sábado, 30 de abril de 2011

A Mesa Vermelha ou Amarela



Tá na hora de partir pra onde tudo deve começar. Vamos lá, retoca essa maquiagem e caminha pro ponto de ônibus. Disfarça e pega o ônibus errado só pra passar perto da casa daquela pequena que mexeu com o coração. Já tá entardecendo, o telefone toca mas não é a pequena, é outra pequena que por sinal está brava - Tá vendo?! Olha o que essa pequena faz com você, volta agora pro bairro! - Mas pra que voltar? Senta do lado e analisa o sorriso da pequena, o jeito de encostar na porta e acompanhar o compasso da bateria, o riso pós comentário bobo, quer abraçar mas não faz nada, só admira. Noite curta. Só três horas de duração até a mesa amarela que dessa vez é vermelha, onde tudo começou. Sorri. Analisa mais, percebe a distancia, bebe um copo de cerveja pra criar coragem, prende as pernas na cadeira e vira pro lado da pequena, pega na mão dela e pede pra ver as unhas, não consegue, tudo bem - Era só uma desculpa pra pegar na sua mão. Cria coragem - Eu gosto de você - Parece tão certo o toque dos seus lábios nos meus que chego a esquecer do mundo. Senta no colo, quero sentir seu corpo contra o meu pra saber que não há faltas para ser feliz. Volta pra primeira pessoa e me deixa desabafar: Eu quero você pra mim. Dorme na cama, na minha cama que todas as noites é nossa sem você saber, toma o lugar da pelúcia e senta aqui, quero um cafuné e um selar de lábios, as pernas entrelaçadas, o olhar fixado e as mãos por aí, em qualquer parte da cintura, só pra dormir bem.

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