domingo, 26 de setembro de 2010



Tenho inveja de toda a beleza que não morre. Tenho inveja do retrato que você fez de mim. Por que é que ele há de conservar aquilo que eu hei de perder? Cada minuto que passa, acrescenta ao seu encanto aquilo que rouba ao meu. Oh, por que não o contrário? Se o retrato mudasse e eu permanesse aquilo que hoje sou! Por que quis você pintar este retrato, cuja ironia, a ironia cruel, não tardará a perseguir-me?

(Dorian Gray)

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