segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

2007



Não sei o por que de eu escrever aqui depois de tanto tempo.. Mas foram tempos difíceis desde o início do ano passado. Eu dizia que odiava minha vida quando estava na oitava série com meus 14 anos feitos em Agosto de 2007, se minhas contas estão certas. Eu me achava uma pessoa tão vazia quando na verdade tinha o mais puro dos sentimentos que era o amor dentro de mim.
Minha vida em casa não era a melhor, mas eu lembro bem que foi nessa época que eu passei a morar sozinha com a minha mãe e que nossa condição de vida era ótima, visando que não haviam brigas pois ela estava separada do meu pai.
Meus dias eram na frente do computador e na escola, talvez eu fosse alguém com fobia social, eu tinha medo de ir pra escola. Chegava sempre atrasada pra entrar logo mas as vezes era meio impossível e o pessoal que curtia rock estava no palco, eu entrava e subia tão rápido ali, ficava sentada com as poucas pessoas que eu confiava.
Quando chegava na hora do intervalo eu me sentia um tanto quanto insegura e sempre fui presa a alguma melhor amiga devido a isso. Na verdade, isso começou na quarta série quando eu conheci a Andrea, que hoje, é uma das pessoas que eu prefiro não ver na frente, mas que se eu ver.. Não vou maltratar.
Talvez eu fosse realmente uma pessoa emotiva, quem nunca ouviu Simple Plan e chorou quando tinha a faixa de idade dos 12 aos 15 que atire a primeira pedra.
Eu era tão insegura que só a internet podia me ajudar e eu tinha as melhores amigas do mundo aqui, foi onde eu descobri que eu poderia ser alguém melhor.. As pessoas que chamavam de Jucky antes, eu nem lembro o por quê desse apelido mas eu me lembro de cada "Jucky" que eu ouvi no pátio daquela escola, eram poucos.
Foi quando eu resolvi ser um novo alguém.. Foi quando começaram a me chamar de Skata, que era o meu eu virtual. Nessa época, eu me descobri. E hoje descobri que essa descoberta foi a melhor fase da minha vida. Mesmo dentre tanta angústia e dúvidas na minha mente, eu consegui crescer e mostrar pro mundo o que eu sou por dentro. Nunca pensei que a pior fase da minha vida, fosse a melhor também.
Não fiz esse post com intenção de falar que me curei de uma doença, doente nunca fui, e sim com intenção de mostrar a mim mesma o quanto eu cresci e aprendi naquele ano. Eu descobri que o erro não estava em eu ter espinhas ou ter um nariz grande, estava na forma como eu me mostrava diante do mundo. E hoje, eu não tenho medo dos meus objetivos. Talvez eu fosse a caça e agora, sou o caçador.

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