quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Flor

Estou à espera de Romeu, mas sempre encontro um Jack disposto a se jogar do navio por mim, com a vida divertida da parte inferior e dos "bons drinks" em conjunto com as boas danças, pois é, eu estava esperando por um ramalhete de flores e recebi apenas uma rosa, cor-de-rosa, e murcha - Essa tal, chamava amor - Confesso que gostei da flor, mesmo que murcha e cor-de-rosa, ela veio junto com um papel toalha para não machucar os dedos ao segurá-la, mas o papel se desgastou após alguns dias de caminhada, os espinhos começaram a machucar e, nem mesmo a água que usei para regá-la, serviu de algo. Fazem quase cento e poucos dias que a reguei pela primeira vez e dei-lhe o nome de "amor", espero que ela não perca vida antes do tempo chamado eterno e que com este mesmo tempo seus espinhos se abroxem e deixem de me causar machucados nas mãos, ou ao menos, que meus dedos criem calos para aguentar tamanho machucado.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O amor talvez seja uma Flor

Faz menos de um minuto que ela entrou dentro do ônibus rumo à escola. E faz menos de dois que eu desejei um último abraço e beijo com gosto de meu. Estou procurando, nas últimas semanas, o ponto central de todas as discussões, nosso amor é complicado por ser tão simples e o que deveria magoar não magoa, mas o que não deveria estanca a maior das cicatrizes. Nossas opiniões são de fato constantes diferentes e incapazes de se encontrar em algum ponto ou falha da matriz principal, apesar de não existir crime perfeito, estou à procura deste mesmo, espero dar o truque nas contradições e possuir a chance de alterar o futuro com os erros do passado, meu crime será roubar por completo o coração da pessoa em questão, porém, os pontos contra indicados estragam os planos e nada sai do papel.
A discussão está próxima de qualquer exercício menos de ser o x da questão, o x é fácil de compreender, ao contrário da discussão que teima em ir e voltar, em seu loop eterno, e alavancar o amor para perto dos céus e logo após, para a proximidade da hipotenusa de um cateto.
O amor é grande, será grande e há de continuar a existir.
Lembro que, uma vez, citei num texto desse blog que o amor infelizmente é para os trouxas pois a segurança que um transmite ao outro os permitem discutir livremente e indispensar o baixo calão. Eu estava correto.

Irei correr atrás do amor para os bons homens, abandonarei o amor dos trouxas. Preciso, para isso, contanto, descobrir a fórmula secreta e guardar meu pequeno e sujo segredo dentro de quatro chaves, paredes ou trincas.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Promessas são Indiferentes

Será que na simplicidade da alma não há lugar pra mais um?
mais um dia sem sentido, mais uma tentativa em vão, mais e mais do amor
As pessoas não entendem meu ódio por promessas, é simples: elas não se concretizam.
As promessas são o pior inimigo do homem, eu peço que não prometa, e tu promete
Mas esquece do coração já partido pela atitude anterior, e anterior a anterior,
e assim sucessivamente, estou metaforicamente quebrada pelos pisos do chão de casa, não somente da casa onde moro, mas de onde moram todos aqueles capazes de me cativar.
Vai ficar tudo bem, basta todos lembrarem do Pequeno Príncipe ao acordar, lembrarem que são responsáveis pelo que cativam e sendo assim, são eternamente responsáveis por mim, sejam todos do meu presente ou do meu passado, jamais deveriam partir, esqueceram da responsabilidade. E mesmo quem ainda está aqui, estou cobrando os cuidados porque não quero cuidar sozinha de mim.

Foi em meados de 2009...

Do lado de fora um goró qualquer na garrafa de coca-cola ou soda, nem me lembro. Todos sentados na calçada e repassando a garrafa, o álcool subindo a cabeça e a menina do orkut apareceu, meio tímida sentou do meu lado junto a um amigo, também não me lembro mais. Ela estava de regata branca, algo na cabeça, cabelo chanel e franjinha, parecia inofensível. Anoiteceu, resolvi entrar na boate, normalmente os staffs lotavam lá dentro, só pras pessoas entrarem e pensarem "uau, aqui tá lotado", enfim. Ela sentou do meu lado, disfarcei um pouco, ela disse duas ou três palavras e depois: Vou buscar a câmera pra gente tirar fotos! - Eu não entendi, mas assim foi, logo ela apareceu com uma câmera e tirou algumas fotos nossas que eu até hoje não vi, e que nem devem mais existir. O dia não parou por ali, me dei conta alguns segundos depois: Você não trai mesmo sua namorada? - Não - Que pena... - E acabou o assunto, não sei se me levantei, se corei ou se mudei de assunto, só sei que não rolou. Eu não lembro a ordem dos dias, nem dos fatos pra ser sincera. Mas lembro dela me perguntar se minha namorada estava brava, e se eu estava brava com ela por ela ter dito no orkut que queria ficar comigo e tudo mais sem nem mesmo me conhecer, ela só adicionou e disse que estava afim, nunca achei ela bonita, mas algo me prendeu desde então. Foi a cachorragem mesmo, eu sempre adorei menina independente e eu estava precisando disso, talvez. Eu sei que eu bebi demais, que minha namorada desconfiou tanto que eu havia a traído, que eu fui lá e fiz, e beijei tanto... Mas não a garota do orkut, e sim, o resto dos staffs, estávamos brincando com uma plaquinha escrito "Pega eu", e ela mostrou pra mim, eu estava acompanhada de um garoto e ela de outro, lembro bem quem era ele, perguntei se ele ficaria bravo e ele disse que não, pois bem, eu não conseguia soltar dela, era o beijo que mais prendia dentro daquela boate, e assim foi por bons meses. Eu nunca gostei dela, só do beijo e da amizade que cresceu depois disso.
Muito aconteceu, muito otária eu fui em dar certos corres com alguém que só se importava em ter todos aos seus pés, sei que fui mais uma, ela também foi. Descobri isso quando me encontrei apaixonada pela ex dela, antes nos odiávamos. E quem ler esse post vai lembrar e saber de quem eu tô falando, acabou sem querer, um dia a gente simplesmente não se viu, não se despediu, não marcou rolê. E eu deixei de sentir, aposto que ela também. No fundo, eu fico feliz por saber que hoje ela namora quem tanto deveria desde antes de me conhecer tentando roubar a namorada dela, e de tentar me namorar também... Eu sei que eu nunca aceitei, eu sei o quanto eu quis aceitar na época. E me desculpem todos que disseram nossos nomes e "vocês são eternas", bem fomos, mas de repente o amor e o carinho sumiu, sem a necessidade de brigas ou discussões, aconteceu.
Eu tô lembrando desses momentos por medo de entrar naquela boate denovo e encontrar rostos conhecidos, só "deus" sabe o quanto aquela pessoa que eu conheci no dia primeiro de agosto me ajudou quando o meu medo apareceu, e o quanto um soco inglês me fez sentir mais confiante, mesmo sem usa-lo. É, eu sei que tudo passou mas não dá pra ignorar que eu já fui parar em outras cidades com pessoas totalmente aleatórias, e dormi em calçadas, me alimentei de pipóca murcha pós rolê as nove horas da manhã e ainda tive de empurrar dois caras famintos por um beijo e pedir ajuda pra outra garota, que hoje, nem deve lembrar que eu existo. Foi o melhor passado que eu poderia ter, tenho dito. Mas eu não quero relembrar além de palavras, eu não quero rever certos rostos, não por medo de sentir algo além do comum, mas por preservação, eu não quero lembrar de quem já foi especial de outra forma, quero que o passado continue intacto e que tudo permaneça onde está, que sejam lembranças eternas e sem pós-caracterização.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Você sabe que sozinho...

Me sinto tola ao pensar que a esperança me fez crer que poderia ser uma brincadeira e que ela iria aparecer naqueles portões tão odiados, então, eu aumentei os passos após o sinal e desci, cheguei próxima ao portão procurando qualquer imagem ou semelhança daqueles olhos tão meus, mas não os achei. Atravessei a rua e olhei pro ponto de ônibus - Nada. Continuei a caminhar, vai saber se ela não está parada na porta de casa? E olhei pros dois lados da rua, e entrei no lar, desolada.
Eu não peço muito, apenas o que sou capaz de dar aos outros também. Assim o fiz.
Ô meu amor, não pense que não olho o teu lado, mas eu gostaria que olhasse o meu também, são milhares de folhas para copiar e mesmo assim eu teimo em gastar o dinheiro que não tenho pra carregar o cartão e meia hora depois, chegar no meu destino, chegar na porta da sua casa, mesm com expectativas frustradas de te encontrar no ponto de ônibus pra caminharmos juntas por alguns minutos. Mas tá tudo bem, que que eu posso dizer? São só alguns detalhes que me incomodam, não é o bolo por completo, é só minha tristeza incontida e a vontade de ver que alguém faria algo por mim, algo como caminhar, bobo, não? Eu não tô pedindo nada caro, eu tô pedindo pra me visitar as vezes, pra esquecer do tempo, me deixar ajudar no que precisar, aproveitar os sessenta minutos existentes em uma hora. O dia é grande, dá tempo de fazer tanto, mas eu perco três horas do dia chorando, como agora, por pensar que você não vai "chegar mais cedo, mais uma vez". E nem deixar o resto de lado pra ver um filme comigo no cinema, mas tá tudo bem, eu já perdi a vontade.

Bruno de Brito

A liberdade acaba no ponto que o outro não gosta. Então, por que não respeitar? É de mal gosto, é feio, é deselegante. Eu disse: Estou irritada. Mas ele nem sequer fez o favor de parar com as piadas, talvez por se conformar com o futuro próximo que terá. Sei que educação vem de casa, mas não encontro a educação de um garoto cuja mãe é bipolar e o afasta de todos. Não é por nada, mas a brincadeira já se tornou de mal gosto, e a amiga que eu poderia ser está se afastando cada dia mais, cada dia é uma carteira mais distante das piadas, e uma sombra atrás me seguindo - Vestibular - É, você sabe que não vai passar, mas me deixe tentar aprender e passar de ano, não regresse os outros junto com você, deixe-os ter a chance de tentar.

E eu vou continuar guardando o tal do teu segredo, mas vê se me erra.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Se alguém me dissesse...

O conto de fadas termina três linhas antes da moça da estória desistir do amor. Mas quem lê conto de fadas depois do fim? É mesmo, nem eu. Mas hoje faço parte da estória mal contada, do amor envergado de tantas vírgulas e acentos que teimo em colocar pra não ter um fim, só pra não perder o amor que eu tanto teimo em desejar, só por egoísmo meu e do meu amor. É que um dia a moça desse conto me pediu pra não deixá-la jamais, mesmo que ela fosse errada e partisse meu coração, ah, quanta burrice a minha acreditar que o amor duraria pra sempre, e que o pra sempre, que sempre acaba, existiria em pleno século XXI. Eu não vou desistir, apesar de estar perdida em alguma parte entre o sumário e os agradecimentos desse livro que escrevo sobre minha vida e a do meu amor. Não sei se sou o vilão ou o companheiro, nem se sou capaz, mas sei que sou o único que a amaria com todo meu ser, pois os dias sem ela são tristes e o choro profundo, tal como o amor que habita minha alma.
Hoje escrevo essa carta de dor, que também pode ser entendida como de amor: Ô meu amor, são três anos passados e muitos altos e baixos, mas estarei contigo seja onde for. Já dizia algum poeta mal amado, que o amor é uma flor roxa, só não me pergunte o por quê.

(Autora da ideia do texto: Stephany Mascarenhas)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um mês;




Minha loirinha, motivo do meu sorriso de todas as manhãs ao acordar assustada com um bom dia teu no celular, razão de toda ausência que me ocupa quando se despede com um beijo estalado nos meus lábios que tanto pedem pelos teus, lugar onde eu apenas fechos os olhos e me encontro em cada espaço dos teus braços, que sem saberem me dão a paz que nenhum outro lugar foi capaz de me dar, olhos onde por horas converso em silêncio sem que você possa entender, lábios dos quais perco a noção do tempo, dos quais jamais deixaria de os sentir se possível, mãos que me dão a melhor sensação existente quando entrelaça os dedos nos meus, dona do corpo onde me perco, me entrego por inteiro, sinto, toco, beijo e faço amor até o Sol nascer e iluminar a fresta da janela, alma mais linda que já me aproximei, criança boba, limpa, gigante de tanta informação, e claro, o sentido de todo o amor que me preenche quando deito a cabeça no travesseiro e te sinto em cada canto da cama, como se estivesse a todo lugar que me rodeia, como se estivesse a cada nota de uma melodia que toco, como se o tempo fosse tua pressa de me ver, como se tudo que me rouba a atenção fosse teu, como se tudo, e até mesmo o nada houve você, fosse você, e eu.

Amo você minha neguinha, minha menina..


Tua pequena; s2

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cativar-se

Prometi à mim e não fui capaz de cumprir. Eu disse que cativaria ao próximo e apenas ao próximo, não me deixaria cativar. Eu disse que viveria de aparências, abandonaria o amor e viveria com o que de bom é capaz de sustentar a mente e manter a calma, mas não, eu fui além. Eu me deixei cativar. Sentir não é o remédio da felicidade, pois sinto muito, e sinto muito por essa ambiguidade também. Eu estava bem, mas procurei encontrar atrás dos olhos a alma do próximo, eu poderia parar no tempo e beber um copo a mais de cerveja, me permitir conhecer ao corpo sem conhecer através da alma, mas não, eu não fui capaz, e em mente eu coloquei a meta de ter aquele coração para mim. Em partes, minha burrice me convence de que o amor cega, e faz sofrer. Mas há lá o lado bom de ser cativado e sentir, pois existe um brilho especial no que se faz e no que se vive, e acordar ao lado de alguém que te conforta e irá lhe abraçar logo que perceber seus olhos abertos, ou quem sabe fechados, é confortante ao extremo. Ainda assim, não se cativem, o amor é engraçado e te prende. Você está ali, a relação está de mal a pior e ninguém cede pois vocês sabem que se amam e que o outro não irá terminar, que é só uma briga, mas esquecem que pode se tornar algo pior. Enfim, que é que eu fiz comigo mesmo? Me cativei pelo diferente, bem dizia o astrologia que tenho tendência a me apaixonar por pessoas presas ou soltas demais, o meio termo nunca é aceito, pois bem. Deixa eu chorar um pouquinho, se cativar dá nisso.

O Ato de Cativar

Não se cative, é errado. Aliás, cative-se pelo ambiente e não pelos corações presentes. Esqueça as histórias de vida e as chances de conhecer alguém melhor, pois é muito mais gostoso dançar com um estranho gentil do que com o ser que partiu seu coração milhares de vezes nas últimas vinte e quatro horas. É errado se deixar cativar, o correto é cativar ao próximo, evitar o sofrimento dentro de si e toda a sensação possível de ser recebida vinda diretamente da alma do próximo. Aproveite. Sente-se na mesa e ofereça um drink a garota que está sentada na mesa ao lado, sorria, converse sobre Jimmy Hendrix, fale discretamente sobre literatura e a deixe curiosa, faça-a pensar que é inteligente, talvez seja, apenas por não se cativar. Se não se cativar, será feliz, terá a chance de conhecer corpos impensáveis durante o tempo em que não se cativou. Talvez um desses corpos o cative, e todo o trabalho seja em vão.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

É lá

O chuveiro me acompanha demais... É lá que eu descarrego todas as decepções. ­ ­ Preciso me afastar e respirar, olhar o meu mundo do lado de fora, só pra entender do jeito que as pessoas ao meu redor entendem. Eu me desanimo com pouco, tenho em mente que transformo a normalidade em depressão. Eu sei que espero algo além do que deveria esperar, eu sei. Mas eu preciso de ajuda e eu peço tal ajuda, mas ninguém vê, ninguém considera a necessidade de ajuda. Me encontro no meio da tinta preta e sem chances de clarear. Eu encontrei a pouco tempo uma gota de tinta branca, ela se espalhou e transformou uma parte do preto em cinza claro, uma parte considerável. Mas com o passar dos dias, a tinta branca parece desistir de lutar contra a escura e toda a claridade que eu enxerguei está a se tornar utópica. Sinto-me rejeitado pela luz. Encontro no espelho a imagem do meu eu desconhecido, ele se encara e abre os lábios lentamente, as mãos escorregam através do rosto com certa força e as lágrimas caem, os lábios sussuram por ajuda de forma baixa e nada calma, pedem pras forças maiores ajudarem, já que os remédios regredem a saúde física e mental. ­ Todos sofrem e possuem problemas, uns tal quais piores do que os outros. Alguns possuem a capacidade de argumentação, outros adquirem a experiência e por final, a audição e tornam-se inalienáveis. São raros os seres inalienáveis, pois aos que peço o dom da audição percebo o tom da voz e a degradação de si próprios, a falta de compaixão; nós não ajudamos ao próximo, consideramos o problema alheio curto demais perante aos nossos, esquecemos que o que transparece é apenas um terço da situação real e que a verdadeira história começa desde a infância, desde os traumas adquiridos. Muitos aguentam e superam. Eu peço ajuda.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sonic Hedgehog

O amor é complicado mesmo, a gente é egoísta. E eu só peço cinco minutos a mais ao lado dela. Tenho minhas razões, irei esclarecê-las. O céu azul, se torna apenas branco. E a gente se encontra no vazio da casa, que há pouco era tão cheia. Mas só havia ela. Me encontrei pulando sobre as peças, apenas porque ela pularia, me senti próxima por ao menos alguns segundos, novamente. O colchão tão quente, é tão desconfortável agora que jaz aqui meu amor, jaz para outro lugar que não seja parte dessa casa, mas sim, do mundo afora. A alegria é saber que ela ficará bem, mesmo tão longe de mim, espero ansioso o próximo final de semana apenas para ganhar mais dos meus beijos e abraços. É injusto, são tão meus, mas não os posso ter a qualquer hora e nem a qualquer momento. Ah, triste saudade que me acompanha, felicidade contida por lembranças. O meu grande amor, tão pequeno e frágil, acabou de voltar pra casa.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ninguém Pergunta, mas eu Respondo

Eu sempre disse que exposição sem foco é burrice, mas esse foco não é preciso quando uma digitação correta argumenta para algo interessante. Eu gosto de me expor, de dizer o que penso ainda que discordem. Faz parte de mim, sempre fez.
As redes sociais não são apenas para ter os amigos adicionados e em comunicação todo o tempo sobre o que vai rolar no final de semana, é um mundo muito amplo, e eu gosto de espiar. Eu não faço questão de adicionar no facebook ou seguir no twitter alguém no qual eu posso ver todos os dias... Fortalecer a amizade virtual pra quê se eu posso fazer isso pessoalmente? Eu gosto mesmo é de dividir opinião com desconhecidos, conversar sobre assuntos polêmicos, as vezes rir da realidade, e escrever errado só pra imitar a galera que escreve errado e acha bonito.
Existem, com certeza, as pessoas que utilizam o twitter pro verdadeiro propósito dele: Dizer o que está acontecendo. Mas aí, qual é a graça? "Estou indo cagar.", "Irei lavar a louça", "Estou digitando e irei apertar enter", é muito robótico isso. Eu prefiro falar de religião, homossexualidade e violência. E te aceito se você pensar diferente de mim, só não vale me xingar, porque eu vou ignorar. Como eu disse, a internet é ampla demais, por que eu me sentiria ofendida com um xingamento? As pessoas pensam que chamar de "puta" ou "vadia" é ofender, mas como eu poderia me ofender com algo que não irá mudar minha vida? Eu dou risada, e as vezes entro na brincadeira de mal gosto sem precisar xingar. Eu descubro nesse mundo que muita gente é capaz de pensar igual à mim, que não sou o único ponto amarelo largado no meio da multidão vermelha, que existem pessoas interligadas por diversos assuntos e formas de enxergar o mundo, e que pessoalmente, eu jamais seria capaz de ver.
Não é que na internet sou uma, e na vida real sou outra. É que pessoalmente eu prefiro enxergar a palhaçada, o copo de cerveja, o violão, os carros que passam na rua... Quem é que vai parar a conversa sobre o assunto do jornal pra argumentar contra a religião? As pessoas dizem que nós, blogueiros, somos nós mesmos apenas nesse mundo, mas eu discordo: Ninguém nunca teve a capacidade de me perguntar o que é que eu penso do ouro que o papa usa pra louvar a deus.