sábado, 30 de julho de 2011

4:20

O asfalto molhado, as luzes amarelas acesas sobre o casarão e uma pessoa caminhando por ali, sabe-se lá pra onde. O estômago doía, os olhos queriam fechar, mas um sorriso discreto fugiu-me no rosto ao lembrar daquela pequena que passou a noite comigo, numa mesa de bar. O pensamento foi além...

Lembrei do corpo, tão lindo, tão meu, deitado no sofá, com as pernas sobre as da melhor amiga e brincando vez ou outra com o cachorro. Lembrei da regata preta, do sutiã branco com as alças aparecendo contra a vontade, mas tão discreto. Ah, do óculos e do cabelo já bagunçado, e de antes disso, do casaco que esquentou minhas mãos durante um abraço, e era quatro e vinte, nem visitei Jah pra ter certeza do amor.

É aquele bendito problema... O coração está se entregando aos poucos, mas ele sempre acha que já se entregou o suficiente, e chega a outra semana, e ele percebe o quão bobinho ele era por acreditar no amor de antes, que praticamente não existia, mas agora, existe, mas é menor do que o de amanhã, e assim por diante.

Felicidade e superação. Quero isso. Superar as tristezas do passado, ser feliz. Compreender, segurar a onda, maneirar as palavras e cuidar. E enfim, crescer junto com o amor. E aí, Jah? Você vai me ajudar?

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