sábado, 25 de dezembro de 2010

What is love?




Já faz um tempo que eu não escrevo sobre amor, talvez porque não o sinto. Mas dessa vez eu preciso desabafar e eu não vou procurar palavras corretas e espero que você compreenda isso e não pense que estou te chamando de algo que você não é, apenas respire fundo e conte até três, tente se ver no meu lugar. Como eu já falei em um post anterior "Aprove o que desaprova, e verá de outra forma o que nunca pensou aceitar" e então aceite que nós temos mudanças visíveis além do possível e que nos incomodam grande parte do dia, ou ao menos a mim.
Quando eu era pequena eu tinha uma mente fértil, eu poderia criar quantos mundos fossem necessários e quantas histórias de amor eu desejasse ou me pedissem para criar, eu era uma delinquente, se é que se pode dizer assim, eu nunca prestei e todo mundo sabe disso. Eu lembro que tive meu primeiro amor ainda com meus 11 ou 12 anos, lembro também que nenhuma data de namoro que eu tive bate com as épocas que vivi. Namorei um garoto chamado Anderson na oitava série, mas foi no início e no meio, porque logo que entrei de férias passei a gostar de você. Eu não sei até que ponto vou chegar nessa explicação. Lembro que namorei a Nathália também, e eu tenho praticamente certeza que eu estava na oitava série, ou não, poderia estar no primeiro ano, eu nem sequer lembro qual era a série que eu estava quando namorei a Juba. Ou o Bruno. Eu sei que foram muitos relacionamentos em épocas parecidas, também teve a Carol... E eu sofri praticamente dois anos pelo meu primeiro amor, calma aí, por que é que as datas não se batem se isso é a única certeza que eu tenho? "Isso" no caso seria ter a certeza de que não fiquei com ninguém enquanto estava com o outro alguém, e também de lembrar em flash que fiquei uns belos meses solteira entre cada relação, ao menos com os meninos, ainda tem o Lucas! A questão é que pra esquecer a minha primeira, eu precisei de vários amores até parar em você.
E já fazem três anos que eu parei, mas eu não vou dizer que não beijei ninguém além de você nesses três anos, quantas vezes terminamos e voltamos? Eu e minha maturidade infantil me permiti beijar outras pessoas, mas eu nunca senti prazer nisso. E todas as vezes que você sentiu ciúmes de alguém, você sentia de alguém errado. Não, eu não fiz nada além do que você já sabe que eu fiz. Mas sim, pensei coisas que não deveriam nem sequer ter passado pela minha cabeça.
Muitas vezes eu me permiti olhar além de mim, já quis gritar e dizer pra você abandonar tudo e dar valor pra quem está aí perto de você, dando encima na cara de pau. Muitas vezes eu parei pra respirar e falei "Por que fazer isso com ela?" e outras muitas eu me magoei.
Nós deixamos uma barreira crescer e nos afastar, cada dia um tijolo era posto sobre a terra, ainda se fosse uma parede seria mais fácil derrubar, mas nossa barreira é plana e distante, eu não te sinto em mim como costumava sentir.
O que mais me agradava em você era seu sorriso, na verdade, ainda é. Nunca esqueço daquela fila e daquele sorriso que você deu no meio da garoa, eu te amei com todas as minhas forças naquele instante, mais do que já havia amado antes.
Sabe quando você sente seu coração palpitar mais forte? Espero que eu já tenha tido esse efeito com você, você teve comigo. Todas as noites antes de adormecer eu me esforço pra lembrar do seu rosto porque não quero que ele se apague de mim, me esforço pra imaginar nosso futuro mesmo sendo difícil depois de tudo que aconteceu.
Mas hoje eu não venho falar de amor verdadeiro e sim de tristeza, pois se conseguimos nos amar por três anos, ao menos um ano desses três foi de tristezas e infelicidade. Eu nunca quis te magoar. Você não se veste mais como antes, eu também não. Eu não acho a minha pequena nas fotos que vejo de você hoje em dia, eu apenas me esforço, mas parece que algo se apagou e outra garota está aí no seu lugar.
Eu espero que você não se deixe levar por tudo que está acontecendo ao seu redor, as vezes as pessoas maravilhosas se deixam levar pelo dinheiro e ganância, não quero isso pra você, aliás, espero que se um dia você se afundar em algo, que me leve junto pois meu coração tu já roubaste faz muito tempo.

E sim, esse texto foi pra Gabriela.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um feliz natal sem fé



Eu vou dizer (como sempre faço nos natais) o que o natal é na minha visão e espero que ninguém se incomode com a minha parte, ou talvez que eu incomode o suficiente para as pessoas mudarem seus pensamentos diante a outras.
Vocês (generalizando) fazem a ceia de natal, a família inteira se mata de tanto comer na mesa enorme que tem na casa da avó, ou passam em casa comendo peru, da mesma forma, a maioria das pessoas costumam comer peru, chester, tanto faz... Aí eu venho com um pensamento um tanto quanto bobo: Se é o dia do nascimento de Cristo por que matar um animal pra comer?! Deveria ser um dia vegetariano.
Quando eu era pequena imaginava que bons natais não existissem, pois nunca os tive, mas a esperança de um bom natal com a família em casa, primos correndo pra lá e pra cá, presentes, essa sempre existiu em mim. Hoje em dia eu não a tenho mais. Minha única certeza é de que quando eu crescer e tiver meus dois filhos (adotados), eu vou dar a eles algo mais, eu vou fazer o impossível pro espírito natalino existir neles, mesmo que não exista em mim, pois é algo que eu quero que eles passem aos seus filhos, e assim seguidamente...
Nós, meros seres humanos, não temos esperança de nada. O natal é um dia comum, sua diferença atualmente é que serve pros gulosos comerem mais, pros alcoolatras abusarem um pouco mais na dose, pros enrustidos se revelarem, ah, o natal no século 21 é triste.
Existem boas famílias por aí, a parte rica da sociedade. Eu queria saber o que as pessoas pensam quando estão comendo com a família inteira, tenho certeza que muitas gostariam de voltar para casa, que muitas falam mal de outras, mas será que elas nunca pensam no quanto são gratas por terem uma família reunida? Pois eu não tenho, e imagino que ainda assim, eu sou uma pessoa consideravelmente feliz pois não nasci em uma família pobre da África e com AIDS. Esse é o ponto. Nós apenas olhamos para nós mesmos e até onde vai a ganância?
Minha pior lembrança de natal se passou quando eu tinha oito anos, ou nove, enfim. A parte rica da minha família se juntou, coisa rara, eu estava ali me sentindo deslocada quando chegou a hora dos presentes, todos ganharam coisas lindas! Eu não ganhei exatamente nada. É estranho estar com 17 anos hoje e lembrar claramente da cena, existem coisas que marcam a vida de uma criança até sua juventude e possivelmente até se tornar adulto.
Então, nesse natal quando todos se sentarem a mesa, não fale mal dos seus parentes pois muitos gostariam de estar no seu lugar e ter uma boa ceia, aproveite, sorria, você pode fazer o ódio familiar se tornar um amor verdadeiro, brinque com aquele primo de sete anos que você nunca viu na vida e é antipático, o tempo trás a afinidade, deseje de coração feliz natal aos outros, e se não for pedir muito, seja vegetariano no dia de hoje, pense que é o dia do nascimento, não da morte. Faça isto pelos que não o podem fazer.