domingo, 19 de junho de 2011

O Homem Leonino



Sou homem de várias mulheres, sou alma de uma. E assim vivo, e caminho, e transo várias vezes ao dia, e quem sabe, centenas de vezes ao ano. A fidelidade se resume a alma, pois a carne é fraca (E eu de momentos). Gosto de conhecer outros corpos, sejam eles bons ou ruins no que fazem, gosto de os testar. A fidelidade? Ah, ela toma conta do meu ser ao deitar na cama: Penso apenas em uma mulher, a minha mulher. Pois nenhum beijo se iguala aos beijos dela, e nenhum abraço há de ter tanto sentimento! Não olho para as outras como sou capaz de olhar para ela, e meu coração pertence inteiro e somente a ela. Eu buscaria flores no Texas, iria a pé até Nova Iorque e trabalharia todos os dias de minha vida (sem um segundo de folga) se soubesse que assim ela estaria a me esperar em casa, e me diria para deitar em nossa cama, e me deixaria sentir seu cheiro e seu abraço, e a olhar, quem sabe desenha-la, e faríamos amor durante todo o tempo possível, e até o amanhecer. É com ela que quero passar o resto de minha vida. Essa é a fidelidade e o sentimento que sinto, mesmo sendo difícil convencê-la disto, para ela não sou confiável (apenas por aproveitar momentos).
Assim, todos os dias ao me deitar, penso no meu amor (que distante está). Não penso nas três ou quatro transas que consegui durante o dia, foram distrações. Será que alguém entenderia o que é lealdade para um leonino faminto? Sou caçador por natureza, mas sou leal em alma, jamais abandonaria o amor.

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