domingo, 7 de agosto de 2011



Ô meu Deus, cê sabe que eu tenho lá minhas dúvidas sobre a existência do mundo, né? Mas vou falar agora de uma certeza, a certeza do olhar da pequena. É que apareceu sem querer, e conquistou. Eu nem deveria ter ido atrás, mas aconteceu depois. E agora?! Bom, agora eu só sei que é difícil olhar pro lado sem procurar aquele corpo a caminhar, com as pernas compridas e a tatuagem à mostra, na calçada de paralelepipedo com o sol tomando conta só da metade do caminho, aí ela levanta os braços e dá as costas, se espreguiça, vira e sorri. Ah, ô meu Deus, por que cê foi me dar um amor tão bom desses? Não sei se mereço tanto, vou dizer. Mas eu prometo cuidar bem desse presente que você me deu...
Prometo, sim. Eu que detesto promessas, prometo.

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