sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Você sabe que sozinho...

Me sinto tola ao pensar que a esperança me fez crer que poderia ser uma brincadeira e que ela iria aparecer naqueles portões tão odiados, então, eu aumentei os passos após o sinal e desci, cheguei próxima ao portão procurando qualquer imagem ou semelhança daqueles olhos tão meus, mas não os achei. Atravessei a rua e olhei pro ponto de ônibus - Nada. Continuei a caminhar, vai saber se ela não está parada na porta de casa? E olhei pros dois lados da rua, e entrei no lar, desolada.
Eu não peço muito, apenas o que sou capaz de dar aos outros também. Assim o fiz.
Ô meu amor, não pense que não olho o teu lado, mas eu gostaria que olhasse o meu também, são milhares de folhas para copiar e mesmo assim eu teimo em gastar o dinheiro que não tenho pra carregar o cartão e meia hora depois, chegar no meu destino, chegar na porta da sua casa, mesm com expectativas frustradas de te encontrar no ponto de ônibus pra caminharmos juntas por alguns minutos. Mas tá tudo bem, que que eu posso dizer? São só alguns detalhes que me incomodam, não é o bolo por completo, é só minha tristeza incontida e a vontade de ver que alguém faria algo por mim, algo como caminhar, bobo, não? Eu não tô pedindo nada caro, eu tô pedindo pra me visitar as vezes, pra esquecer do tempo, me deixar ajudar no que precisar, aproveitar os sessenta minutos existentes em uma hora. O dia é grande, dá tempo de fazer tanto, mas eu perco três horas do dia chorando, como agora, por pensar que você não vai "chegar mais cedo, mais uma vez". E nem deixar o resto de lado pra ver um filme comigo no cinema, mas tá tudo bem, eu já perdi a vontade.

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