terça-feira, 31 de maio de 2011

Desce as Escadas



Desce a escada do metrô e passa as mãos apressadamente pelo cabelo, as calças quase caindo e a bolsa jogada ao lado do corpo, solta um sorriso entreaberto e disfarça, responde a pergunta feita antes como quem não se importa, mas confirma não haver outra pessoa. A noite cai como uma criança da bicicleta com freio quebrado, sentamo-nos na escada e nos deixamos importar com o redor, por pouco tempo, mas deixamos. Logo, caminhamos para um lugar mais reservado. Mãos, corpos, tudo à flor da pele, sorrisos e felicidade momentânea, eu não poderia reprimir essa saudade. Senta no meu colo, por favor, me deixa te abraçar. Não? Pois bem, então apenas permaneça por aqui a me olhar, será mais que suficiente. Sei que a hora de ir embora chegará em breve, e que levantarei quase sem forças só pra te manter mais uns segundos por perto, sei que irei caminhar devagar mesmo com certeza do quão irei me atrasar, e te atrasar, e nos amar...

Deixa-me Sonhar um Pouquinho



Senta no banco da praça imaginária, faz planos enquanto do outro lado da rua passa, sorri e segura a mão de seu amor, mantém os olhos viciados sobre os do outro alguém, sente o carinho percorrer cada milímetro de seu corpo, sensação feliz infelizmente. Abre os olhos, se encontra parada do outro lado da rua novamente, precisa andar mas não consegue pois está sozinha, tão sozinha quanto aquela árvore próxima ao banco da praça imaginária, que ainda assim possui pássaros ao seu redor.

"Le temps s'est arrêté, les heures sont volages
Les minutes frissonnent et l'ennui fait naufrage
tout paraît inconnu tout croque sous la dent
Et le bruit du chagrin s'éloigne lentement
Et le bruit du passé se tait tout simplement"

O Teu Apego e o Sono

Vinte e quatro horas ao lado teu pareciam eternas durante o proveito mas logo separei-me do teu apego.

Diz, por favor, que precisas de meu ser mais do que o meu precisa do teu, e que nossos corpos se completam e dançam pelo ar.
Diz também, por favor, que estarás aqui ao acordar mesmo que não haja maneira de dormir quando o corpo seder a uma soneca rápida de cinco minutos, só pra descançar, e voltar a ver-te como viciados casando-se no altar.

Preciso de promessas indiferentes, subentendidas, e do teu corpo ao acordar.
Preciso de um cigarro para caso não a ache, preciso gastar tempo com o olhar e a janela, e o sol, e o céu, e com o lençol manchado de tesão. Tantos sonhos, eis que aqui estou a sonhar, até mesmo o cumprimento e o sorriso, doem de forma boa e ruim, doem, apenas doem...

Ah, o corpo necessita do teu e o frio agasalha-me de carência, sinto como numa gravação onde sou vítima do adeus, eis que preciso dos seus lábios, e do gelo, e da menta...
E do nosso amor eterno enquanto durar.

Diz, por favor, que precisas de meu ser mais do que o meu precisa do teu, e que nossos corpos se completam e dançam pelo ar. Diz também, por favor, que estarás aqui ao acordar mesmo que não haja maneira de dormir quando o corpo seder a uma soneca rápida de cinco minutos, só pra descançar, e voltar a ver-te como viciados casando-se no altar. (2x)

Sunshine Don't Go Away

I miss something about you,
I miss the way you smile like there’s something wild going on
and the way you used to touch when you were curious

I remember the day you come out and smile by the sun
I remember also what I asked to you

“Sunshine,
Please don’t go,
Could you love me more than your soul?
Sunshine, don’t go away
What can I do to make you stay?”

terça-feira, 24 de maio de 2011

É numa casinha branca...




Que eu quero viver contigo.

Eu estava caindo de sono mas não conseguia fechar os olhos, não havia medo, eu só não queria perder a chance de marcar sua face em mim. Antes, pensei e repensei no que fazer, se evitaria e deixaria adormecer, o tempo passou, olhei pro espelho e já era hora de enfrentar a promessa, sabendo que não seria capaz de cumprir. Daí pensei, passei as mãos nos olhos, penteei os cabelos entre os dedos e abri a porta. Mas que distância foi essa? Vem aqui, minha pequena. Vamos assistir o filme abraçadas, daquele jeito da outra semana, vamos prestar atenção e sentir a presença. Vamos? Talvez não, é difícil estar por perto sem querer te tocar, beijar, sentir. E assim aconteceu: Tentamos novamente e o filme já havia sumido da paisagem quando percebemos.
As pessoas costumam cair de amores, estou caindo por um amor, não sei como o farei, mas sei o que eu quero. Quero você. E não quero pouco, quero todos os segundos das vinte e quatro horas existentes num dia. E eu quero mais, quero te fazer sorrir sem dizer nada, pois é tão bom abrir os olhos e ver um sorriso entreaberto seu e saber que me pertence a razão disso, mesmo que momentâneo. É tão bom saber que você existe em um lugar do planeta, e tão perto, e tão distante, e tão vulnerável.
Deita em mim? Eu quero te sentir perto, só por mais uma noite. Ou duas. Ou eternamente. Mora comigo numa casinha branca? Eu quero fazer seu café da manhã e te acordar com leves beijinhos e mordiscadas. Depois disso, eu quero deitar contigo e deixar nossos corpos seguirem o clima, quero cada centímetro teu se completando com os meus, e ver que não há nada que falte, e que tudo o que eu preciso se encontra em apenas uma pessoa: você.
Os dias podem e devem ser ensolarados, mas sem ti é o mesmo que a escuridão de uma madrugada fria, e muitas vezes eu não soube falar de amor sem me tornar alguém arrogante, sabemos bem, mas quando você sorri e entrelaça as pernas entre as minhas, ah...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Soneto de Fidelidade



De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinicius de Moraes

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Get Over It


"As pessoas chamam pessoas seguras de si de arrogantes por se sentirem inferiores"

Nós não sabemos a verdade sobre o próximo, nem mesmo sobre os que convivemos dia após dia, ou dividimos o dormitório. Há muito dentro de mim no qual eu gostaria que as pessoas descobrissem. Gostaria que me vissem de outra forma além de uma jovem quase adulta, com atitudes e falas de uma garota de doze ou treze anos, pois eu não sou assim. Escolhi ser assim. Ah, eu queria tanto aprender a dar um abraço a todos os momentos em que desejo dar, mas não, consigo apenas sorrir e perguntar "Tudo bem?" ou "O que foi?!" quando me olham de perto. É meu escudo quebrar o clima, torna-lo gelado e fingir que a culpa não foi minha.
Não é fácil crescer quando se quer regredir e ser criança novamente. Não sou aberta o suficiente pra exigir que sejam comigo e o que dói é ter certeza disso, e ter de comentar com pessoas aleatórias nas quais converso uma ou duas vezes por mês, só pra não descontar nas pessoas do meu dia-a-dia, nas quais, tornei-as frias também. As pessoas se assustam e julgam ao invés de conhecer: Por favor, não se afaste com o diferente ou arrogante, sinto o coração bater e o ar nos pulmões como todos os seres que caminham pela terra.
Eu sei admirar um pôr-do-sol, eu só não sei como mantê-lo quente em mim. Eu sei apreciar o sorriso de quem está ao meu lado, só não sei como fazer esse quem perceber. Eu sei chorar baixinho e gritar em silêncio trancada no banheiro de casa, e todos vocês sabem fazer isso também, pois somos seres humanos.
O passado já me condenou tanto que, em uma hora como essa, percebo que foi só pra esquecer a dor e superar. Eu sou quem eu imaginei ser há uns anos atrás e não posso voltar atrás. De que me adiantava sentir se não havia com quem compartilhar? Os amigos verdadeiros eu descobri com o tempo, quando me separei, e os amores eu descobri que sempre se vão, mas podem voltar. E a beleza eu descobri que existia em mim, ela me sustenta, o meu ego infla todas as vezes em que paro na frente do espelho, e eu não me julgo por me amar desse jeito, não faço mal a ninguém, apenas admiro a parte do meu ser que é real. Então, eu percebo milhares de pequenas atitudes que me levaram a criar preguiça mental nos dias da semana e desistir de estudar para a profissão que eu tanto queria, percebo que sexualidade nunca foi um problema, nem uma fórmula de escape: Eu existi a partir disso.
Eu não vou julgar o próximo, eu vou admirar cada sorriso no qual eu ver, eu vou sorrir pra um estranho na rua sem esperar que ele sorria de volta, e é assim que eu vivo já faz uns quatro anos...
E dói ser chamada de criança, quando tudo o que eu quero é superar a infância que não existiu.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Demônios do Nosso Cotidiano



Arruma problemas desde pequena, perdeu a virgindade com um cara de vinte e poucos anos qualquer, durante o sono profundo do pai, aos treze anos de idade. Continuou a transar com o cara qualquer até seus trinta anos, mas ele enriqueceu enquanto ela mudou-se para a "comunidade" junto com sua filha de sete ou oito anos. Ela casou-se duas vezes, pariu três garotas e abortou ao menos dez filhos, nos quais, não teria condições para cuidar. As outras duas filhas moram com seu primeiro marido, mas elas não possuem salvação, o gênio ruim da mãe as domina, ô sangue ruim, hein?! A família a abandonou por desgosto, tentaram-na ajudar mas o que receberam foi o fogo espalhado pela casa, vidros quebrados pelo chão e um desfalque de quase cinquenta mil reais, ela fugiu com o marido e a criança, há quem diga que continuam juntos por terem cometido juntos um assassinato: Eles se pertencem. Seu marido, burro de carga, já preso na França e em Amsterdã, voltou para o Brasil e ingressou no barraco deles com muitas promessas de amor eterno e vida nova! E quem diria que um mês depois seriam despejados e ele a obrigaria a trabalhar para sustentar o vício por cocaína? A relação não desgastou nem após o maldito limpar a bunda suja na toalha da criança, criança que já criara o gênio ruim ante o fim da estória, criança que contou da traição da mãe com o vizinho para o pai e a viu apanhar, ainda completou com as palavras: Você mereceu. Seria uma criança ou um demônio dentro de seu corpo? Ou pior, uma criança com mente adulta, mas já?! É... Não vejo fim pra essa estória, agora ela caminha de encontro ao albergue, sozinha, diz ter ajudado toda a família mas esquece de quando o pai, o mesmo que adormecia no início do texto, ficou doente e alimentou-o com água fervida, esqueceu-se dos dias em que a casa alagou e o pai não podia andar, fechou a porta e partiu: Eu vou curtir minha noite! - Ingrata.

domingo, 8 de maio de 2011

"Eu nunca senti tanta vontade...

...de um beijo como naquele dia"

Eu nem deveria estar ali, mas decidi descer e esperar o ônibus num local mais perto da sua casa, só pra passar mais alguns minutos ao seu lado. Ah, que vontade boba é essa de cuidar de ti? Caminhamos até os bancos da estação, sentamos ali, apenas para esperar. Mas eu cruzei as pernas, e você ficou ali, de frente pra mim, enquanto eu permanecia de lado para você. Foi só pra evitar de fazer o que eu tanto queria. Eu temia e aconteceu sem acontecer. Lembro das suas mãos sobre minha cintura, do abraço mal-dado mas que me enlouqueceu. Ah, eu nunca senti tanta vontade de alguém como senti nesse momento, e foi por você.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Infect Me With Your Love



E a voz da cantora entrava em conexão com o resto do cômodo, com os dois corpos, já entupidos de tanto tesão. O banheiro exalava sexo e desejo. A mão suando abriu a ducha, os corpos se prensaram ali por minutos, sendo tomados metade pela água gelada, metade pelo ar quente que derivava de seus corpos, a parede se aquecia e as marcas de vapor permaneciam. Ambos necessitavam ordenar, empurrar, comandar, possuir. As mãos subiam, desciam, passeavam pelo corpo alheio e desconhecido; as unhas arranhavam lentamente e com força, era o desejo de manter marcas após a transa, de relembrar. Horas passaram. Mão sobre mão, pós orgasmo - Você não vai dormir agora... - Deixa eu mudar essa narração. Suas mãos sobre meu corpo me ajudaram a caminhar até o quarto, só pra eu te virar sobre a cama e segurar em suas costas, o desejo de beijar, não só a boca mas todo o corpo, é maior do que o tesão de transar; cada pedaço seu se encaixa em mim.
Então me deixa sonhar essa noite.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Rumo a Terceira Formação, Tá Tudo Bem!



Nesse tempo todo que passou eu pensei na imagem e na repercussão, me importei com o que vocês desejavam e com o que a mídia iria nos pedir para abandonar, eu nem sabia se queria estar ali, mas quando estava sentia que era o correto, incorretamente. Na primeira formação eu me senti no filme importante, na história de Joan Jett e Cherrie Curie, Sandy West e Lita Ford, éramos nós, tenho certeza! Mas sempre há um relacionamento que acaba com tudo, eu disse "Sem relacionamentos na banda!" e ela retrucou "Eu sei lidar com isto, não mudará em nada, caso acabe" e acabou. Desculpas foram suficientes, disseram que a expulsão da guitarrista principal era devido a falta de paciência e atenção, mas procurei por tanto tempo esses quesitos e não os encontrei! Senti-me incompleta pois éramos complementares, éramos unha e carne, mas faltaram as mãos e a voz no ensaio final. Era triste. Então, daí partiu a idéia de um novo projeto, ainda sem nome, decidiríamos, enfim... "Apenas não queremos ela, você é mais chegada, dê a notícia" tudo bem, ela já estava em um projeto paralelo mesmo, não mudaria sua vida. Disseram que gostariam de me levar junto para onde quer que fossem, eu nunca acreditei no meu potencial mas aceitei o convite, descrente eu não sabia em quem acreditar quando disseram por diversas vezes o futuro da banda, mas continuei ali. Um novo guitarrista, ensaios para shows acústicos eram feitos fora do estúdio, por que a baterista que não iria tocar teria de ir se nem dinheiro tinha pra condução? Vai entender. Aconteceu com a guitarrista da primeira banda, e agora, com a baterista da segunda. No ensaio final elogiaram, disseram que mandei bem, então tá, pensei em me dedicar para a próxima semana, não havia feito antes pois ainda faço parte de um sistema capitalista que toma conta de todo o tempo livre que possuo, ou fazia. A desculpa foi "Você deu conta do ensaio, mas temos outro baterista em mente", respirei fundo e desejei boa sorte, do fundo do coração, eu desejei, mas não recebi agradecimento ou desculpas pelo ato, apenas o silêncio desde então... E assim, pude comprovar que amizade vinda do dinheiro, volta para o dinheiro, e amizades antigas que sobreviveram a muitas coisas, também voltam para o dinheiro: Ele é o dono da sociedade. Ainda desejo boa sorte a vocês, pois precisarão.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Essa Dor é Maior por Você



- O seu coração dói?
- Com que?
- Comigo.
- Não. E o seu?
- Dói.

Um de nós há de sentir mais amor, será que sou eu? Não faz o mínimo sentido, mas pode ser. Tudo começou quando eu me permiti sentir o que não deveria e você se entregou - Esquece isso, vamos viver - Devemos viver sem nos privar dos demais, mas quanto mais eu me privo de você mais dentro do meu ser você está - Meu coração dói - É a maior proximidade que posso ter sem aprofundar a sensação, quer que eu te conte a verdade? Eu conto: As vezes acordo de saco cheio de você, acordo assim por ter-te desejado tanto durante a noite e você nem sequer ter aparecido para dormirmos juntos. Aprofundando um pouco mais, a cada palavra má e início de briga o meu coração dói, dói porque a alma aparenta tentar sair do corpo físico, o tesão toma conta do meu ser junto ao ódio e se eu pudesse, ah se eu pudesse... Você estaria em meus braços, eu te espancaria ao mesmo tempo que amaria, pois essa é a fúria que me dá.
Um dia a dor será ruim, já está sendo. Imagine agulhas furando sua pele e pense em mim, este é o tanto que sofro, mas imagine milhares de agulhas, imagine-as sobre minhas palpebras, é o seu efeito sobre mim. Eu tentei me afastar a cada gole de álcool que ingeri, não dizer palavras bonitas ou desabafar em escritos, cá estou eu. Essa é a última vez. Eu prometo. Mas semana que vem eu volto...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Estela



- Adeus.

- Não se vá.

- Agora eu já fui. Sinta saudades e me peça pra voltar...

- Mas como vou te pedir pra voltar se você ja foi?
E como vou sentir saudades se você acabou de ir?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um meio Texto Largado por Aí



A escuridão não existe perto de você, você é o jato de luz que procurei desde a infância durante os jogos de terror e não encontrei, mas hoje está aqui, hoje há de me proteger apenas por estar próxima, pequena. Eu hei de esperar o tempo que for por um boa noite teu, só assim dormirei feliz. Então toma cuidado no caminho pra casa, não arrume brigas, te quero inteira essa noite.

Último Romance - Los Hermanos

Eu encontrei quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
Na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah vai, me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar