quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Stay, be the 01

O amor... Ah, o amor...
Aquele que você vê na televisão, que é lindo, perfeito, intrigante e conquistador...
Ah, ele é tão lindo, não? Mas ele não existe, não dessa forma.

O amor não é estar em um filme, é além disso...
Ele dói com uma simples brincadeira mal entendida e um sorriso amarelado. Ele dói no peito quando o outro não compartilha contigo, mesmo que seja 0,1% não compartilhado e todos os outros 99,9% daquele dia tenham pertencido a você... Ah, você vai se sentir largado, julgado, irritado e mal amado. Mas tudo bem, é que o amor é assim mesmo, te faz exigir do próximo o que você nem mesmo é capaz de dar, só porque gosta de receber aquele carinho com os lábios do outro roçando na sua nuca, porque gosta das mãos percorrendo sua cintura e das pernas entrelaçadas, tá tudo bem, é normal, viu leitor? O amor te faz ser mesquinho, irritante, briguento e só enxergar o seu lado do relacionamento, te faz esquecer os focos do próximo e sem nem mesmo perguntar a ele, fazer planos futuros, passados, presentes, e vai saber lá mais o que.
O amor nem sempre dói, existem dias bons onde as piadas são bem entendidas e os sorrisos magnetizam a química do casal, onde nem uma brincadeira será levada a mal e onde os tragos e cigarros serão, acima de tudo, apenas parte do cenário. É assim, é isso, é aquilo. É tudo, é nada. É o amor. Azul e amarelo, por que não vermelho também? Tento não pensar no amor vermelho pois me lembra sangue, apesar de que azul me lembra água, que me lembra lágrimas e remetem-se a brigas.
Esse é o problema, o amor te faz pensar só no que aconteceu de ruim, pois é mais fácil lembrar do quanto fez chorar do que do quanto fez sorrir ou desejar, eu me lembro bem...
Eu vou pensar em algo bom, eu vou lembrar de nós na sua cama, eu vou voltar no tempo e te beijar no terminal urbano sem me preocupar com o futuro pois sei que já é meu, viu? Voltei pro passado e já tô falando diretamente com a inspiração, esqueci do querido leitor, me desculpe leitor, não consigo controlar as palavras e o desabafo. Essas palavras todas estão saindo sem querer, e eu só queria a certeza de que amanhã nada será mal compreendido, e o foco se tornará um só.
Pena que eu tô fazendo planos sem avisar, porque a pequena inspiração desse texto talvez não goste de saber o quanto ando decidindo ultimamente, não é culpa dela, é culpa do amor e da capacidade que ele tem de fazer os casais discordarem em tudo, pra tudo, e com tudo.

A química renasce do beijo,
Mas eu sou capaz de estragá-lo em um piscar
Me perdoe a incapacidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário