domingo, 13 de maio de 2012

13

Sem previsão para fechar os olhos, estão cansados, pesados e avermelhados, estão atormentados e infelizes. Me pergunto se são os olhos ou a mente, a mente não para de pensar e é tão pesado, exaustivo. Até mesmo quando ela para de pensar, ela pesa e pensa tanto que dói-me todo o crânio, que estica as pálpebras e faz-me respirar fundo e arrumar a postura na cadeira. Falta uma xícara de café, se quer saber...
Sou errada, durante todo o tempo torno tudo o que é capaz de se tornar a mim abaixo de zero. Não sei por que. Apenas faço. E tento sorrir, e tento conquistar amigos, vidas, momentos e sabe-se lá o que mais possa ser conquistado por alguém. Mas não dá certo, porque quando me aparece a chance de curtir um bom momento, e eu procuro por alguém pra fazer isso comigo, não há ninguém ali.
Se alguém fosse capaz de entender o que eu sinto por dentro, sentiria pena. É frio, é tão frio que quando me sinto ofendida, derrete a água em mim e faz chorar. O coração é uma pedra, um tanto quanto roída pelas decepções, mas ainda assim, grande e inútil nas devidas situações. Eu só queria que ele fosse uma bolha leve e calma... Por que é que tem que ser assim? Uma pedra? Será que dá pra moldar?

SERÁ QUE DÁ PRA MOLDAR A PORRA DO CORAÇÃO?

Sinceramente, gostaria.
Eu procuro novas chances, eu sorrio, eu abraço, eu tenho um mundo pra dividir com todas as pessoas que se oferecem a passar um tempo comigo...
Eu vou pisar na bola as vezes, vou zoar de quem eu não conhecer mas não vou deixar a pessoa ouvir (mas quem não faz isso? Será que é esse o meu problema?)
Caralho, quantas dúvidas.
Eu só queria entender porque é que sempre que eu resolvo mudar o rumo, encontrar pessoas, sorrir um pouco, ninguém tem tempo pra mim. Eu já nem sei mais quem chamar "além daqueles dois amigos" que também não devem ter tempo pra mim.
E aí quem pode dar palpite na situação diz que eu não faço nada pra mudar, mas ninguém me leva a sério quando eu digo que passo mal todo santo dia, que minha gastrite ataca e que eu tenho uma vida baseada em não estar bem. Eu preciso de óculos, de remédios gástricos, de dentista, de atenção. 
De amor.


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