terça-feira, 12 de abril de 2011

Se existiu, eternizou




Lembra quando éramos crianças e dizíamos coisas tão fulas quanto nossa idade? Me recordo bem de ter crescido com você, pequena. Não estou a beira de um surto ou de uma saudade, vai além, estou relembrando meu passado sem lacrimejar. Sua aliança está por algum lugar do mundo onde nunca irei pisar. Esquece o presente, deixa eu me teletransportar para o passado e relembrar as noites em claro que passei pensando em você, sentindo o amor. Mensagens, conversas eternas em qualquer rede social, ciúmes bobos que logo se tornaram doença, ninguém poderia se aproximar de mim ou de você, mas estava tudo bem, era doentio, não era amor.
A louça na pia comprovava a falta de interesse pelo mundo, as lições de casa não eram feitas pois o tempo deveria ser gasto com a pequena dona do meu olhar, então chovia, e da varanda de casa eu analisava cada casal que se escondia embaixo do ponto de ônibus, eu desejava que fossemos nós ali. Não foi real. Foi real. Distúrbio de personalidade. Crescemos. Os anos passaram e as personalidades partiram para a futilidade. Onde foi que nós erramos? Será que era o dinheiro ou a distância que nos impedia de caminhar junto a felicidade? Não sei. Superei. Agradeço por ter me ensinado tanto sobre a vida mesmo sem estar presente todos os dias, e peço desculpas por não voltar atrás.

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