua língua, assistia, e estremecia pedindo por mais."

"Os corpos se esfregando cada vez mais, a dificuldade pra segurar o tesão e eu ali, sentada sobre seu corpo - Me fode - E assim foi. Ela retirou meu shorts junto a calcinha, aos poucos encaixou sua mão abaixo do meu quadril e, em movimentos leves de vai-e-vem, começamos uma transa animal, seu olhar quase sempre baixo, as vezes se encontrava o meu, e o tesão estampado no rosto me fazia rebolar cada vez mais sobre aqueles dedos, cada vez mais rápido e forte, eu queria mais..."

4:20

O asfalto molhado, as luzes amarelas acesas sobre o casarão e uma pessoa caminhando por ali, sabe-se lá pra onde. O estômago doía, os olhos queriam fechar, mas um sorriso discreto fugiu-me no rosto ao lembrar daquela pequena que passou a noite comigo, numa mesa de bar. O pensamento foi além...

Lembrei do corpo, tão lindo, tão meu, deitado no sofá, com as pernas sobre as da melhor amiga e brincando vez ou outra com o cachorro. Lembrei da regata preta, do sutiã branco com as alças aparecendo contra a vontade, mas tão discreto. Ah, do óculos e do cabelo já bagunçado, e de antes disso, do casaco que esquentou minhas mãos durante um abraço, e era quatro e vinte, nem visitei Jah pra ter certeza do amor.

É aquele bendito problema... O coração está se entregando aos poucos, mas ele sempre acha que já se entregou o suficiente, e chega a outra semana, e ele percebe o quão bobinho ele era por acreditar no amor de antes, que praticamente não existia, mas agora, existe, mas é menor do que o de amanhã, e assim por diante.

Felicidade e superação. Quero isso. Superar as tristezas do passado, ser feliz. Compreender, segurar a onda, maneirar as palavras e cuidar. E enfim, crescer junto com o amor. E aí, Jah? Você vai me ajudar?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Little Song Bird



Eu lembro do dia que eu ouvi sua voz pela primeira vez. Era começo de noite quando, pelo telefone, me disseram: Meu pai comprou um cd novo pra mim! Uma cantora muito daora. Vou colocar pra você ouvir...
E aí começou a tocar I'm With You. E desde então, eu nunca tive outra cantora preferida, e já se passaram anos, e eu de criança, estou virando adulta.
Eu estava na quarta-série, foi no ano de 2002. E meu quarto era inteiro pra você, todos os posteres que eu via, em qualquer lugar, eu os comprava. E todas as vezes que eu te via na televisão, eu colocava no último volume e te admirava como ninguém poderia. Foi você que me ouviu todas as vezes que eu sofri de amor, e que eu gritei de felicidade, e quando eu me revoltei "Just freak out and let it go". Era sua voz que me acalmava, a tua atitude que me tornava a "Skata" que todos conheceram por um bom tempo, eu era uma cópia ridícula de você, mas eu existia. Eu era uma mini-Avril. E minha mãe se orgulhava em dizer: Olha minha filha, igualzinha a Avril Lavigne! Pois é, eu me sentia tão bem.
O seu show no Brasil aconteceu, mas eu ainda tinha 12 anos, e ninguém pra me acompanhar. Então, lembro bem, de ter ouvido seu show pelo site da metropolitana fm, eu e minha amiga, encostadas na janela da sala, olhando a movimentação da rua... Começou a tocar Sk8er boi, eu não conseguia pensar em nada além de chorar.

Já se passaram seis anos desde esse show, o que teria sido, sem dúvidas, o melhor pra mim. Under My Skin me definiu por muito tempo, e ainda define. Agora você tem outros dois cds, não é a mesma que eu conheci, mas eu também não sou a mesma que te admirou. Apenas continuo aqui. Com aquele amor que nasceu numa noite de 2002...
Eu tô com medo de não conseguir ver você de perto, de não conseguir nem mesmo entrar. Dói o coração saber que você existe tão perto e tão longe. E as lágrimas que estão escorrendo pelo meu rosto agora, são amor, eu amo você por ter me escutado mesmo sem saber que existo. Obrigada, Lavigne.

Ah, por favor, que seja real.

terça-feira, 26 de julho de 2011

- Posso te contar uma coisa?

- Pode.

Não sabia por onde começar.

"Eu sempre fui de relações virtuais entrelaçada com relações reais, a diferença é que eu amava quem não podia ter, e matava meu tesão com quem estava por perto, e usava, e prometia, e amava sem medo nenhum de magoar alguém, isso, depois de eu ter meu coração quebrado pelo meu primeiro amor... e agora, eu desaprendi tudo, tô vivendo algo real, sem nada virtual, e eu não sei nem mesmo segurar na mão dela sem pensar que vou me machucar ou machucar ela, eu pensava que os outros eram vulneráveis a mim, e descobri que tô vulnerável a alguém que, honestamente, ainda ama a ex namorada. Eu tô quase igual você... mas você pode viver algo a dois, transformar em um só, se não for boba como eu."

Hoje o céu estava azul por completo, e em apenas um canto havia nuvens brancas, por trás delas existia um raio de sol alaranjado, e elas formavam algum desenho qualquer... mas perfeito. Comentei o quão bonito estava o céu, e me responderam "É mesmo..." sem nem ao menos se darem ao trabalho de levantar a cabeça e doer os olhos.
Encontrei, mesmo sozinha, o amor. Foram instantes caminhando acompanhada e devagar pelas calçadas do bairro que cresci, e aproveitando o vento no rosto, e pensando na imensidão que o céu atravessa fora do meu olhar, e pensando também, no quão grandes somos por dentro, e nas histórias que cada um carrega em si. Somos únicos. E mesmo assim, somos vítimas, pensamos sentir amor, mas é paixão.
Eu acredito no amor: Quando vejo o céu, quando o sol bate na grama, quando a criança balança, quando o vento sopra na árvore e derruba as folhas, quando o pássaro voa sobre o rio e principalmente, quando meu cachorro me espera na porta aos latidos e com o rabo balançando de felicidade! Ah, esse amor é único.
Agora, só tenho a dizer, tudo o que sinto e hei de sentir por um único ser, tudo que compartilhar, toda a história que eu viver, será real, mas considerarei paixão. Contradizendo, será amor enquanto durar. Mas a certeza da minha vida é esperar que meu amado vá antes para algum lugar do céu, só pra eu chorar em seu lugar por sentir saudades, espero então, que quando eu estiver no auge da meia-idade, eu me lembre de alguém que conheci e a olhe da mesma forma, mesmo que o corpo esteja repleto de rugas. Aí sim, eu saberei que senti o amor, virtude dos fortes, contemplar o sentimento por décadas, sentir mesmo se eu não ver meu amor por anos. Ah, como eu quero ter orgulho de amar!

É aquele lance....

A gente acha que tá tudo muito ruim, mas quando tá ruim de verdade, o silêncio permanece e as palavras somem.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

XXVI

Meu erro é adiantar o relógio pro dia seguinte, e o mês pro próximo ano. Eu quero tudo o que puder ter, eu sei que posso ter se eu fizer do tempo um grande amigo meu, mas a pressa não me deixa parar e admirar o sol que enaltece o brilho da grama e faz você caminhar por trás de mim, e me abraçar.
Já tenho tudo o que preciso, mesmo que teu coração não seja por completo meu. De que adianta possuir um coração? Melhor mesmo é não possuir nada, pois tudo vai, e sempre há um algo que fica, seja na memória ou na presença. Você está na minha estória. E faz parte das páginas dos dias anteriores a esse, desse, e espero que dos futuros também. Eu não sei o que dizer quando me perguntam se estou namorando, me incomodo, em partes. Não quero dizer "Tô ficando com aquela menina..." porque o sentimento vai além do ficar, você sabe disso, eu sei disso. Eu me encontro em você todas as vezes que no silêncio do quarto, a luz acesa e o olhar falam mais que qualquer palavra existente. Deixa eu voltar, deixa eu focar. Eu me alegro ao ouvir um "Eu gosto de você", considero algo bom. Eu não preciso ouvir sobre amor todos os momentos e nem falar sobre ele. E se por um acaso, antes de você dormir, eu não disser o quanto amo você, não pense que é por falta de sentimento, é que é algo tão puro, que não preciso dizer todos os momentos, então, me olhe e sinta o que podemos viver. Me ajuda a construir uma estória de amor? Aceito tudo com você. Mas não precisa se comprometer, pois o principal eu já tenho, sua presença. E agora o tempo me explica que pressa e pressão caminham lado a lado, e que um acento e uma vogal podem dizer além do que lemos. Eu tinha pressa em ter você, eu fazia pressão pra você aceitar.

Mas eu nunca precisei de nada além de um beijo teu, e olha só, ganhei até mais do que merecia.

O dom do Amor

Particularmente, penso que é normal de um adolescente querer morrer, achar que sua vida é a pior do mundo, chamar atenção, errar diversas vezes e não aprender, reclamar da família, do feriado, da viagem, do latido do cachorro do vizinho, de acordar cedo, de estudar, e por fim, de amar. Resolvi não me comparar, não dessa vez. Eu diria que já pensei em morte diversas vezes, que já doeu demais. Diria também que me peguei com pensamentos um tanto quanto frios ao caminhar pela rua ou ao olhar da janela do terceiro andar. Desde pequena, quando vejo aquelas lanças de proteger portão, tenho vontade de enfiar os olhos de alguém ali, ou até mesmo os meus, só pra saber o que é dor. Dor de verdade. Agora a história começa a partir da minha infância, quando eu estava no ensino fundamental, sentava em um canto ali próximo da diretoria da escola onde eu estudava, para escrever poemas. Eram tristes. Eu os considerava góticos e tudo o mais. Hoje eu leio e percebo a falta de experiência, mas que doía, e doía tanto! Eram palavras sinceras, apesar da escrita e do desabafo mal feito. Pensei por todo o tempo que vivi, até os dias atuais, quando é que essa tristeza iria passar. Ela passou. De outra forma, obviamente, senão eu não pensaria nisso ainda. Mas o presente daquela época me fez mudar e viver um pouco mais, bastou a distância de tudo o que me fez crescer pra eu ver o quanto aprendi. As vezes sinto que deveria fazer o mesmo com o que vivo nos dias de hoje. Mas ainda falta um semestre inteiro pra eu acabar o ensino médio e assim, me livrar de alguns fantasmas. A questão é: Todos os dias eu penso que estou doente, me encontro em pensamentos bons e ruins, e me perguntando se sou uma pessoa verdadeira ou falsa, se vivo de aparências ou de ações, de vida ou para a vida. Eu sei que enlouqueci quando me encontro de frente ao espelho, acabando em lágrimas e gritos silenciosos, esfregando as mãos na pele molhada e pedindo pra tudo isso acabar. E de repente, eu tô na rua com meus amigos, sorrindo, vivendo. E não me considero bipolar, me considero alguém que tenta, mesmo pensando que tudo é em vão. Afinal, nada é em vão, certo? Ir à um lugar onde eu não quero ir, não é em vão, algo bom pode acontecer (Mesmo que meu pensamento seja ruim, mesmo que não aconteça).
Acabei por resumir demais o que mentalmente eu sinto, nem soube explicar. O problema é que são 365 dias em cada ano, e já se passaram dezessete anos, é o suficiente pra alguém enlouquecer ou amadurecer, não acham? Espero que tudo se estabilize o quanto antes, pois não aguento mais o orgulho tomando conta de mim toda vez que minha mãe perde o juízo (o mesmo que eu perco sozinha na frente do espelho), sei que ela não aguenta dar os passos suficientes para chegar até o banheiro e descontar ali sua ira e desgosto, e é assim com todos que passam ao nosso redor, sei que é, não preciso conhece-los ou conviver sob o mesmo teto pra entender que todos possuem suas dores e tristezas. Alguns se dão bem na arte de esconder. Outros não precisam esconder, pois são tão puros que conseguem ver a beleza sem lembrar do rancor. Tem gente que nasceu pra sofrer. Tem gente que nasceu pra amar sozinho. E principalmente, tem gente que nasceu pra curar. Espero que eu tenha nascido pra curar porque é assim que pretendo encontrar meu caminho, e dar caminho à alguém, e ser feliz, ter o dom do amor.

Balanço.



A cada dia perdemos algo. A cada ano perdemos alguém. O problema é: devemos ficar mal? Devemos chorar? Você acorda e se olha no espelho: você consegue enxergar? Um dia inteiro ficou pra trás. Mas sempre parece que as coisas boas viraram passado e a dor está sempre com você. Parece que a dor acorda junto, dorme junto, caminha ao nosso lado. Como nos livras? Se as perdas acontecem sempre, vale a pena chorar pela saudade? Porque não sorrir pela lembrança? Porque quando algo nos machuca ficamos mal por dias e quando uma piada te faz sorrir dura apenas dez minutos? Vamos criar uma situação:

Você tem aula no sábado de manhã e sexta feira foi dormir tarde. Perde o horário no sábado e pega todos os transportes públicos possíveis, um mais cheio do que o outro. Toma chuva e vento gelado no rosto. Chega na escola a tempo de assistir apenas 1 hora de aula. Depois vai pra outra sala estudar mais, tentando recuperar o que perdeu. Sai da escola pra encontrar alguém, mas sua vontade era de ir pra casa dormir e se esquentar debaixo de um cobertor. Tá frio, você está com sono e com fome, e vocês não tem nem pra onde ir. Estão na calçada sem rumo algum..

Pronto, situação criada. Porque você não sorri e não vê o lado bom? Talvez porque seja dia dos namorados e você sinta falta de alguém? Todo mundo sente falta de alguém, deixa isso pra mais tarde. Você não sorri porque queria estar em casa? Fazendo o que em casa? O que faz todos os dias? É quando você decide olhar para o outro lado da rua (que você sempre passa mas nunca olhou). É pra lá que vamos, vamos pro parque. 'Anh? Parque? Que coisa mais brega, que coisa de velho'. Coisa de velho? Olha que árvore linda, olha que paz, olha aquele balanço! 'Você não vai balançar né?' ..Porque não? Vou balançar o mais alto, vou sentir o vendo gelado no meu nariz, vou fazer meu cabelo bagunçar pra frente e pra trás, vou voar, vou fechar os olhos sem medo de cair, vou sorrir e lembrar da minha infância, vou sujar o tênis de areia na hora de parar, vou fazer uma cena de filme! Você não vem porque? Seu medo te impede de viver, é isso? Saiba que só parei de balançar porque a lei só permite que as crianças se divirtam. Eu ficaria um pouco mais se as regras não fossem tão insensíveis.. Vamos andar. Vamos andar no caminho vazio. O que? Medo de novo? Ouça! Escute os pássaros. Eles dizem que não tem perigo, eles pedem que você se acalme. Uma senhora com sua cachorrinha nos para apenas para compartilhar sua felicidade.. tem coisa mais linda? Prossigamos. Você tem medo de altura mas parou nesse lugar alto pra observar a rua, os carros, a cidade. Isso me fez feliz, seu gosto por essa vista te fez esquecer seu medo. Eu já te disse que também tenho medo de altura? E já disse que sempre quis pular de para-quedas? É, é isso mesmo que você ouviu, prossigamos. Sentemos aqui e observemos o que há ao nosso redor. Essas árvores são lindas (assim como os cachorros, os casais e a flor murcha caída ao chão). Só eu reparei no vermelho daquela flor? Vermelho sangue, vermelho forte, vermelho vivo, vermelho sujo, vermelho perfeito. Flor perfeita e suja.

Você aprende que sorrir de verdade não é difícil.
Imagina se estivéssemos em casa dormindo, sonhando com um balanço...

(Estela Seccatto)

sábado, 23 de julho de 2011

Razão de eu Acordar Domingo



Uma matéria qualquer na televisão, nós ali, sentadas no puff quadrado que fica ao lado do sofá, beijos e mais beijos, mãos bobas e um desejo no olhar. Ela brincou sobre uma posição e eu argumentei a favor, logo me encontrei em seu colo e com minhas mãos sobre seus seios...
- Vamos subir? - Foi o suficiente, depois de alguma discordância.
Subimos as escadas rindo e sabendo que iríamos transar. O quarto estava escuro, entramos e fechamos a porta, só uma fresta de luz pela janela e seu corpo estava em minhas mãos, nossas línguas se chocaram algumas vezes até que ela tirasse minha blusa, e eu a dela, que já estava sem sutiã. Um riso solto, e a dificuldade de soltar o feche de meu sutiã - Deixa que eu faço isso por ti - Após alguns minutos ela me derrubou na cama, segurei em suas pernas, passei minha língua sobre seus seios, reclamei da calça que ainda estava em meu joelho, deitamos. A situação era um pouco constrangedora, nunca entrei em um lugar sabendo que transaria, mesmo depois de tantas transas que já tivemos... Aos poucos, criei um rumo e deixei acontecer, sua perna esquerda prensada na minha cintura e minha mão escorregando até seu sexo, mas como sempre, ela começou. E me fodeu como nunca antes. E escorregou sua língua até meu sexo e me levou onde eu não havia chego durante toda a noite. Me deixou escorrer em seus lábios e voltou pros meus braços. E eu fiz o mesmo, mesmo sem forças até pra respirar, eu queria vê-la gozar em mim, gozar pra mim. Descansamos pouco, e brincadeira vai, brincadeira vem, gozei três vezes seguidas, sem intervalos. Mas isso talvez não seja o importante de saber, o que me fez brilhar nos olhos mesmo, foi quando ela disse, ainda achando irônico o que iria falar, que não fazíamos sexo ou fodíamos, era amor.