quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"Feche os olhos e a beijarei
Amanhã sentirei saudades, lembre-se."

Sempre caiu bem o ego, mas derrubo-lhe por amor.
A cama esvaziou acentuada, porém manteve o amor que nela habitou dias atrás... Adentrou o cheiro e as lembranças do abraço quente feito vinho tinto. Esvaziou-me o ser. Estagnou-me no que chamo de felicidade repentina. Mantém o coração preso nesta sala a desejar que entre - Por favor, entre. - Não sentirei saudades somente amanhã, sinto saudades desde antes de conhecer alma adentro, sinto saudades desde ante a despedida e sinto saudades ao pensar que sentirei saudades ao partir, sinto saudades a todo momento e torno o ecstasy inteiro a escrever. Boa noite, durma bem, meu amor.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Eu queria que você entendesse que tudo o que faz tem impacto em dobro quando se trata de mim. Um "tanto faz" dói, quando se trata dos outros eu sigo a vida e esqueço depois de dois dias, mas quando se trata de você é como se registrasse em uma folha a listagem de mágoas e sofrimentos desde o dia em que lhe conheci. Eu tenho paixão pelas palavras e pelo quão bonitas elas possam parecer diante da leitura, e de repente, eu encontro a pessoa que mais admiro a dizer que eu só falo merda - olha que feio que isso tornou o texto! - Eu sei que temos opiniões distintas, eu sempre tive meu método de lidar com as pessoas: Fazer suas cabeças. E quando as pessoas eram fortes demais e não falhavam no pensamento, eu adquiria o conhecimento a partir da conversa e criava novas teses, e crescia diante do que adquiria. Com você é diferente, a opinião não bate mas também não dispersa, não conversa, não tenta entender o outro ponto de vista, não ensina e nem aprende, continua na mesma e se fecha. O impacto da mágoa se dobra. Hoje eu ouvi algo intrigante, que conversas virtuais não mudariam nada, que elas são desnecessárias... Mas e se nós não pudéssemos nos ver? Pessoalmente a alma se deixa levar pelo amor, a briga diminui e os abraços e beijos aparecem. Já virtualmente nós podemos expor e pensar com o cérebro invés do sentimento, podemos dizer tudo o que nos incomoda e digitar duas ou três vezes o mesmo assunto, mas pensando melhor, para não magoar os outros com nossas palavras. Nós somos donos do que o outro irá ler e podemos pensar antes de dizer, e repensar, e tudo o mais. Podemos evitar a briga e não explodir. Eu sou amante virtual, desconfio.
A escrita está me cansando, não consigo dizer o que sinto sem parecer culta, eu gostaria que fosse como antes e que as palavras saíssem de forma mais realista - Eu preciso respirar... - Me perdoe, sei que precisa.

Rodrigo Vinicius

Eu lembro da primeira vez que eu o vi. Um menino aparentemente nerd e que sentava na segunda ou terceira carteira da fileira da porta e que andava com uma gordinha esquisita, ele também era esquisito, é verdade. Eu não dei muita moral no início das aulas, mas uma das meninas lá do fundo era tarada e começou com as brincadeiras bobas junto à amiga dele, acabei simpatizando e as vezes chamava eles pra sentarem no fundo com a gente, não tinha nada a perder, né? Também não esperava nada, não precisava de novos amigos ou algo parecido. Eu não sei em que parte do ano foi que eu passei a fazer parte de um trio, que antes era dupla, a dupla dele e da garota gordinha esquisita, mas fiz. E desde então, eram eles e eu, e depois nós e mais uma menina, mas eu não vim pra falar delas e sim dele. É que muita coisa aconteceu e mudou na minha vida, eu passei a entender o quanto eu não estava preparada e com pensamentos estruturados, minha vida era eu e meus rolês bobos, andar segurando um leque e me achar rocknroll, vai entender, né?! Vou confessar que essa amizade me fez tanto bem quanto mal, chegou um momento que eu me percebi totalmente dependente de estar com ele em todos os momentos e ficou ridículo o jeito que nós éramos tão parecidos e esnobes diante dos outros. Passávamos tardes aqui em casa assistindo filmes e video clipes, fazíamos vídeos tocando e cantando, dublando e tudo o que os amigos costumam fazer. E eu nunca percebi o quanto ele era especial por estar todas as manhãs na escola, me ajudando em lições, guardando o papel higiênico e comentando sobre os outros no intervalo.
Esse ano eu me encontrei sentindo um pouco de ciúmes, sendo sincera, fizemos novas amizades e de repente o meu melhor amigo estava sentado em outra parte da sala e fazendo a lição com outras garotas que não eram eu. Eu me isolei algumas vezes, evitei pensar nisso mas aí de repente, ele não compartilhou a porra de um pirulito comigo e eu me encontrei pensando: Caralho, é isso mesmo, Evaristo?!.
Tanto faz. Uma verdade eu tenho em mim, julguei demais e distanciei demais também. Pensei que não tinha amigos enquanto ele ainda estava ali por mim. Pensei em mudar, e mudei pra pior no quesito amizade. Depois parei, não fiz nada, só voltei pra estaca zero. Ninguém precisa entender esses trechos, mas eu sei que eu o amo demais, e que ele será a maior lembrança dos anos de 2009, 2010 e 2011.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Paz

O vazio no som calmo da noite me agrada, não preciso de muito pra me sentir completa em momentos assim. Apenas o pensamento voando... A hora de fazer o que eu tenho de fazer é essa, e o que eu tenho de fazer é fluir em pensamentos positivos, deixar a mente inovar ao entender o quão frágil e pequena sou de acordo com esse mundo enorme. É complicado até de pensar que essa paz que toma conta de mim é impossível de ser alcançada por tantos outros, animais e pessoas, sem condições ou obrigados a viver em um mundo onde o que é bonito e verdadeiro se vai e o que resta são os maus-tratos. Pois é, eu disse por aí que não acreditava em Deus, mas na verdade, eu acredito e muito, mas duvido de atitudes e me pergunto por que é que um filho dele pode sofrer tanto, talvez seja para aprender, talvez seja porque ele fez alguém em uma vida passada sofrer, ele talvez mereça e esteja aprendendo... mas e os animais? e os animais tão bons de coração que procuram por um carinho e uma alma amiga que lhe dê comida e um cobertor quentinho? que é que eles fizeram, meu Deus? A paz some quando esses pensamentos tomam conta do momento, eu queria compartilhar a paz anterior com todas essas pessoas e animais incapazes de senti-la, eu gostaria de da-los um abrigo e um leite quente, junto a uma boa conversa e diversos abraços...
É, eu acredito numa força maior pois ela me dá paz. E bom, me perdoe por discordar da forma como os filhos do mundo são tratados, as vezes me esqueço que é tudo culpa do ser humano e da falta de humildade.
A paz está voltando, eu posso mudar o mundo se eu quiser. E você também.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Eu acordo sem vontade de trabalhar, obviamente, mas ao chegar lá eu quero sempre mais e acabo exagerando na dose e trabalhando além do que eu sou capaz de descansar. Eu tô exausta. E eu não tenho tempo de estar por perto das pessoas que me importam, e olha que são poucas...
É difícil saber que em um sábado eu não vou poder sair com a minha namorada porque no domingo acordarei às oito da manhã, porra. É mais difícil ainda saber que ela vai querer ir pra outros lugares e eu não vou poder estar por perto, e aí? E se eu deixar de ser essencial?
Sei lá.
Boa noite lua cheia.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Eu sou contra jogar as ações na cara do outro, mas isso é um desabafo e eu o faria em outro lugar se eu tivesse outro lugar que me entendesse tão bem quanto aqui...
Eu trabalho nove horas por dia e dessas nove horas por dia que eu trabalho, dez horas e meia eu fico em pé (é o tempo no ponto de ônibus, o tempo da caminhada, o tempo do tempo). Enfim. Eu estava cansada de todos dizendo que eu precisava de um emprego, pois eu o arrumei, mas ninguém entende o quanto isso afetou meu físico e psicológico, ou eu esfrio de vez ou eu sinto por demais, dói-me as pernas, os braços, os olhos, e o sono já não existe porque estou cansada e com dores que me impedem de ter uma noite saudável de sono. Eu não tenho vida porque o tempo que passo no trabalho ocupa todo o tempo que eu poderia ter disponível, pois eu tenho de me arrumar, tenho de chegar em casa pra tentar dormir, tenho de comer e sabe-se lá mais o que. Em casa eu sou obrigada a aguentar minha mãe todos os dias reclamando da merda de filha que ela tem (que antes era uma merda porque não arrumava emprego, que hoje é uma merda porque é merda desde que nasceu e sempre será). No emprego, eu sou obrigada a ficar nove horas em pé e sem descanso, exceto para o almoço, e olha que o salário não é tão atrativo mas eu prefiro estar por lá cansada do que em casa ouvindo que sou uma merda. Minha namorada, bom, a gente se ama e se dá bem, mas quando algo dá errado parece o fim do mundo, e aí de repente eu penso que eu amo ela mais do que ela pode me amar, porque eu percebo que faria por ela o que eu peço e vezes ela não faz por mim, me sinto uma colega desnecessária as vezes, assim como tantas outras, me sinto a pessoa mais especial do mundo (só que essas tantas outras, são entre quatro paredes, são quando nossos olhares podem se cruzar sem o assunto e sem o pré-julgamento). Na verdade, o problema é que ela sempre consegue inverter a situação e fazer eu correr atrás dela, mesmo quando meu coração já quebrou e despedaçou que os pedaços já sumiram no ar e tudo mais...

Eu me demito.

Ponto X

De repente eu lembrei que não sou especial, lembrei e relembrei tanto procurando alguma ocasião que eu fosse a essência que logo o choro fraco se tornou um apelo à janela do ônibus, o caminho nunca foi tão demorado, e eu parei pra pensar onde é que alguém faria por mim o que eu faria por quem amo... Onde é que iriam correr por mim se eu desistisse e partisse, onde é? Eu já não sei, eu nem sei se algo especial existe em mim, eu que tanto me gabava de inteligência hoje me sinto desnotada de amor, esperança e sentimentos bons em geral.
Eu queria que alguém desistisse que entrar no carro e partir, queria pensar que esse alguém seria capaz de ir embora e de repente percebê-lo ao meu lado, mas só acontece em filmes. Eu talvez pense demais no que eu faria e por isso julgo demais o que o outro é capaz de fazer, mas é que eu não seria capaz de deixar amor meu sozinho na rua tarde da noite, sabendo que eu estaria bem, estaria segura indo pra casa. Eu me sentiria mal. Mas não tanto pela segurança, e sim pela presença. Eu corro atrás. Meu porto seguro falhou, aliás, meu ponto seguro falhou, eu estava crente que seria capaz de voltar por amor, mas não voltou.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Natal

Existe um som irritante de fundo no ambiente, aliás, existe a voz da minha mãe. Desde pequena eu sempre pensei sobre o que é família, talvez por não ter uma família unida. Eu lembro dos natais antes de eu me tornar pré-adolescente, eu costumava passar sentada na cama, de frente pra janela e olhando o céu, era triste e solitário porque meu pai saia de casa pra visitar alguns amigos enquanto minha mãe desligava a televisão e dormia logo após as oito horas. E o ano novo não era muito diferente... Eu lembro até que eu costumava criar uma opinião de que datas comemorativas eram baboseira, desculpa pra festejar o que não precisava, mas eu sei que eu estava com inveja de quem podia até mesmo ouvir o parente falar mal do outro. Eu poderia ter vivido mais, mas me impediram. Então eu olhava pela janela, e via os fogos de artifício em formato de estrelas e outros tantos, vindos lá do fundo da paisagem, ô gente feliz... por que é que eu não posso também?
Logo após meus 14 anos eu acabei por correr atrás de aproveitar, mas era muito infeliz, eu passei desde então todos os natais e anos novos na rua, bebendo e muitas vezes indo além do que devia, aproveitando o momento com estranhos e algumas vezes descobrindo um lado das pessoas que durante o ano a gente não vê. Foi bom, não vou dizer que não, mas eu sempre pensei "o que é comemorar em família?". Porra, me sinto mal ao comemorar, as vezes, com os outros em família, pois vejo o quanto eles são unidos e o quanto eu não faço parte disso.
Pois é.
É a vida, né?
E eu que achava desnecessário a decoração de natal...
E eu que descobri esse ano que é porque eu não aprendi a ser feliz.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Puta que pariu! - É o meu menor e mais sincero desabafo.
Como me faz falta aquele olhar durante grande parte das manhãs... Eu a amo demais, amo tanto que sou capaz de acordar feliz após a pior noite de sono devido a reforma na base do hospital da frente. É, pois é. Eu sou capaz de ficar em pé até as dez horas da noite apenas por lembrar que durante alguns quarenta minutos eu tive o sorriso que tanto amo por perto... Me faz bem.

Eu queria escrever mais...
Mas agora eu tô conversando com ela.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Be The One

Eu queria achar um jeito de descrever o misto de ironia que se passa por mim, querer ser consolada por quem me faz chorar apenas porque me faz sentir e amar. É complicado mesmo. Eu já nem sei por que eu continuo em pé olhando pra parede esperando um pedido de desculpas qualquer por não se sentir bem no lugar onde chamo de lar. Sei que aqui é conturbado, pequena. Sei que aqui não é um paraíso, mas não dizem que os amantes superam qualquer obstáculo e vivem felizes até dentro de um barraco? - É sério isso? - Você acabou de me perguntar, e eu queria dizer que não, que eu não me importo com o fato de você não gostar de estar aqui, mas eu me importo porque tudo o que eu mais queria era assistir um filme com você, deitada no sofá, brincar com o cachorro, tocar um violão desafinado, conversar...
É tudo tão diferente, tudo tão vazio, mesmo com você aqui eu não sinto o prazer do que posso fazer. Por que é que você não esquece um pouco a alergia e lembra que do teu lado tem alguém que espera por um sorriso?
Eu amo você.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Lembrei de uns momentos, engraçado. Parei pra pensar que não posso escrever sobre o meu passado, seja lá qual for, pois no presente não faz sentido, nem relembrar amigos e nem relembrar amores. Mas dezembro é, com certeza, a época da nostalgia e que me lembra de momentos de todos os anos passados, desde cantar bêbada no microfone à passar um fim de tarde sentada na grama conversando com estranhos. Dezembro. Os primeiros quinze dias me matam, penso no que devia e no que não devia, resolvo procurar notícias de pessoas que não tenho noção se ainda estão vivas, me decepciono com algumas, mato a saudades vendo fotos de outras. Ah, e eu lembro bem quando Plain White T's era minha trilha sonora.

Eu vou equalizar você, dezembro.