terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Venho por meio deste, exprimir o que não faz parte do presente pra estar dentre as novas páginas dessa vida - O tal do amor.
Ô, pequena, encontrei sem querer nossos vídeos e desabafos de amor, encontrei em mim a felicidade atrás do monitor, felicidade essa expressa dentro de um vídeo e não no meu olhar. 
Quem eu era?
Alguém feliz.
Você me fez feliz por certo tempo, sei que gostaria de me fazer feliz por todo o resto da sua vida, você já me disse isso - continua tentando dizer - mas não a amo mais.
Não me sinto feliz ao estar por perto de ti, não sou completa e não te completo. Não se iluda, eu enxerguei naqueles vídeos o amor que sentia por você, e me senti triste por não mais o sentir.
Mas eu sei bem o que aconteceu...
Talvez seja a minha opinião pessoal, mas você esqueceu de ser quem é. Escureceu a claridade da alma. Abaixou seus tons e me obrigou a abaixar os meus também.
Assim não dá... Assim não deu.
O brilho no olhar diz tudo, se não mais o encontra ao me olhar, por que tentas? Eu já não amo. Eu já não sinto. Não venero, não planejo, não desejo.
Não te quero.
Não te encontro em mim, por fim.

E não pense que parti seu coração um dia, pois o meu cicatrizou com o rancor após seis meses e tentei, além de toda a pele que possuía, superar. 

Não superei.
Não mais amei.
Só indaguei o óbvio.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pulmonar

Não sei porque escrevo, talvez tenha lembrado do quanto aliviava a barra pensar que alguém iria ler o que posso dizer, mas hoje sei que tanto faz e que poucos serão aqueles que irão nos ouvir quando precisarmos, sem nos julgar. De qualquer forma, sou a autora deste texto e desabafo comigo mesma, não devo temer meus julgamentos, devo guardar como lembrança o que escrevo neste pedaço do infinito.
Nos últimos dias ando cantarolando "milonga" da banda Fresno aos cantos da casa, me pergunto o por que mas não encontro respostas. Sou vazia.
Meus medos estão todos à tona e pensar no futuro me faz regredir. Eu vejo casais se amando e não consigo entender qual é a fórmula pro sucesso, já penso que em seis meses irão terminar ou me pergunto porque é que quero distância deste sentimento.
Mas é óbvio, é cru demais a resposta: - Quero distância do amor porque ele cria calos e cicatrizes, não é capaz de recuperar a alma por um todo, deixa queimaduras a cada chance de nos reerguermos e lutarmos ao lado de alguém novo. Eu não quero alguém novo. Nem velho. Nem atual. Nem ninguém. Eu quero eu.
Eu quero liberdade, escolhas próprias, personalidade, essência, auto-suficiência, aprendizado, amadurecimento, e principalmente me fazer feliz. Existem pessoas que dizem que sem o amor a vida nada é, mas o amor está em tudo, então, o amor tudo é. E por enquanto encontro o amor dentro de casa, encontro o latido dos cachorros felizes ou raivosos, me faço bem.

De resto, meu amor criou repulsas, e nem falo de uma só forma...
Todas as formas.
Exceto as da natureza.

domingo, 29 de julho de 2012

TALVEZ NÓS

Eu não sei direito o que admitir pras pessoas ou pra mim. Nem pra você. Eu não sei o que está se passando comigo, mas sei que me desespera o teu estado e eu não desejo partir sem saber que ficará bem. É porque eu já te vi chorar e enlouquecer, se auto-mutilar por perder o controle, e também já te vi amar como uma criança. E me fazer amar como se tu fosse um doce. Perdoa, perdi o respeito depois daquele roxo na minha perna, perdoei de coração mas não esqueci, todos os passos mudaram desde então mesmo sabendo que você, de fato, havia se arrependido do que fez. Você mesma diz que arrependimento e desculpas não são tudo, essa é a prova concreta que tenho, nossa vida mudou depois daquela decepção. Eu amo você. Eu amo. E quero lhe ver bem, não quero que corra aos meus pés ou venha bêbada na madrugada me pedir um abraço, tu é sempre bem vinda contanto que não corra riscos. Não quero te usar. Dormir contigo outra noite e amanhã continuar com o fim tão doloroso que criei, ou criamos. Tenta entender, eu quero saber se você está bem, e sua agenda anda mais lotada do que a minha, não perca seu tempo comigo. Perdemos o respeito que nos restou e amor já não sustenta essa construção.
É triste lembrar teus beijos e abraços antes daquele dia, maldito dia...
Eu sinto falta.
Falta da pureza do teu amor.
Abandona essa loucura.
Depois que se amar, estará preparada para amar qualquer pessoa.
Talvez nós.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Perdoa por eu não poder te perdoar
Dói muito mais em mim não ter a quem amar
Ecoa em mim o silêncio dessa solidão
Pudera eu viver sem coração

Amor, tá aí algo que eu não sei explicar. Não sei nem ao menos como sinto, nos dias atuais. Eu lembro bem, pequena, da vontade que eu costumava ter de estar perto de você, de ser útil, de me tornar especial. Mas de repente, me encontro olhando pra parede e buscando boas lembranças, que são muitas, mas que não me completam mais. É triste saber que depois daquela noite na Augusta, da aliança que eu joguei na beira da calçada e desapareceu, meu amor também se foi um pouquinho. Eu gostaria de dizer que não perdi o respeito, é difícil, pois sei que nunca mais senti a mesma segurança ao olhar no fundo dos seus olhos, nunca mais consegui entender o quão profundo era seu amor ao te ouvir dizer, pois sempre lembrei daquele chute, daqueles tapas no ar que saíram de ti, mas não eram você. Eu nunca mais fervi por dentro de vontade de estar com você e ter uma noite de amor especial. Eu nunca soube como te dizer isso, que sempre senti, todas as vezes que você deitou no meu colo e me esquentou com tua respiração. Eu sinto um vazio em mim desde aquela noite. E não bastando esse vazio estar aqui, sinto-me incapaz de superar, tão incapaz de estar por perto quatro dos sete dias da semana é vazio pra ti também. Eu faço o possível pra estar por perto, não há um fim de semana sequer que você não possa me ver, mas te deixo vazia quando olho pras paredes ou logo após voltar pra casa e passar o dia inteiro no computador mas sem conversar com você. No fundo, eu estou cheia de tantas cobranças. Cheia de querer superar o que aconteceu mas lembrar sempre que fecho os olhos... De que adianta você voltar pros meus braços após alguma discussão? Se quando eu menos esperei, bum, levei um chute. O meu amor não confiou em mim, e não existe desculpa pro que aconteceu, se alguém merecia uma surra era quem não estava respeitando meu espaço, se me conhece bem, saberia que eu não estava nem um pouco afim de estar ali. Tanto faz, o meu amor partiu pro fundo do coração e eu ainda tento mante-lo aquecido a cada abraço que recebo teu. Mas os beijos já não são os mesmos, as conversas parecem não funcionar, você pensa que eu estou contigo por comodismo e eu queria que soubesse que não, não é comodismo, eu tô tentando superar algo que pelo jeito é insuperável e cada mês aumenta um pouco nossa distância. Eu sempre disse que eu não gostaria de ser um obstáculo no teu crescimento, que eu não gostaria de partir pra você aprender alguma lição, mas será que eu também não preciso aprender alguma? Eu não consigo estar por perto quando você precisa, eu me afundo aos poucos na cama, não tenho paciência nem pra mim, sou só. Tu me cobra estar ali, sem chance de escolha, diz que eu tenho livre arbítrio mas se eu escolho diferente do que espera, ah... não consigo nem explicar o que tu é capaz de me dizer. Perdão, pequena, eu não sei o que esse texto inteiro quer dizer, eu amo você, sei que amo pois escrevo enquanto choro por não ser capaz de estar aí, de ter vontade de trocar mensagens durante todo o dia, de ter vontade de responder suas mensagens, de querer te buscar em casa pra gente ir pro museu... Choro, pra aliviar essa dor de culpa que eu sinto por não conseguir te perdoar.

sábado, 16 de junho de 2012

Saudades da menina que estava sempre com um papel higiênico pendurado no nariz, com cara de espirro e pijama. Que confiava em si, e me fazia confiar também. Que fazia tudo parecer fácil as seis horas da manhã. Do cabelo ruivo alisado, com óculos quadrado e blusa preta com camisa xadrez. Êta saudade que mata, corrói e me mantém aqui. Saudades daqueles olhos que conquistavam cada dia um pouco mais, e faziam questão disso. Daquela mente que queria impressionar e aconchegar, do olhar cuidadoso de quem pretende transar a madrugada inteira... Saudades. Disso tudo que não vai voltar, por ela não ser mais assim. Por ela não entender que isso me cativou e depois partiu.


"Amor próprio, sem ele, nada somos. Apenas obcecados."

sexta-feira, 15 de junho de 2012

01h55

A guria entendeu tudo errado... Eu só queria chance pra respirar e ver o sol nascer sozinha, pra depois saber o quanto é bom fazer isso acompanhada. Queria chance de ficar dias em casa sozinha, pra depois a presença dela invadir todo o meu ser e eu entender o quão tudo é vazio sem o amor. E queria também, se possível, um lugarzinho só nosso, porque me cansa ficar longe de casa tantos dias seguidos e morar de favor, mesmo sem especificar, numa casa que não me pertence, com parentes que não são meus. É diferente, o estômago roncar de fome meia hora depois do almoço e não poder abrir o armário e pegar o que quiser, como eu faria em casa. Não é só isso, eu queria ela passando um tempo aqui e conversando com meus conhecidos também, dando umas voltas pela praça num domingo tedioso ou comprando um vinho barato invés de cerveja. É fácil dizer que eu estou estragando tudo ao dizer que perdi a vontade de ficar por perto, que eu sou grossa, fria e sem coração. Mas se eu disse isso, é porque tem algo além pra mostrar. Eu não me sinto a vontade num lugar em que não me pertence por completo, todos somos assim, estar com você bastaria, bastou e bastará, mas não serão todos os dias, pois bastaria se eu tivesse meu guarda-roupas e suprimentos ali, bastou porque usei do que você me deixou usar, e bastará porque um dia teremos nossa casinha branca. Com todas nossas bagunças misturadas. Eu estou apaixonada, mas tendo uma perda ambígua, a perda do espaço e do tempo, do que permiti acontecer e do que não quero que se repita. Entenda, eu não disse que não quero estar por perto e sim que discussões e esperanças me fazem querer sumir, não só de você, e sim de mim. Deixei entre linhas, se me conhecesse tão bem, saberia. Nem eu te conheço a ponto de saber.