sábado, 30 de julho de 2011

30.07.2011

"Me levantei com a desculpa de ir no banheiro, teria de passar por cima dela, e ali acabei parando. Trocamos alguns beijos, suas mãos subiram na minha cintura e eu me apoiei sobre o colchão, deixei as pernas ao redor de seu corpo e segurei meu peso o quanto pude. Meu sexo, aos poucos, e forçado por suas mãos se esfregava em seu corpo com força. Me despi, com dificuldade. E levantei o corpo alguns centímetros, ela se privou de um beijo e abaixou o corpo, eu segurei no travesseiro e fiquei de quatro, sua boca se encontrou em meu sexo alguns segundos depois, eu rebolava ao sentir sua língua e gemia alto de tanto tesão, abaixei a cabeça conforme apoiei meus ombros abaixo do travesseiro, e enquanto sentia o quente de sua língua, assistia, e estremecia pedindo por mais."

"Os corpos se esfregando cada vez mais, a dificuldade pra segurar o tesão e eu ali, sentada sobre seu corpo - Me fode - E assim foi. Ela retirou meu shorts junto a calcinha, aos poucos encaixou sua mão abaixo do meu quadril e, em movimentos leves de vai-e-vem, começamos uma transa animal, seu olhar quase sempre baixo, as vezes se encontrava o meu, e o tesão estampado no rosto me fazia rebolar cada vez mais sobre aqueles dedos, cada vez mais rápido e forte, eu queria mais..."

4:20

O asfalto molhado, as luzes amarelas acesas sobre o casarão e uma pessoa caminhando por ali, sabe-se lá pra onde. O estômago doía, os olhos queriam fechar, mas um sorriso discreto fugiu-me no rosto ao lembrar daquela pequena que passou a noite comigo, numa mesa de bar. O pensamento foi além...

Lembrei do corpo, tão lindo, tão meu, deitado no sofá, com as pernas sobre as da melhor amiga e brincando vez ou outra com o cachorro. Lembrei da regata preta, do sutiã branco com as alças aparecendo contra a vontade, mas tão discreto. Ah, do óculos e do cabelo já bagunçado, e de antes disso, do casaco que esquentou minhas mãos durante um abraço, e era quatro e vinte, nem visitei Jah pra ter certeza do amor.

É aquele bendito problema... O coração está se entregando aos poucos, mas ele sempre acha que já se entregou o suficiente, e chega a outra semana, e ele percebe o quão bobinho ele era por acreditar no amor de antes, que praticamente não existia, mas agora, existe, mas é menor do que o de amanhã, e assim por diante.

Felicidade e superação. Quero isso. Superar as tristezas do passado, ser feliz. Compreender, segurar a onda, maneirar as palavras e cuidar. E enfim, crescer junto com o amor. E aí, Jah? Você vai me ajudar?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Little Song Bird



Eu lembro do dia que eu ouvi sua voz pela primeira vez. Era começo de noite quando, pelo telefone, me disseram: Meu pai comprou um cd novo pra mim! Uma cantora muito daora. Vou colocar pra você ouvir...
E aí começou a tocar I'm With You. E desde então, eu nunca tive outra cantora preferida, e já se passaram anos, e eu de criança, estou virando adulta.
Eu estava na quarta-série, foi no ano de 2002. E meu quarto era inteiro pra você, todos os posteres que eu via, em qualquer lugar, eu os comprava. E todas as vezes que eu te via na televisão, eu colocava no último volume e te admirava como ninguém poderia. Foi você que me ouviu todas as vezes que eu sofri de amor, e que eu gritei de felicidade, e quando eu me revoltei "Just freak out and let it go". Era sua voz que me acalmava, a tua atitude que me tornava a "Skata" que todos conheceram por um bom tempo, eu era uma cópia ridícula de você, mas eu existia. Eu era uma mini-Avril. E minha mãe se orgulhava em dizer: Olha minha filha, igualzinha a Avril Lavigne! Pois é, eu me sentia tão bem.
O seu show no Brasil aconteceu, mas eu ainda tinha 12 anos, e ninguém pra me acompanhar. Então, lembro bem, de ter ouvido seu show pelo site da metropolitana fm, eu e minha amiga, encostadas na janela da sala, olhando a movimentação da rua... Começou a tocar Sk8er boi, eu não conseguia pensar em nada além de chorar.

Já se passaram seis anos desde esse show, o que teria sido, sem dúvidas, o melhor pra mim. Under My Skin me definiu por muito tempo, e ainda define. Agora você tem outros dois cds, não é a mesma que eu conheci, mas eu também não sou a mesma que te admirou. Apenas continuo aqui. Com aquele amor que nasceu numa noite de 2002...
Eu tô com medo de não conseguir ver você de perto, de não conseguir nem mesmo entrar. Dói o coração saber que você existe tão perto e tão longe. E as lágrimas que estão escorrendo pelo meu rosto agora, são amor, eu amo você por ter me escutado mesmo sem saber que existo. Obrigada, Lavigne.

Ah, por favor, que seja real.

terça-feira, 26 de julho de 2011

- Posso te contar uma coisa?

- Pode.

Não sabia por onde começar.

"Eu sempre fui de relações virtuais entrelaçada com relações reais, a diferença é que eu amava quem não podia ter, e matava meu tesão com quem estava por perto, e usava, e prometia, e amava sem medo nenhum de magoar alguém, isso, depois de eu ter meu coração quebrado pelo meu primeiro amor... e agora, eu desaprendi tudo, tô vivendo algo real, sem nada virtual, e eu não sei nem mesmo segurar na mão dela sem pensar que vou me machucar ou machucar ela, eu pensava que os outros eram vulneráveis a mim, e descobri que tô vulnerável a alguém que, honestamente, ainda ama a ex namorada. Eu tô quase igual você... mas você pode viver algo a dois, transformar em um só, se não for boba como eu."

Hoje o céu estava azul por completo, e em apenas um canto havia nuvens brancas, por trás delas existia um raio de sol alaranjado, e elas formavam algum desenho qualquer... mas perfeito. Comentei o quão bonito estava o céu, e me responderam "É mesmo..." sem nem ao menos se darem ao trabalho de levantar a cabeça e doer os olhos.
Encontrei, mesmo sozinha, o amor. Foram instantes caminhando acompanhada e devagar pelas calçadas do bairro que cresci, e aproveitando o vento no rosto, e pensando na imensidão que o céu atravessa fora do meu olhar, e pensando também, no quão grandes somos por dentro, e nas histórias que cada um carrega em si. Somos únicos. E mesmo assim, somos vítimas, pensamos sentir amor, mas é paixão.
Eu acredito no amor: Quando vejo o céu, quando o sol bate na grama, quando a criança balança, quando o vento sopra na árvore e derruba as folhas, quando o pássaro voa sobre o rio e principalmente, quando meu cachorro me espera na porta aos latidos e com o rabo balançando de felicidade! Ah, esse amor é único.
Agora, só tenho a dizer, tudo o que sinto e hei de sentir por um único ser, tudo que compartilhar, toda a história que eu viver, será real, mas considerarei paixão. Contradizendo, será amor enquanto durar. Mas a certeza da minha vida é esperar que meu amado vá antes para algum lugar do céu, só pra eu chorar em seu lugar por sentir saudades, espero então, que quando eu estiver no auge da meia-idade, eu me lembre de alguém que conheci e a olhe da mesma forma, mesmo que o corpo esteja repleto de rugas. Aí sim, eu saberei que senti o amor, virtude dos fortes, contemplar o sentimento por décadas, sentir mesmo se eu não ver meu amor por anos. Ah, como eu quero ter orgulho de amar!

É aquele lance....

A gente acha que tá tudo muito ruim, mas quando tá ruim de verdade, o silêncio permanece e as palavras somem.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

XXVI

Meu erro é adiantar o relógio pro dia seguinte, e o mês pro próximo ano. Eu quero tudo o que puder ter, eu sei que posso ter se eu fizer do tempo um grande amigo meu, mas a pressa não me deixa parar e admirar o sol que enaltece o brilho da grama e faz você caminhar por trás de mim, e me abraçar.
Já tenho tudo o que preciso, mesmo que teu coração não seja por completo meu. De que adianta possuir um coração? Melhor mesmo é não possuir nada, pois tudo vai, e sempre há um algo que fica, seja na memória ou na presença. Você está na minha estória. E faz parte das páginas dos dias anteriores a esse, desse, e espero que dos futuros também. Eu não sei o que dizer quando me perguntam se estou namorando, me incomodo, em partes. Não quero dizer "Tô ficando com aquela menina..." porque o sentimento vai além do ficar, você sabe disso, eu sei disso. Eu me encontro em você todas as vezes que no silêncio do quarto, a luz acesa e o olhar falam mais que qualquer palavra existente. Deixa eu voltar, deixa eu focar. Eu me alegro ao ouvir um "Eu gosto de você", considero algo bom. Eu não preciso ouvir sobre amor todos os momentos e nem falar sobre ele. E se por um acaso, antes de você dormir, eu não disser o quanto amo você, não pense que é por falta de sentimento, é que é algo tão puro, que não preciso dizer todos os momentos, então, me olhe e sinta o que podemos viver. Me ajuda a construir uma estória de amor? Aceito tudo com você. Mas não precisa se comprometer, pois o principal eu já tenho, sua presença. E agora o tempo me explica que pressa e pressão caminham lado a lado, e que um acento e uma vogal podem dizer além do que lemos. Eu tinha pressa em ter você, eu fazia pressão pra você aceitar.

Mas eu nunca precisei de nada além de um beijo teu, e olha só, ganhei até mais do que merecia.

O dom do Amor

Particularmente, penso que é normal de um adolescente querer morrer, achar que sua vida é a pior do mundo, chamar atenção, errar diversas vezes e não aprender, reclamar da família, do feriado, da viagem, do latido do cachorro do vizinho, de acordar cedo, de estudar, e por fim, de amar. Resolvi não me comparar, não dessa vez. Eu diria que já pensei em morte diversas vezes, que já doeu demais. Diria também que me peguei com pensamentos um tanto quanto frios ao caminhar pela rua ou ao olhar da janela do terceiro andar. Desde pequena, quando vejo aquelas lanças de proteger portão, tenho vontade de enfiar os olhos de alguém ali, ou até mesmo os meus, só pra saber o que é dor. Dor de verdade. Agora a história começa a partir da minha infância, quando eu estava no ensino fundamental, sentava em um canto ali próximo da diretoria da escola onde eu estudava, para escrever poemas. Eram tristes. Eu os considerava góticos e tudo o mais. Hoje eu leio e percebo a falta de experiência, mas que doía, e doía tanto! Eram palavras sinceras, apesar da escrita e do desabafo mal feito. Pensei por todo o tempo que vivi, até os dias atuais, quando é que essa tristeza iria passar. Ela passou. De outra forma, obviamente, senão eu não pensaria nisso ainda. Mas o presente daquela época me fez mudar e viver um pouco mais, bastou a distância de tudo o que me fez crescer pra eu ver o quanto aprendi. As vezes sinto que deveria fazer o mesmo com o que vivo nos dias de hoje. Mas ainda falta um semestre inteiro pra eu acabar o ensino médio e assim, me livrar de alguns fantasmas. A questão é: Todos os dias eu penso que estou doente, me encontro em pensamentos bons e ruins, e me perguntando se sou uma pessoa verdadeira ou falsa, se vivo de aparências ou de ações, de vida ou para a vida. Eu sei que enlouqueci quando me encontro de frente ao espelho, acabando em lágrimas e gritos silenciosos, esfregando as mãos na pele molhada e pedindo pra tudo isso acabar. E de repente, eu tô na rua com meus amigos, sorrindo, vivendo. E não me considero bipolar, me considero alguém que tenta, mesmo pensando que tudo é em vão. Afinal, nada é em vão, certo? Ir à um lugar onde eu não quero ir, não é em vão, algo bom pode acontecer (Mesmo que meu pensamento seja ruim, mesmo que não aconteça).
Acabei por resumir demais o que mentalmente eu sinto, nem soube explicar. O problema é que são 365 dias em cada ano, e já se passaram dezessete anos, é o suficiente pra alguém enlouquecer ou amadurecer, não acham? Espero que tudo se estabilize o quanto antes, pois não aguento mais o orgulho tomando conta de mim toda vez que minha mãe perde o juízo (o mesmo que eu perco sozinha na frente do espelho), sei que ela não aguenta dar os passos suficientes para chegar até o banheiro e descontar ali sua ira e desgosto, e é assim com todos que passam ao nosso redor, sei que é, não preciso conhece-los ou conviver sob o mesmo teto pra entender que todos possuem suas dores e tristezas. Alguns se dão bem na arte de esconder. Outros não precisam esconder, pois são tão puros que conseguem ver a beleza sem lembrar do rancor. Tem gente que nasceu pra sofrer. Tem gente que nasceu pra amar sozinho. E principalmente, tem gente que nasceu pra curar. Espero que eu tenha nascido pra curar porque é assim que pretendo encontrar meu caminho, e dar caminho à alguém, e ser feliz, ter o dom do amor.

Balanço.



A cada dia perdemos algo. A cada ano perdemos alguém. O problema é: devemos ficar mal? Devemos chorar? Você acorda e se olha no espelho: você consegue enxergar? Um dia inteiro ficou pra trás. Mas sempre parece que as coisas boas viraram passado e a dor está sempre com você. Parece que a dor acorda junto, dorme junto, caminha ao nosso lado. Como nos livras? Se as perdas acontecem sempre, vale a pena chorar pela saudade? Porque não sorrir pela lembrança? Porque quando algo nos machuca ficamos mal por dias e quando uma piada te faz sorrir dura apenas dez minutos? Vamos criar uma situação:

Você tem aula no sábado de manhã e sexta feira foi dormir tarde. Perde o horário no sábado e pega todos os transportes públicos possíveis, um mais cheio do que o outro. Toma chuva e vento gelado no rosto. Chega na escola a tempo de assistir apenas 1 hora de aula. Depois vai pra outra sala estudar mais, tentando recuperar o que perdeu. Sai da escola pra encontrar alguém, mas sua vontade era de ir pra casa dormir e se esquentar debaixo de um cobertor. Tá frio, você está com sono e com fome, e vocês não tem nem pra onde ir. Estão na calçada sem rumo algum..

Pronto, situação criada. Porque você não sorri e não vê o lado bom? Talvez porque seja dia dos namorados e você sinta falta de alguém? Todo mundo sente falta de alguém, deixa isso pra mais tarde. Você não sorri porque queria estar em casa? Fazendo o que em casa? O que faz todos os dias? É quando você decide olhar para o outro lado da rua (que você sempre passa mas nunca olhou). É pra lá que vamos, vamos pro parque. 'Anh? Parque? Que coisa mais brega, que coisa de velho'. Coisa de velho? Olha que árvore linda, olha que paz, olha aquele balanço! 'Você não vai balançar né?' ..Porque não? Vou balançar o mais alto, vou sentir o vendo gelado no meu nariz, vou fazer meu cabelo bagunçar pra frente e pra trás, vou voar, vou fechar os olhos sem medo de cair, vou sorrir e lembrar da minha infância, vou sujar o tênis de areia na hora de parar, vou fazer uma cena de filme! Você não vem porque? Seu medo te impede de viver, é isso? Saiba que só parei de balançar porque a lei só permite que as crianças se divirtam. Eu ficaria um pouco mais se as regras não fossem tão insensíveis.. Vamos andar. Vamos andar no caminho vazio. O que? Medo de novo? Ouça! Escute os pássaros. Eles dizem que não tem perigo, eles pedem que você se acalme. Uma senhora com sua cachorrinha nos para apenas para compartilhar sua felicidade.. tem coisa mais linda? Prossigamos. Você tem medo de altura mas parou nesse lugar alto pra observar a rua, os carros, a cidade. Isso me fez feliz, seu gosto por essa vista te fez esquecer seu medo. Eu já te disse que também tenho medo de altura? E já disse que sempre quis pular de para-quedas? É, é isso mesmo que você ouviu, prossigamos. Sentemos aqui e observemos o que há ao nosso redor. Essas árvores são lindas (assim como os cachorros, os casais e a flor murcha caída ao chão). Só eu reparei no vermelho daquela flor? Vermelho sangue, vermelho forte, vermelho vivo, vermelho sujo, vermelho perfeito. Flor perfeita e suja.

Você aprende que sorrir de verdade não é difícil.
Imagina se estivéssemos em casa dormindo, sonhando com um balanço...

(Estela Seccatto)

sábado, 23 de julho de 2011

Razão de eu Acordar Domingo



Uma matéria qualquer na televisão, nós ali, sentadas no puff quadrado que fica ao lado do sofá, beijos e mais beijos, mãos bobas e um desejo no olhar. Ela brincou sobre uma posição e eu argumentei a favor, logo me encontrei em seu colo e com minhas mãos sobre seus seios...
- Vamos subir? - Foi o suficiente, depois de alguma discordância.
Subimos as escadas rindo e sabendo que iríamos transar. O quarto estava escuro, entramos e fechamos a porta, só uma fresta de luz pela janela e seu corpo estava em minhas mãos, nossas línguas se chocaram algumas vezes até que ela tirasse minha blusa, e eu a dela, que já estava sem sutiã. Um riso solto, e a dificuldade de soltar o feche de meu sutiã - Deixa que eu faço isso por ti - Após alguns minutos ela me derrubou na cama, segurei em suas pernas, passei minha língua sobre seus seios, reclamei da calça que ainda estava em meu joelho, deitamos. A situação era um pouco constrangedora, nunca entrei em um lugar sabendo que transaria, mesmo depois de tantas transas que já tivemos... Aos poucos, criei um rumo e deixei acontecer, sua perna esquerda prensada na minha cintura e minha mão escorregando até seu sexo, mas como sempre, ela começou. E me fodeu como nunca antes. E escorregou sua língua até meu sexo e me levou onde eu não havia chego durante toda a noite. Me deixou escorrer em seus lábios e voltou pros meus braços. E eu fiz o mesmo, mesmo sem forças até pra respirar, eu queria vê-la gozar em mim, gozar pra mim. Descansamos pouco, e brincadeira vai, brincadeira vem, gozei três vezes seguidas, sem intervalos. Mas isso talvez não seja o importante de saber, o que me fez brilhar nos olhos mesmo, foi quando ela disse, ainda achando irônico o que iria falar, que não fazíamos sexo ou fodíamos, era amor.

23.07.2011

No meio da noite um desentendimento que eu nem entendi a razão, só sei que reclamei de algo, que não me lembro o que era. Por fim, mágoa pra um canto e eu encostada olhando pra parede, totalmente de costas à ela e descoberta, vai ver a briga era por causa da coberta mesmo...
Uns minutos depois ela se virou e deitou a cabeça no meu colo, pensei em dizer algo ruim, meu orgulho estava ferido mas ao ver aqueles traços tão lindos, tão meus, morrendo de sono e se aconchegando em mim, não consegui. Apenas passei meu braço direito ao redor de seu pescoço e dei um leve selar de lábios em seus lábios, e depois, em sua testa. Fiquei ali, por quase uma hora, assistindo Edward Mãos de Tesoura, enquanto ela adormecida estava em meus braços, eu fazendo carinho hora ou outra (pra falar a verdade, o tempo inteiro...) e de repente, meu braço adormeceu e eu, desesperada, mas com cuidado, retirei ele dali, ela havia babado no meu braço inteiro e eu nem liguei... Só me limpei e voltei a abraça-la.
Nada mais confortável do que estar ali.
Nada mais prazeroso do que olhar seus olhos fechados e a calma na feição do rosto...
Ah, como eu te amo pequena, como...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

12.12.07

É tudo mentira o que eles dizem. Eu sei que é. Fiz até seguro de vida pra ter certeza de que passaria o futuro com a garota que conquistou meu coração em meados de 2007, e agora, quase quatro anos depois, descobri que o puro e forte sentimento se guardou em alguma parte de mim, que nem eu sei qual é, e que não pode ser desenterrado. No fundo, quando converso com ela, sei que existe algo que se fosse despertado, iria acabar com toda a marra e decisão do dia 1º de janeiro de 2011. O dia que eu decidi separar o sorriso do choro, e por fim, me libertei. Eu não sinto o amor, não o dela. Mas é difícil pensar nos tantos planos que fizemos desde a infância, vê-los tão distantes de serem reais, eu detesto promessas. Eu quero viver o presente e assim, criar meu futuro. Dessa vez, não venho dizer que o construirei com ela, se acontecer, aconteceu.
Nos últimos meses dei todo o meu amor e atenção pra uma garota que conheci, senti além do que devia, só pela falta de sentir desde o dia da decisão. Passei noites vazia, desejando um amigo pra comer pizza na calçada comigo, desejando um amor pra me ligar de madrugada, desejando, por fim, algo que preenchesse minha vida pois eu a havia perdido pro amor. Amor que, distante estava, e que apenas cinco vezes presente pude ter, em aproximadamente 1092 dias. Eu superei enquanto ainda estávamos juntas, a mãe dela me acostumou e de fato, nunca me aceitou. Apesar dos pesares, eu fui feliz. Triste é saber que hoje o assunto tem um muro, o muro que ela criou enquanto namorávamos, o muro que eu dei acabamento depois do fim, e o muro das lamentações: Aquele que lembra que a trai.
Eu era uma adolescente fraca e drogada, metida a alcoólatra, não admiti a ela metade do meu passado, que por via ainda era presente. E hoje, eu encontro com ela pedindo desculpas na mesma intensidade que eu me encontrei, todas as noites até a decisão. Eu não poderia causar mal à garota que era meu amor, então, resolvi desaparecer ao invés de enviar e-mails e estragar a estadia dela nos EUA. E assim foi, até dias atrás...
Só me pergunto o por quê de eu não sentir que é certo dessa vez, de não vê-la com os olhos apaixonados de sempre, de dedicar as músicas de amor à ela.
O "sentimento" é que eu conheci alguém que eu pensei não existir, e dessa vez, eu sei, pode ser real...

"Ursinho de dormir" espero que seja feliz e que um dia possamos sentar e conversar, e eu te apresentar o meu novo amor. Ela não é sua substituição, é além disso, é a verdade que me cerca atualmente e espero que futuramente. Eu quero que seja como em "Cool" da Gwen Stefani, me sentirei feliz em mante-la por perto e poder ajudar quando o teu novo amor pisar na bola... O meu abraço está aqui, e o carinho sempre será guardado.

17.05.2010

"Esquece, deixa fluir, da mesma forma eu já fiz uma parte de mim também. É o mesmo sorriso, a mesma gíria, o mesmo palavreado e forma de expressão. Aí a gente percebe o quanto o tempo passou... E o quanto nos tornamos iguais."

Deixa estar, esquece o passado, foca no futuro.
Não esqueça que também já amou. Isso basta para recomeçar.
E acima de tudo: Respire fundo. Evite constrangimentos.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A Lonely September

Ei, pequena. Me desculpe por abrir mão. Eu gosto de lutar, correr atrás, conquistar. Mas não estou aguentando tudo o que estou sentindo, desisto pelo meu bem, meu amor. Hoje tu me forçou um beijo, eu ignoraria sempre, se soubesse que dessa forma você estaria tão perto assim de mim. Foi a última vez. Saiba que eu quero te fazer feliz, não direi que quis, porque no fundo, eu quero. Tenho em mente nossa casa branca, no meio do nada, com animais e animais... Meu cavalo! Mas que eu vou deixar você brincar...
O meu carro, que vai ser pra te levar pra passear. O dinheiro que eu vou trabalhar suado pra conseguir, só pra você não se matar aos poucos, eu vou deixar contigo. E, quando tu quiser sair com seus amigos, que vá! Pois confiarei no nosso amor, onde quer que tu esteja.
Eu vou construir uma casa na árvore, só pra fugir pra lá com você quando o stress da cidade aumentar, afinal, teremos uma casa na cidade e a nossa escapatória: O meio do nada, mas totalmente completo de nós.
É uma pena você não acreditar, dizer que a gente não se completa, se quando eu te olho... bom... não me falta nada. Não se sinta culpada, quem sentiu demais foi eu.
Difícil será te ver passar por aí...
Te ver sorrir enquanto leva o copo de cerveja até a boca...
Ah, essa boca... tão minha, tão distante.
Difícil será te tratar como conhecida, mas quem sabe, não é?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cultura (do latim colere, que significa cultivar)

Se vestir de acordo com o ambiente é uma boa, não posso aparecer num baile funk usando uma jaqueta de couro, lotada de spyke e com o logo de alguma banda punk. Isso eu entendo. Só não entendo o por quê de ter que me vestir bem num lugar onde todos vão pra fumar um cachimbinho da paz... Eu não tô discriminando, é cultura. Pois todos temos cultura. Não importa qual for. Um nego da favela, que porta um 38 na cintura e usa nike shox, tem cultura. Uma menina que nasceu cega e sabe tocar piano desde os três anos, tem cultura. Um mendigo, tem cultura. Eu tenho cultura. Você. Nós.
Ainda há muito sobre o que conhecer, não é porque só me viu em três ou quatro ambientes diferentes que eu sou do jeito que tu tem em mente. Eu gosto de luxo, obviamente, mas quem não gosta? Mas ele não me faz. Eu julgo o próximo, pois o próximo também me julga. É o mal humano. Me tranque dentro de uma exposição de ambientes e me veja enlouquecer a cada milimetro que a visão alcançar, eu não vou querer ir embora, por pior que o ambiente seja, eu vou analisar. É da mesma forma com a música. Não julgarei o som, digo, não enquanto for independente. É porque quando entra numa gravadora de grande porte, não muda muito eu ouvir ou não se terão dez mil garotas dando o cu pra conseguir chegar perto do tal artista que cresceu. Aí sim, a qualidade não será o tal problema, e eu vou julgar. Eu julgo você. Julgo por você não gostar de julgamentos e mesmo assim, julgar. É sem querer, você não percebe. O que é cultura pra você? Ouvir música antiga? Tocar algum instrumento musical? Ir em bons lugares? Assistir uma peça de teatro? Um show de rocknroll? Ou a sua realidade perante ao próximo? Se a resposta for a última questão, parabéns. A sua realidade é o que você cultivou com o passar dos anos, é o que formou sua personalidade, é o seu jeito de ver a vida, de viver. E é assim com um garoto de cinco anos de idade que vive na favela e ouve funk, que acha lindo portar metralhadoras e que se diz protetor da comunidade. É cultura. Por fim, cultivo meus aprendizados e tenho muito a ensinar, mesmo que fragmentado! Pois é assim que sou.

domingo, 10 de julho de 2011

10.07.2011

"É difícil ser adorável como um cão
Sentar e esperar pacientemente o dono do coração
Não guardar rancor após a briga ou discussão
E distribuir carinho, verdade e compaixão"

É...
Eu queria ao menos uma vez na vida pensar como um animal doméstico, e amar a dona do meu coração todos os segundos mesmo depois da maior das decepções. Não que eu deixe de amar, magina, isso é contra mim. Mas eu guardo a mágoa e estrago a chance de um dia melhor. Se ela estragou parte do dia, eu deveria salvar, ao menos, o final. Preciso sair dessas teorias e coloca-las em prática...
Nem sempre somos certos ou errados, as vezes, não passa de uma distração.
Eu queria tanto abraçar, beijar, sentir. Por fim, calei-me, xinguei, fiz birra como uma criança de cinco anos. O problema tá aí: Posso estar certa. Mas agi da forma errada. Tal madura que sou, deveria mesmo é perdoar, mas segui a virtude dos fracos, mais uma vez. Estou apaixonada por alguém que se eu não der a cara a tapa, nunca vai acreditar que podemos dar certo, e mesmo assim, teimo em ser uma contradição.

domingo, 3 de julho de 2011

Polar

Sorte minha você escolher o meu céu pra brilhar
Forte e maior que a sorte de te ter pra amar
Lindo que seja o céu, só pra você enfeitar um novo dia.

Procurei um lugar sem poder encontrar
Pra te ter junto a paz
Fiz de você a rotina da voz
O caminho, e também a saída.

Então dança, me encanta
Desfaz dessa roupa e me deixa te tocar.

Sete cores a dentro,
Eu vivo num túnel de felicidade.


Não me perguntem de quem é essa música, a letra não existe no terra ou no google, é de um cantor desconhecido. E me lembra a pequena...

sábado, 2 de julho de 2011

Pedi Pouco do teu Amor



E recebi muito, acostumei.
Mas logo passei a pedir mais, e a perdi.
Amor, meu bom amor…
Te peço cartas, e traz-me tu um sorriso atrasado
Entristeço, com tão pouco, cujo considero muito.

Seu sorriso me encanta
Ainda mais, se for durante o luar
Mas eu quero mais do teu tempo
Só pra te ver sorrindo mais vezes
E, achar em você, uma razão pra viver.

Confesso que hoje me decepcionei
Pedi por um beijo, e demorei horas para tê-lo
Sabe-se lá o por que, tu sorriu, com cara de pau
E eu senti vontade de te apertar
Mesmo estando a ponto de te bater, pequena.

Desejei me entregar enquanto tu estava por ali
Mas me senti uma brincadeira de mal gosto, abandonada
Sou mulher, infelizmente, sou assim.

Sabe-se lá o que faz agora
Ou no que está pensando
E com quem está falando
E como voltará para casa…

Só sei que amo você
E ajo assim, justamente
Por medo de lhe perder.

Demorei muito pra te encontrar, amor
E agora, ajo sem paciência de esperar
Só pra te ter hoje, amanhã e sempre
Me desculpe por não te soltar, sou assim
Insegura, palhaça e infeliz, sou mulher.