sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Comment allez vous? - Je ne vais pas bien

Eu pareço uma víbora daquelas que não dá moral pro amor que eu consegui conquistar, mas não é proposital, na verdade, eu já disse milhares de vezes o quanto eu tô mal e o quanto me dói pisar na rua sem pensar que vou desmaiar em alguma parte do caminho entre a minha casa e a sua, ou entre minha casa e a escola (que são os únicos lugares que ainda teimo em visitar depois desse mal estar me aparecer). Eu gostaria de ser uma namorada melhor e que pudesse lhe dar flores que não fossem as rosas do meu jardim - já que ontem descobri que rosas não lhe agradam. Eu queria estar sempre presente e até me embrulhar como um presente, sem defeito de fabricação e com garantia, com data de emissão e com o vencimento nulo só pra nunca sair dos teus braços e abraços, beijos e cheiros, da tua respiração que tem o quente úmido que eu nunca encontrei em lugar algum mas que encontro em você sem reclamar, custo a admitir, mas daria tudo agora só pra deitar no teu colo e sentir teu coração palpitar, só que eu tô mal o suficiente pra não arriscar bater na porta da sua casa, e tô pior ainda por saber que se eu batesse não seria pra deitar no teu colo tão já, seria pra olhar rostos desconhecidos e desejar encontrar o seu horas mais tarde. Eu espero algo das pessoas, sei que não deveria esperar, espero de você que largue mão da atenção que infelizmente agora eu não posso te dar, espero que pegue o busão lá na avenida e apareça na porta da minha casa só pra me ajudar a dormir depois de tanta dificuldade pra sonhar nos dias anteriores, é difícil fechar os olhos porque quando eu os fecho sinto que a alma quer sair do corpo e partir pra outro plano melhor, pior ou maior. Tanto faz. Eu tô mal e não nego, eu queria dar carinho, atenção e amor pra princesa que eu conheci e tenho hoje como namorada, mas eu preciso que ela me ajude a levantar e reerguer, preciso que ela respire do meu lado e compartilhe do mesmo ar, que me dê coragem de sair à rua seja meio-dia ou meia-noite, eu preciso dela aqui, dentro dessas quatro paredes, e de quantas mais existirem nessa casa, eu não queria escrever na solidão mas ela está longe, deixa rolar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário