terça-feira, 15 de maio de 2012

"Vontade de sentir de novo aquele beijo, que detalhadamente você o canta como se nada houvesse realmente acontecido." 
Pois é, é de arrepiar. 
E eu não quero saber sobre isto, eu li. Eu existia naquele período de tempo, assim como em outros no qual não fui capaz de entender que a lua que você falava não era minha... 

domingo, 13 de maio de 2012

13

Será que sou má?
Sinto como se tivesse maldade no coração.
Sinto pois tudo o que vem a mim se torna ruim ao passar dos dias...
Sinto pois todo o amor que eu quero expressar se prende entre o corpo e a alma e nunca é capaz de se tornar um gesto bom e amável.
Minhas palavras costumam ser frias e diretas, as vezes eu gostaria de acreditar em algum deus, de jogar minhas  dúvidas pro alto e simplesmente acreditar em uma fé maior, quem sabe isso não pudesse me tornar cega a ponto de amar o próximo sem perceber o quão ruim ele é?
Eu vejo pessoas da paz por aí, pessoas onde outras pessoas simplesmente estão por perto, sorrindo e curtindo um som, pessoas que as vezes nem sempre são falantes, que os outros gostam mais da presença do que do papo em si, pessoas que transmitem a tal da paz que eu procuro. E eu nem sequer consigo estar por perto de uma pessoa assim, sem parecer forçada.
Mas é aquela história,
quando estamos mal, descobrimos quem realmente está com a gente.
Eu por minha vez descobri, mas queria ficar bem, queria estar rodeada de uma vida que não me pertence mais. Eu sinto saudades do conselho de pessoas que eu jamais poderei conversar novamente por ter partido o coração delas, pela amizade não ser mais a mesma, ou simplesmente, por não ter outra chance.
Eu gostaria de um mundo pacífico.
Eu não encontro a paz em mim, imagine no mundo.


13

Sem previsão para fechar os olhos, estão cansados, pesados e avermelhados, estão atormentados e infelizes. Me pergunto se são os olhos ou a mente, a mente não para de pensar e é tão pesado, exaustivo. Até mesmo quando ela para de pensar, ela pesa e pensa tanto que dói-me todo o crânio, que estica as pálpebras e faz-me respirar fundo e arrumar a postura na cadeira. Falta uma xícara de café, se quer saber...
Sou errada, durante todo o tempo torno tudo o que é capaz de se tornar a mim abaixo de zero. Não sei por que. Apenas faço. E tento sorrir, e tento conquistar amigos, vidas, momentos e sabe-se lá o que mais possa ser conquistado por alguém. Mas não dá certo, porque quando me aparece a chance de curtir um bom momento, e eu procuro por alguém pra fazer isso comigo, não há ninguém ali.
Se alguém fosse capaz de entender o que eu sinto por dentro, sentiria pena. É frio, é tão frio que quando me sinto ofendida, derrete a água em mim e faz chorar. O coração é uma pedra, um tanto quanto roída pelas decepções, mas ainda assim, grande e inútil nas devidas situações. Eu só queria que ele fosse uma bolha leve e calma... Por que é que tem que ser assim? Uma pedra? Será que dá pra moldar?

SERÁ QUE DÁ PRA MOLDAR A PORRA DO CORAÇÃO?

Sinceramente, gostaria.
Eu procuro novas chances, eu sorrio, eu abraço, eu tenho um mundo pra dividir com todas as pessoas que se oferecem a passar um tempo comigo...
Eu vou pisar na bola as vezes, vou zoar de quem eu não conhecer mas não vou deixar a pessoa ouvir (mas quem não faz isso? Será que é esse o meu problema?)
Caralho, quantas dúvidas.
Eu só queria entender porque é que sempre que eu resolvo mudar o rumo, encontrar pessoas, sorrir um pouco, ninguém tem tempo pra mim. Eu já nem sei mais quem chamar "além daqueles dois amigos" que também não devem ter tempo pra mim.
E aí quem pode dar palpite na situação diz que eu não faço nada pra mudar, mas ninguém me leva a sério quando eu digo que passo mal todo santo dia, que minha gastrite ataca e que eu tenho uma vida baseada em não estar bem. Eu preciso de óculos, de remédios gástricos, de dentista, de atenção. 
De amor.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vazio



O estômago acusou, levantei da cama e caminhei em direção ao banheiro, olhei-me no espelho e molhei as mãos. Saí direto para a geladeira, abri, olhei, fechei, abri novamente, olhei, olhei melhor... Me senti vazia. Lembrei da pequena de shorts largo na cozinha, da blusa hering escura e desbotada, o cabelo bagunçado com a ponta enrolada... É, a ponta, porque não há outras pontas nesse cabelo. 
Vi a geleia de morango, dessa vez é a da turma da mônica, mas não tem a pequena pra dividir. Fechei a geladeira, lembrei das madrugadas que descíamos as escadas cinco horas da manhã pra comer azeitonas ou tomar leite com toddy gelado. 
Droga! 
- Eu não quero comer - Não nesse vazio, não sem a pequena, sem as paredes azulejadas verde ou a mesa cheia de migalhas de pão. 
Na verdade, eu não quero comer de jeito nenhum, porque o vazio já me preencheu o estômago...
Vou ter de esperar a próxima vez.