sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ô Pequena, Senta nesse Banco Aqui



Deixa pra lá esse orgulho e dança comigo essa noite, não peço muito, ou peço?! Ô pequena, só estou te pedindo pra aprender a conviver com o mundo, ninguém aparece por acaso, então vamos dançar essa noite, só pra mudar um pouquinho essa frieza e sorrir durante o luar.
Daí eu percebo a tristeza no seu olhar, ou frieza, vai entender. Sei que nós não sabemos o suficiente, não sei seus traumas ou medos, sua forma de dormir ou o que passou quando era criança, mas você também não sabe sobre mim... Deixa eu abandonar essas lembranças da mente antes que venham más lembranças, droga, mas e agora?! Lembro da faca sobre a pia da cozinha, dos gritos, lembro da voz histérica dizendo que iria se matar, lembro das juras de abandono, da fome... Lembro da voz do pai dizendo que não iria comprar bolacha, dos brinquedos que jamais foram comprados ou sequer pedidos, criança inteligente: sabia que nunca iria ganhar. O natal se aproximou da memória, por que tantas crianças ganham presentes e eu não? Que família é essa que nunca existiu? Deixa pra lá, vamos recomeçar o texto. Eu só queria pedir sua mão essa noite e te ensinar algo além do que tu já sabes, será que eu poderia? Ou iremos brigar eternamente?

Nenhum comentário:

Postar um comentário